Sinto falta do meu Passado
Eu invento no meu verso
Fujo da realidade
Crio um mundo multiverso
Mas paralelo à verdade.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
29/06/2025
' Meu querer por estar com você vislumbra
imaginar seu toque, seu cheiro o gosto do teu beijo.
Queria poder todos os dias olhar nos seus olhos e dizer o quanto você me trás felicidade.
Seus olhares, seus abraços, seus sorrisos me conquistaram de tal maneira que agora não posso deixar de
Adorar estar, adorar ter, adorar viver, adorar saber tudo em você.'
Ah, meu amor, eu digo
Que o silêncio fala mais que muitos
Ah, meu amor, contigo
Carrego toda a imensidão
Vem de me esquentar,
Florescer, florescerá
E que se vem, me andará,
E nos andares pulará
Transcender,
Cantar,
Encantar....
Nos seus olhos a tristeza,
Que de em mim a certeza,
Que consigo andar....
Ah, meu amor, pra quê? Essa tristeza
Em seu corpo há o que reina?
Não há morte,
Nem escuridão no sol
Não há vida,
Nem luz da lua no dia...
Pois, o por da vida,
Clareia mais que a dor
Meu amor...
Luz dourada que carrega os olhos
Mais belos, da minha amada
Mãe querida, minha alma
Meu corpo inteiro é seu
Mãe querida, choras enquanto choro
Nesse choro-canção escrevo de ti
Passas tão tarde, não cantas pra mim
Passas cantante, chorando assim
Amor, filho meu, choro sim
Esqueceu
Que meu amor é seu...
Relato: Meu Pai e o Silêncio das Palavras Escritas
Meu pai é pedreiro. Um homem de mãos firmes, calejadas pelo tempo e pelo trabalho, mas de um coração imenso, onde sempre couberam todos nós, seus filhos. Cresci vendo nele um exemplo de dignidade e esforço, mesmo sem saber, por muito tempo, que ele carregava consigo uma ausência dolorosa: a de não ter sido alfabetizado.
Ele sempre viveu bem, dentro do possível. Cumpria seus deveres com dignidade, ria com facilidade e fazia da simplicidade sua maior riqueza. Mas havia algo que o limitava — o mundo das palavras escritas. Ler um bilhete, uma receita, um endereço... tudo isso exigia ajuda. E ele pedia, com naturalidade, mas também com aquele olhar que escondia algo mais: a falta de uma oportunidade que a vida lhe negou cedo demais.
Lembro de um dia em especial. Na correria da rotina, mandei uma mensagem de texto pelo WhatsApp. Algo simples, rápido, como fazemos com qualquer pessoa. Minutos depois, ele me respondeu com um áudio. A voz dele, firme, disse com doçura e um leve constrangimento: “Filho, fala por áudio, por favor... seu pai não sei ler.”
Foi como um soco silencioso no peito. Eu sempre soube, mas naquele momento, ouvir da boca dele foi diferente. Doeu. Doeu por ele. Por tudo que ele poderia ter vivido se a educação tivesse chegado a tempo. Ele não teve escolha. Precisou largar tudo muito cedo para assumir responsabilidades de gente grande — cuidar da família, trabalhar, garantir o pão.
Mesmo sem ter lido uma só linha de Machado de Assis ou escrito uma carta de próprio punho, meu pai me ensinou lições que livro nenhum traz: sobre coragem, humildade, força e amor. Seu analfabetismo nunca foi sinônimo de ignorância, mas de uma sociedade que ainda falha em garantir a todos o direito de aprender.
Hoje, mais do que nunca, acredito que lutar pela alfabetização de jovens, adultos e idosos é também honrar a história de milhares de “pais” como o meu, que mesmo sem saber ler, escreveram com suor a própria vida.
A fé virou o meu idioma mais sincero, e o meu ato de confiar em Deus virou a minha oração mais bonita.
' SILENCIOSAMENTE '
Amo no silêncio do meu coração,
Como abelha colhe néctar da flor,
Sob a luz da Lua te amo no clarão,
Não sei o que é, se isso não for amor.
Com belo sorriso, amarei-te sempre,
Do anoitecer, até ao romper da Aurora,
No silêncio desse amor, sou eu resiliente No exato presente ontem e agora .
Até o infinito amarei-te silenciosamente ,
Contemplando as estrelas, a lua e o mar,
Enquanto meu coração te anseia presente,
Ainda no silêncio, para sempre irei te amar .
Amarei-te em silêncio , secretamente,
Um amor sem fim imensuravelmente.
Amando -te não terei sua rejeição
Como a a lua e o sol
Que jamais se encontrarão .
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a Lei -9.610/98
' CHEIRO DE MATO VERDE '
E quando o sol se põe,
Ouço as vozes na floresta,
Deixando meu coração alegre,
Fazendo uma grande festa.
Então danço com o porco espinho,
Dou ele o meu carinho;
Abraço minha amiga coruja,
Antes que o corpo enferruja;
Falamos de muitas coisas,
Da velhice e mocidade,
Cumprimento a amada árvore,
Que exala, o aroma da verdade.
E com o coração em festa
Caminho pela floresta
Embaixo da lua cheia
O coração aí enceideia
Pela madrugada Afora
Até que que amanheça o dia
Com cheiro de mato verde
De verdade e poesia !
Vamos respeitar a terra
Os seres vivos que nela estão;
Agradecer a Deus pela água, pelo pão;
Água que brota da terra,
Para matar a sede do homem cão.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a Lei -9.610/98
'SONHOS SEM ILUSÃO'
Nada poderá calar a voz,
Dentro desse peito meu,
Querendo encontrar o teu,
Numa corrida em eco veloz, seu nome grita em silêncio,
Por um gigante amor, intenso.
Nada poderá calar a voz do amor,
Que sem alarde incendeia o mundo.
ternura que brilha com louvor ;
Amor; um sentimento profundo .
Não posso calar a minha voz,
Foge do meu amor, deixando-me só,
Com esse amor à atravessar,
A linha do tempo, que vai além
Que busca, teu perfil compartilhar,
Comigo e mais ninguém .
Não posso calar a minha voz,
O amor precisa de atitudes,
Não, de promessa confessada,
De palavra mal falada,
Dentro de corações rudes.
Eu te amo no silêncio do meu coração,
Na minha bagagem suave de sonhos ,
Sem promessa sem ilusão.
No silêncio desse amor
Queria cantar contigo
Uma linda canção
Queria que viesse comigo
Pois só tu consegue
Apagar a chama dessa paixão
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a Lei -9.610/98
Por um longo tempo,me escondi por trás de um muro que criei para meu conforto, senti tudo calado, aprendi com minha dor,e cresci,sim cresci e me vejo forte para suportar minhas dores e enfrentar meus medos,para não me abalar com opinião alheia e não sofrer por decepções vindas de outras pessoas que me rodeiam, aprendi que a única pessoa que pode me fazer feliz, sou eu e que dividir a felicidade é consequência, então sigo firme na minha caminhada e com a certeza que TUDO QUE VIVI ATÉ AQUI,ME PREPAROU PARA O QUE VIER,E NÃO VOU BAIXAR A CABEÇA,VOU FIRME E FORTE EM BUSCA DA MINHA FELICIDADE.
Tarde de Luz em Corações de Minas
Na sagrada tarde de segunda-feira, 30 de junho,
meu destino foi selado com passos serenos na encantadora Poté,
onde o tempo parece repousar sobre os ombros do afeto.
Um giro leve na pracinha principal,
onde bancos guardam segredos antigos
e o vento dança entre as árvores como velho amigo.
Um café coado com carinho
numa padaria da Getúlio Vargas,
onde o cheiro do pão quente mistura-se com lembranças de ações de segurança pública.
Na sequência, um reencontro com a Vila Paula,
terra de almas boas e memórias bordadas em fios de ternura.
Logo depois, um salto até Sucanga,
onde cada rosto é um poema vivo,
onde cada aperto de mão é uma oração silenciosa.
E assim, a tarde se deixou adormecer,
envolta em um manto de simplicidade e grandeza.
Gente humilde, de coração tenro,
como se o próprio céu tivesse pousado por um instante.
Era paz. Era bem-estar. Era ternura em estado puro.
Era o amor disfarçado de paisagem.
Era a beleza mineira, bordada em gestos,
que se eterniza nas retinas da alma.
"Maldita Hora"
Maldita a hora em que cruzou meu caminho,
víbora disfarçada de flor,
falsa paz que cheirava a carinho
e escondia no beijo o sabor do rancor.
Você foi veneno em taça de vinho,
foi caos travestido de abrigo.
Rasgou minha alma com mãos de menina
e riu — riu — do estrago comigo.
Se eu soubesse do monstro que és,
teria corrido sem olhar pra trás.
Mas fui tolo, fui cego, fui presa,
enquanto você afiava sua paz.
Você não foi amor.
Você foi praga,
foi febre, foi peste,
foi faca sem corte
que fere sem pressa
e mata em silêncio — e sorri da morte!
Eu gritei por dentro até perder o ar,
mas você sorveu meu grito como mel.
E hoje, se o ódio tem morada,
é no peito onde um dia te dei o céu.
Se arrependimento matasse,
eu já teria morrido mil vezes.
Mas sigo vivo — com fúria nos ossos
e seu nome cravado em maldições acesas.
Não te desejo dor.
Desejo o eco do que você deixou:
uma alma que te conheceu
e amaldiçoa o dia em que te amou
Coro das Sombras
Meu suspiro ergue-se como bruma sobre o berço daquele que parte.
Filho da dor, fruto do meu sangue,
ainda lutarás contra o fio que já foi cortado.
Volta, olhos que um dia foram estrelas nos meus,
Volta ao ventre que não dorme —
pois não há sono para quem viu o abismo abrir-se em flor.
“O olho através do qual vejo Deus é o mesmo olho através do qual Deus me vê; meu olho e o olho de Deus são um só olho, um só olho que vê, um só que sabe, um só que ama.”
Andei semeando por aí.
Entre a palavra e o pensamento existe o meu ser. Meu pensamento é puro ar impalpável, insaisissable. Minha palavra é de terra. Meu coração é vida. Minha energia eletrônica é mágica de origem divina. Meu símbolo é o amor. Meu ódio é energia atômica.
Tudo o que eu disse agora não vale nada, não passa de espumas.
Padecente.
Faminta e friorenta e humilhada.
Eu te recebo de pés descalços: é esta a minha humildade e esta nudez de pés é a minha
ousadia.
Não quero ser somente eu mesma. Quero também ser o que não sou.
“ ”
Olá, eu sou Alice Coragem.
E hoje meu texto é diferente.
Porque minhas palavras são para aquele que quer ser lido.
Então eu vou te ler.
Meu texto hoje é em silêncio.
Sem as palavras,
Alice Coragem.
Pareço ingênuo, mas diante do meu campo de observação, nada escapa.
A vida não dá chances: não sou, estou!
E se faço parte do espectro da maldade que nela há, necessário se faz o policiamento e vigilância.
É saber o que você quer e pra onde quer ir e não abrir mãos de seus valores.
Meu coração continua seu trabalho, bombeando sangue para meu corpo, mas ele já não carrega mais o simbolismo... Ou melhor... O sentimento de tê-lo para mim.
O corpo continua, como um sobrevivente.
Eu me pergunto se algum dia serei capaz de te esquecer
Porque ainda doi como um Inferno
Dói o meu coração, lembrar de você me mata
O Inverno me traz lembranças de nós dois
As noites geladas assistindo filmes e tomando chocolate quente
Dormir e acordar com você, ainda sinto sua falta
Eu não lembro mais o som da sua voz, eu não lembro mais do seu cheiro
Eu não consigo mais lembrar do seu toque
Mas, eu ainda lembro dos seus lindos olhos azuis
São os olhos mais lindos que vi em toda minha vida
Você foi a melhor parte da minha vida
Você foi o amor da minha vida
Perder você foi a pior coisa que me aconteceu até hoje
Eu te amei desde o primeiro olhar e foi maravilhoso tudo o que vivemos
Espero conseguir te esquecer, esquecer o Inferno que vivi desde que você se foi
Espero ser Capaz de te perdoar
Ser capaz de te perdoar por ter me deixado
Ser capaz de te perdoar por me fazer sofrer
Ser capaz de te perdoar por ter me traído
Ser capaz de te perdoar por ter desistido de nós
Você arruinou a minha vida
Você me destruiu, eu nunca mais fui inteira
Depois de você
02 de Julho de 2025
"Dor que o tempo não levou"
Às vezes meu coração pesa,
sem que ninguém veja o quanto.
É saudade, é pressa
de voltar ao que era um encanto.
Sinto a falta de um gesto, um olhar,
um amor que não ficou.
Sobra arrependimento no ar,
a dor que o tempo não levou.
Mas eu escrevo pra não calar,
pra o silêncio não me vencer.
pra esconder as feridas que o tempo deixou.
T.Lauren
