Sertão
Os canibais fazem a gente sentir vergonha do sertão, pois os canibais dizem que lá só tem seca e mizéria, desvie o pensamento dos canibais e você será um sabio
Você é o sol dos meus dias nublados , a lua nas minha noites escuras a chuva no meu sertão...e é por isso que eu te dou meu coração.
Guanambi o sertão baiano te acolhe
Como terra de gente nobre
e de deslumbre encantador
Beija-Flor que aos pés de Santo Antônio
Foi criada e adorada por um povo sonhador
A cidade cresceu Guanambi se tornou!
Nome dado pelos indios que aqui morou
A beleza dessa cidade
nunca foi vista por aqui
Salve!Salve!
A nossa querida e belissima Guanambi!
És aqui autores,pintores e escritores...
Banhado pela sabedoria dessa terra!
Teu horizonte é lindo
E teu sol guarda um brilho especial
Teus montes,teus rios
E ate tua seca me encanta
Oh Guanambi tua beleza me espanta!
Beija-flor!Beija-flor!
São os gritos dados por aqui
Teu céu azul nos direciona a ir,
Ir lutar por trabalho,
Ir lutar com amor
Te amaremos sempre
minha querida!
"Beija-fulôr"
Do sol escaldante do sertão,
solo rachado,
terra escura,
nasci à prova que o Deus existe.
pingos de graças,
sorriso no rosto,
forró ao entardecer,
benção antes de dormir,
homem que vivi para cuidar da natureza,
assim é o mundo, o mundo do sertão,
dos homens que sabem que depois que a chuva cai na terra,
é hora, hora de depositar no solo sua esperança,
sua riqueza que alimenta a nação.
Água no sertão é como o sol que brilha no horizonte na beira de uma praia, encanta os olhos e massageia o coração dos amantes apaixonados.
Flor do Sertão
Cheiro de Mato
Desejo afago do teu coração
Beijo a solidão
Que voa com o vento
Perdido no tempo
Na melodia da canção
Fogo de sertaneja,
o sol que arde no sertão ecoa no intimo dela!
só a água do bem querer para acalmar a labareda,
arde em brasa rubra feito sol do entardecer no sertão,
arde sem queimar, ferve sem vapor,
mas se encontra uma gota de bem querer,
que escorre feito orvalho na relva,
mantem sempre o calor da chama,
até mesmo quando o sereno entibiar-se e amorna,
se acalma, mas nunca se apaga!
O sertão e o meu corpo
Caminho, sem pressa,
Por uma, longa e tortuosa, estrada.
Meus pés já não suportam a dor,
Os cortes, os calos,
Pois a terra é firme
E meus pés, fracos,
Não resistem a tamanho impacto.
Terra seca, empoeirada,
Vegetação arbustiva,
Árvores espinhentas, sem vida,
Sem água, sem nada,
Mas que apesar da triste arquitetura,
Conserva rústica beleza,
Traz sentimento de compaixão,
Cansaço e ao mesmo tempo, ternura.
De repente as nuvens amontoam- se,
Despejando sobre a terra seca,
Gotas frias, figura grotesca,
Gélida, sombria.
Cada gota açoita minha pele,
São chicotes impiedosos
Que marcas tão profundas,
Hematomas causam à minha pele,
Já que de um ambiente tão seco,
Água tão aguda,
Relva, grama, vida, nada cresce.
Portanto, aos poucos, as escassas flores
Que a fina chuva cresceu,
Vão morrendo, desgastando, fenecendo...
Da gente simples meio do sertão.
Espere amor, hospitalidade e generosidade
dos filhos deste solo.
Experimente o cuscuz, o leite e o rubacão.
Dance e se diverta em noites
de Santo Antônio, São Pedro e São João.
Tem canjiquinha, milho verde e algodão.
Tem gente festeira, animada, bonita e tem emoção.
Fala mais alto o amor do seu povo por este chão.
Da raiz alagoana a alma brasileira fulgura.
Ao som de Fanfarras, Pássaros e solidão.
No alto das pedras desta terra
a imagem de Deus se Fez revelar.
Que um lugar simples como Ouro Branco
pode-se extrair a alma de poeta em qualquer lugar.
Visite Ouro Branco, visite Alagoas.
Texto de Douglas Melo.
Assim sou
Nasci para ser flor, espinho ou relva;
Quem sabe cactus?
Do sertão o verde; do mato a cor.
Não sei, não sei se sou da rosa o rubro;
Da vida a cor, nasci; assim sou.
Do mar, a concha; da vida, o amor.
... O riso...
Quem sabe a dor?
Não sei, assim nasci.
A estrada longe...
O amor, o desamor.
Assim nasci, assim sou.
A flor do campo; da brisa, o orvalho
A noite; o dia.
A luz, não sei.
Assim sou.
A mata; a duna; o perto; o longe;
O silêncio; o canto;
O barco; a vela; a saudade
Ou a felicidade?
Não sei, assim sou.
O silêncio; o riso;
O Sol; o fim da tarde;
O olhar que partiu; que ficou;
A onda do mar;
O barco que surge; a felicidade;
O pescador; A areia;
O ficar; o verso e o inverso;
O que nem sei dizer se sou;
Assim... sou!
(Ednar Andrade).
Sou peão, sou matuto.
Conheço o sertão
Trabalho, estudo
Sou empresário do meu próprio pão
Pensar em ir as grandes metrópoles
Isso não,
Moro na roça sou o meu patrão.
Não sou mandado porque conheço
Conheço o meu pedaço de chão
Na cidade não,
vou ser empregado, vou ter um patrão.
O sertão nordestino nunca vai acordar do pesadelo da fome porque os políticos brasileiros "dormem eternamente em berço esplêndido".
"Os olhos negros ficaram cor de luto. A boca seca como o sertão arrido. A sua expressão uma arte sem escola. O coração batia feito sino."
Respeite nosso sertão
não fale mal do oxente
não sabe o valor do chão
quem desconhece a semente
não se cura com opinião
a dor que maltrata a gente.
URANDI
Urandi é uma terra rica:
Reses, água e produção!
Afresco da natureza,
Nosso oásis do Sertão!
De sina para o progresso,
Instiga brio e projeção!
OÁSIS DO SERTÃO
Urandi, oásis do Sertão,
Bem na divisa com Minas;
Tem indústria e irrigação
Com suas águas cristalinas.
Teve a primeira prefeita
E minério nas colinas.
O VALE DOS ENGENHOS
Urandi com muitos rios
é o Oásis do Sertão.
Imagina tudo preservado,
antes da depredação.
Tinha água o ano todo,
podia fazer irrigação.
Faziam muitos açudes
pra molhar a plantação.
O rio Raiz era o mais forte,
molhava muita roça de cana;
movia até engenho de ferro,
uma das maiores fontes de grana.
Eram muitos engenhos
rodando ao longo do rio.
No tempo da moagem
podia estar quente ou estar frio.
Quando os bois puxavam
o engenho rodava;
jorrando garapa
quando a cana esmagava.
Tinha muitos alambiques
de cachaça de qualidade.
Tinha muitos acidentes
mutilando com fatalidade.
Produzia também rapadura
e mel com total perfeição;
além do tijolo e da puxa,
tinha o bagaço pra criação.
O rio agora está seco,
não tem mais plantação.
Do engenho pode ter ruína;
o que resta é só a recordação.
O RIO RAIZ
Esse presente da natureza
Que nos deu em pleno Sertão,
Jorra água milagrosamente
E só pede em troca preservação.
O rio Raiz é a nossa maior riqueza
E sua nascente é na serra dos Gerais.
Ele Jorra a melhor água do mundo
Pra matar a sede do homem e animais.
Irriga lavoura e abastece a cidade.
Ele á a razão da nossa existência,
Mas o urandiense não agradece
E maltrata por não ter consciência.
Sua força moveu engenho,
Roda-d’água também moveu,
Fez monjolo funcionar
E a lagoa de Urandi encheu.
Serviu água pra maria fumaça,
Gerou energia elétrica.
Urandi foi pioneiro
Em instalação de hidrelétrica.
A energia era fraca;
Não tinha tecnologia,
Mas dava pra iluminar,
Só não era igual hoje em dia.
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