Sentimento dos Animais
Poderia existir algo que perdurasse o tempo? Poderia alguém conseguir escrever sobre o próprio tempo e não se inquietar com a desgraça que é perceber que cada palavra escrita dá a luz a uma página que nasce já no passado?
Eu fugi da mediocridade assim como quem foge de uma tempestade num campo aberto. Como que quem corre apenas pelo prazer de não se ver mais no passo de trás, de não ser o mesmo, de saber que o tempo corre depressa e entender que nem sempre somos rápidos o suficiente para alcança-lo.
Eu nunca neguei o amor e nunca neguei o meu coração.
Sempre me inclinei por inteiro à todas as coisas que fiz.
Eu tive medo. O senti me fazer parar um pouco para pensar melhor e me deixar ali parado e pensando melhor para sempre, até perceber que isso era tudo o que ele queria, que eu ficasse parado e pensando melhor para sempre.
Senti o ódio no olhar das pessoas que me julgavam todas as manhãs, incessantemente, sem saber de toda a história. Qualquer que fosse a história.
Eu nunca desejei o mal de ninguém.
Eu desejei mudar a vida da minha família como um todo, perdoei as vezes que meus pais não acreditaram em mim e relevei as vezes que meus irmãos não foram, verdadeiramente, irmãos. E principalmente, eu me perdoei todas as vezes em que não fui eu.
Eu enfrentei o mundo inteiro sozinho mais vezes do que eu posso contar. Eu desmoronei em banheiros aleatórios apenas por sentir que enfim estava em um lugar seguro e podia finalmente, chorar. Por muito tempo chorar foi tudo o que eu quis. Por muito tempo eu senti o frio do chão e não houve chama quente o suficiente capaz de acender meu coração.
Eu já estive no fundo do poço mais vezes do que posso contar, existem poemas meus nas paredes de lá. Existem trechos de amores perdidos, amigos esquecidos e promessas que eu decidi simplesmente não cumprir. Eu não me culpo por gostar do escuro. Não me culpo por me sentar ao sol e apreciar o café ruim que me é dado gratuitamente todas as manhãs. Eu aprecio a pressa da L2 Sul e vejo a ganancia dos que correm com bons olhos.
Me doei por completo a qualquer que fosse o pedinte de rua, o amigo necessitado ou a pessoa que me pedisse qualquer fosse a coisa. Eu conversei com sábios e tolos. Vi o futuro de alguns apenas por entender seu passado e me espelhei neles. Eu vivi.
Eu cresci em meio as guerras de outras pessoas e não houve um só momento em minha vida que não me senti numa trincheira.
Durante toda a minha vida estudei em escola pública e isso me ensinou para além da sala de aula.
A começar por nossa estrutura familiar, os de mais sorte (como eu) tinham pai, mãe, e um teto para morar. Outros, como inúmeros de nós, tinham que escolher um destes e não se engane,era corriqueiro que somente um fosse tudo o que pudessem ter pelo resto da vida.
Havia um ou outro professor formado na área de atuação. Quanto aos demais, quando existiam, eram estagiários de cursos completamente diferentes da matéria que lecionavam. Trocando em miúdos, a gente quase não tinha aula e quando tinha, era com pessoas que sabiam o mesmo ou o menos que a gente. Coitados, bravos guerreiros.
Muitos de nós, íamos para merendar e só. Outros, simplesmente desistíamos. Para trabalhar. É que em casa não havia comida em casa e doía ver mamãe desempregada e solteira sem ter o que dar o que comer a nossos irmãos.
A gente se sentia culpado por não ter o que comer. Não se engane em relação a cor da nossa pele. Somos negros.
Inúteis por não estar fazendo nada para ajudar, tínhamos o que? 12, 13 anos. Muitos de nós ainda estão por ai. Outros, não mais, em lugar algum.
Depois de outro tempo, nós, os outros que aguentavam até o final, percebíamos que não havia ali Educação, eles queriam mesmo eram os números, pouco os importava o quanto realmente aprendíamos, se conseguiríamos ou se algo ali naquele lugar realmente fizesse a diferença em nossa vida.
Que igualdade é essa? O que vocês esperam de nós? Como vocês querem que nos tornemos advogados, médicos, dentistas, escritores, professores ou qualquer outra coisa que seja?
Como vocês dizem que existe um ministério voltado à Educação? Como vocês tem coragem de vir em nossas casas e dizer que nosso futuro só depende da gente? Dizer a nossos pais, pobres e trabalhadores que eles têm que se matar um pouquinho por dia para nos ver como frutos de seu trabalho.
Dizer que o problema é educação financeira, que o pobre não sabe poupar dinheiro, meu amigo, o pobre não tem dinheiro para poupar, a gente precisa comer hoje, não em setembro do ano que vem.
Eu sou só um coração vazio, um amontoado de palavras soltas e um punhado de sonhos já realizados, meu amor. Não há nada aqui que já não tenha visto em poemas clássicos pintados em paredes sujas. Não existe uma só frase dita por mim que qualquer outro canalha já não a tenha dito para você. O meu beijo tem o mesmo gosto e sabor que os outros mil beijos que já tivera dado e minhas mãos não lhe esquentarão a alma. Eu não sou fogo, e não, eu não sou um filho do sol. Meus poemas não entrarão para a eternidade e a vida não marcará, quem sabe, nenhuma de minhas palavras. Não existirá quiçá nenhuma memória minha quando eu me for e não haverá feriados com meu nome, minha mediocridade é gritante e minha insignificância é presente. Não estou vivo, mas vivo, e isso é tudo o que você pode esperar de mim: nada. Fora isso, fora isso saiba que ainda assim eu a amarei do começo ao fim do dia e me esforçarei para ser melhor do que toda essa merda que eu sou, por você. É que existe esse peso, que apesar de ainda se pesado, vale a pena segurar apenas por saber que existe alguém com que posso dividir.
Talvez isso nem seja um texto de amor, mas, saiba que um dia alguém foi sincero de verdade com você. Que alguém olhou bem no fundo dos seus olhos azuis e te seguiu pelo corredor da faculdade. Que se sentou ao seu lado apenas por ser gostoso se sentar ao seu lado. E disse oi. Eu não aguento mais muita coisa que não amor. Estou fraco e estou te dizendo isso para provar que eu fui sublime e sincero enquanto estivemos um no outro. Jamais te prometeria uma história daquelas de cinema, e não, não haveria muita glória em nós.
Eu sou só isso e isso é tudo o que eu ainda consigo ser antes desistir te de tudo Te amo.
É e sempre será sua a imagem que me virá à cabeça quando escrevo sobre o amor. Quando decido escrever sobre a vida, é na nossa história em que eu me apoio, por mais breves que tenhamos sido.
Tentei encontra-la nos fundos. No fundo do poço, da garrafa, da fossa que era meu coração, do copo, mas já não havia ninguém ali a muito tempo. Bebi sozinho o resto da garrafa e dormi aqui mesmo, na calçada. Tolerado, como que um cão, apenas por ser inofensivo. Julgado por quem passava – olhem, o homem que amava de mais! – Eles diziam.
Seja lá quem for você, ou de quem seja o rosto em que estou pensado agora enquanto escrevo isso, saiba que eu te amei.
Seja pelos cinco primeiros minutos passamos juntos no balcão de um bar qualquer, pelas cinco horas que passamos na cama, abraçados, nos amando ou pelos cinco anos que passamos na vida um do outro, ainda que distantes quanto ao abraço.
Eu a amei desde o minuto em que a vi.
Amei cada detalhe do seu rosto, amei o jeito com que falava comigo, ou com a sua amiga, ou com o meu amigo, eu amei o formato dos seus olhos, suas curvas, suas bochechas. A amei por completo, não havia um espaço vazio em ti que eu já não houvesse preenchido com o meu amor. Eu faria de tudo por voce enquanto a tivesse amor ali o suficiente para nós dois.
Às vezes me esqueço que tenho apenas dezenove e que a vida é mais curta do que penso que é e que se encurta ainda mais quando penso no tamanho dela. Meu problema é querer tudo o que há no mundo porque sei que não tenho tempo de ter tudo e por isso, por isso, as amo todas, porque é a única coisa que eu posso ter sem medo de acabar e o único lugar em que eu posso morar sem medo de dormir na calçada, no amor. Ainda acho que o amor seja um lugar.
Não é acreditar e esperar acontecer, a vida não se encarrega do que você não lutar para ter... Acredite, planeje e persiga.
"Parece sonho…
… mas acho que não"
Ei!
Porquê você não deixa eu acordar…
… com você dormindo?
Tipo assim.
Grudadinha em mim.
Olha amor!
Eu garanto o teu sorriso...
... e a tua felicidade.
Eu garanto o meu melhor.
E também!
O meu precioso carinho.
Aliás!
Eu me garanto pra você.
Ei!
Porquê você não sai do meu sonho...
... e me envolve em tua realidade?
Porquê?
Porquê você não faz isso?
Eu prometo sorrir sempre.
Aliás!
Sorrir o dia todo…
… é o que mais quero ao seu lado.
Então amor!
Ahhhhhh!
Que alegria extrema…
… seria sorrir contigo.
E não só hoje.
Mas!
Para todo o sempre.
Admilson
23/05/2020
"Prelúdio"
No belo nascer do sol!
Eu vejo a luz dos seus olhos.
Pelo vento suave…
… e sereno.
Eu sinto o seu alento.
Sabe!
É como um amor que vem.
Assim!
Sem cor…
… sem cheiro.
Mas com um doce nos lábios…
… que nunca me deixa adoecer.
Que triste amargura seria...
… a tua despedida.
Com certeza os meus olhos…
… ficariam a chorar.
O meu coração em dor.
E minha vida insana.
Sim!
Iria enlouquecer
Não sabes tu…
... a falta que me faz?
Que aqui no peito mora…
… e que me deixas sempre a lhe amar?
E que a ti…
… somente a ti.
Eu lhe daria a minha vida?
Então!
Vai o tempo…
… e voa o tempo.
E o meu peito.
Está sempre a sofrer.
Assim!
Por um amor que me lamento.
Muito…
… ou muitíssimo.
Mas que um dia!
Eu hei de conhecer!
Admilson
23/05/2020
Algumas situações só serão entendidas quando as vivenciarmos, por mais que nos contem em detalhes o significado destas, só farão sentido quando ocorrerem conosco
Se você nega suas raízes, então você não tem história, logo, já não existe, não há história sem um começo e nem vida sem um ponto de partida
Perdemos tempo por estar atrás do dinheiro e nos precupamos menos com nossa própria vida, e depois de ter encontrado o dinheiro estamos quase para perder a vida, de novo gastamos o próprio dinheiro para recuperar a vida...o que custa nos preocupar logo como a vida do que o dinheiro, porque Deus tem o propósito para sua vida...
Entre o pensamento e a ação há uma linha tênue e só depende de um passo para que um se concretize no outro
Favela Chora
Quando vamos poder gritar que a favela vive, me explique essa operação não importa se é no rio ou em sampa, se é no Salgueiro ou no complexo do alemão, eles continua descendo e subindo acertando inocente crianças que tinha muita vida pela frente, não sei quem em confiar quem poderia proteger estão atirando sem ver quem está a frente, e hoje mais uma mãe chora e causando dor em muitas gente é difícil de superar o corpo acostuma mas a mente não se conforma, eu queria fazer história de amor mas como se estamos em uma guerra que só existe dor sem pudor o céu não tem mais cor as árvores crescem seca sem flor, a hipocrisia rola em um país onde os papéis são invertido em valor e aqui a bala perdida só encontra criança e trabalhador, eu sei o que sou e sei o que penso o clima é tenso a vida inocente é de sofredor pra nós não tem bom senso fica até intenso, o certo vira o errado e o errado vira certo isso nem o bom entendedor sabe explicar o exato até repenso, a favela mais uma vez chora a goteira da chuva é mais uma lágrima e isso não é mais um pretenso, pra Deus eu rezo pra trazer paz só isso que peço, não sabe o quanto pra escrever isso aqui pesou só queria ver no olhar de uma inocente criança um verdadeiro sorriso minha rima eu friso a vida é uma canção infantil cheio dos improviso, eu só não consigo entender porque tem que ser assim um anjo me disse até tentou me avisar que a morte não manda recado leva sem dar aviso, quando vamos poder andar sem ser tirado como bandido poder viver dando vários risos esse texto ainda está muito conciso, como explicar pra uma criança que a segurança da medo, como explicar 80 tiros foi engano, o mundo tá totalmente errado o ser humano em resumo é câncer do planeta não tire os olhos da ampulheta, quem feriu receberá a colheita mas quem plantou o amor receberá bem a colheita eu queria trazer paz não sei se foi feita mas nada na vida é perfeita mas quero transmitir aquilo que nunca foi dito pra finalizar só peço que aceita, eu tentei ser a voz da periferia eu queria uma letra sujeita a sem sujeira só pra te mostrar que em um só lugar é cheio de maldade e de patifaria, não tem amor e nem alegria no jornal só mostra tragédia e desgosto pra muita família, não importa o que a pessoa sente só mostra o que convém pra mídia, a televisão transmite a mentira e como nós fica o pai de família foi trabalhar e não voltou como pro filho vou explicar.
"Amigos"
E aqui nessa tarde…
… nesse instante…
… nesse momento.
Aqui!
Cercado por amigos…
… que distribuem sorrisos.
E que não medem circunstâncias.
Aqui!
Justamente aqui com meus amigos…
… eu encontro a alegria…
… que inflama o meu peito.
Aqui!
Bem aqui eu consigo extravasar…
… a paz que predomina.
Que brilha…
… que encanta.
E que faz fluir…
... o melhor de todas as tardes.
Aqui!
Diante da luz do dia.
Da luz divina.
Aqui!
Bem aqui…
… diante de pessoas tão especiais.
Eu me contagio.
Eu entrego o meu sorriso.
Para receber os melhores.
Os deles….
Admilson
31/05/2020
Chegamos a um ponto em que o exterior importa mais que o interior, o superficial importa mais que o profundo, as coisas importam mais que as pessoas, a aparência importa mais que os valores, explorar a matéria importa mais que explorar a essência e a depressão se apresenta mais que o riso
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