Sigo para o Alvo
Eu gosto muito do jeito que você faz, mas fico louco quando briga e depois sai, por isso eu sigo indefinido e na paz, enquanto isso vê se você fica ou se você vai.
A dor ensina
É inevitável
Sinto que fica mais forte.
Sigo...
Aguardando o próximo round
O outro dia sempre é melhor.
Peregrinando sobre à terra, cuidado e amparado pelo Eterno, sigo a cada dia minha jornada, olhando firmemente para o Soberano pastor.
ALMA NUA
Ainda que silencioso, a trilhar, eu sigo
Despido de uma sensação que conforta
Tenho emoção, essa sorte que bendigo
Mesmo sabendo que a carência corta
A doce ilusão, como é bom e importa
Tudo é confiança, e nada eu maldigo
Bem sei que no tender se tem porta
E na simplicidade do querer o abrigo
Então, desconfortado, assim vou, eu
Tal qual um poeta sem devoção sua
A procurar o amor que já se perdeu
E nesta de ser feliz na infelicidade
Me vejo no espelho de alma nua
Matutando o mantra da saudade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/10/2020, 05’34” – Triângulo Mineiro
Que bom que estou errando,
pois, sem erro, não há crescer. Se nunca erro, sigo neutro, só julgando, sem aprender.
Há uma estrada que desconheço, um caminho que poê medo...mais sigo, sigo porque de certo hei de encontrar a cidade dos meus sonhos e a rua
dos meus desejos. Teu nome está lá fixado na parede !
Praia, barco, navio a navegar,
São longes lugares que vou
Sentidos contrários, tortos...
Sigo por caminhos, ruas
Vou buscando, tentando
Cruzar horizontes
Abrir porteiras,
São assim meus passos
Voos distantes, desertos
Pensamentos, só.
Cruzo vilarejos,
Naufrago
Avenidas largas
Matas distantes,
Vou sem direção
Sem remo...
Mas há um caminho
Onde chegar
Talvez longe, talvez perto...
Um caminho que me busco
Me procuro,
Um caminho
Onde vou me encontrar.
Saberei quem sou
Para onde fui
De onde virei
A onde estou.
A saudade me acompanha em qualquer lugar: sigo estradas, dobro mares...escalo, rios, montes e não consigo escapar. Saudade tem tua cara, tem nome e sobrenome, tem músicas no ar...tem a cor da tua boca, tem teu jeito de andar...tem o canto da madrugada, tem desejo no olhar. Saudade, menino dos olhos de mel, vê se larga do meu pé, vê se sai das minhas lembranças, deleta minhas vontades...apaga da minha mente teu ar inocente, tua voz beija flor...me solta menino lindo e me deixa respirar. Sai da minha cabeça, escreve ponto final...já, que não dá para ficar...me larga saudade, quero dos teus olhos me libertar. Quero voar como passarinho, novo amor encontrar...quero te esquecer saudade, custe e que custar.
Sigo cada passo na procura de mim...me procuro em páginas viradas, em folhas ao vento...me vejo em verdes, em águas...sigo cada passo de mim e não me encontro !
Na cabeça teu nome, na mala violão.
Sigo estradas, coração na mão.
Peito aberto, flor...
cheiro de mato, canção de amor.
Sigo: pés descalço, coração na chuva...nas mãos buquês de sonhos, flores no tempo. Vou levando, carregando saudades, distribuindo...em meio a tudo, teu retrato !
E os sonhos vão me entregando flores, beijando minha pele, arrepiando...sigo ganhando beijos, sendo cantada, tocada...são sonhos que se deitam comigo, são sonhos que rolam na cama.
Ouço o mar, vejo o vento, abraço a chuva...caio nos teus braços, toco teu corpo, busco teu zipper...acaricio teus olhos, sonho !