Sentado a Beira do Caminho

Em Cada amanhecer eu pára pra pensar Aonde vai
encontrar você terei que aceitar que não tem
solução vai-me contentar com a solidão e a
saudade que não acaba.

Sai Correndo para encontrar o coração que você
deixou o amor que você nunca perdeu o mundo
que só cabe você e eu

Enquanto o sol nascer eu lembro de você há o
vazio dentro do peito olha o tempo que perdi em
esperar você voltar de tanto suplicar ainda surge a
Esperança de um amor sem dor

Quero encarar de cara a tua despedida mas aceito
recomeçar eu sei que vou-me apaixonar, uma nova
historia voltar a viver uma pessoa voltara a me
amar.

OS PEDAÇOS DO CORAÇÃO
Para dar um passo no amor
Preciso juntar os pedaços do meu coração
Só lágrima restou de toda minha ilusão
De me ter entregado naquela paixão

que me jogou no chão e me deixou sem Direcção
Tentei me convencer que me curei daquela situação
Me ponho no quarto eu choro mas não é em vão.

Não consigo aceitar que acabei de te perder
Os olhos se enchem de lágrimas sem saber o que fazer
A Minha vida toda gira em torno de você,
Hoje não consigo caminhar olhar pra frente

E em você não pensar, não tenho tempo pra esperar
Eu aceitei a muitos tempo que você não vai regressar
Não querias me magoar mas eu esqueci que é perdoar
Eu sei que você nunca aceitou me perder
As lembranças sobre nos me rodeiam.

Meus pensamentos não resistem em Trazer
Ate a mi as Lembranças os contratempos
Me deixaram sequelas no coração
Que eu não consigo superar.

Que tempo passa e as palavras nem sempre vão
Acompanhar minhas alegrias tristezas e decepção
Firme, agarro-me, as palavras que me foi ensinado
As histórias de superação que passo por escrito

AS ESTRELAS CANTAM
Um Segredo que o sorriso não descobre
Uma mentira que a vida esconde,
Quero fugir percorrer uma estrada
Que não tem limites, sentir uma dor física

Em suma é uma arte de aliviar a dor emocional
Mesmo com a metade do Mundo me acha especial
Quero buscar ser como o sol apesar de tanta solidão
Não perde o brilho Cansei de viver

Na incerteza de um amor e no sabor amargo
E um dissabor e sem Valor e o medo de não acertar
me aperta o peito tirando o sossego
De uma tranquilizadora paz

Por mais que as estrelas clamam a minha Felicidade
Me perco na saudade de ter liberdade
E um segredo pra ao mundo contar...

Morreu a esperança

Nossa maior invenção foi a esperança,
com ela justificamos o caos,
e acreditamos na justiça
de deuses e dos homens.
Mas a esperança está morta
seus inventores a destruíram.
Agora o que restou
foi a generalização
da injustiça,
todos a cometem.
Não há juízes nem réus
o crime foi implantado
como auto defesa
no planeta irracional
Voltou a barbárie
todos estão livres
para executar
seus massacres
seus holocaustos.
Deus não se importa
pelo menos
o Deus dos assassinos.
Matem as mulheres
e as crianças,
são todos ocidentais
incrédulos
ou orientais sem pátria.
Ainda há pouco lamentávamos
a morte de Deus, acreditando
que sobreviveríamos
Agora enterramos
sem lágrimas
sem pudor,
... a esperança.

Devemos viver a vida com total intensidade, para que no final de cada dia possamos dizer: Hoje eu vivi!

ela e tão bonita ela e tão bela passa desfilando na pasarela dos meu sonhos , que pena que não posso ter ela, me acuse me ajuste fasso tudo que vc queser mas não pessa pra eu sumir da tua vida tão bela !

Todo homem tem direito a um instante de lucidez... o meu é a desesperança.

Mater

Mãe, eis a causa de tudo
não haveria vida nem mundo
nem filho nem pai
não haveria luz, nem sombra
passado ou futuro
nem semente a nascer
nem um fruto maduro.

Mãe, concepção lírica dos poetas
para pra se criar o universo
poesia e música, fantasia e verso
natureza viva, a expressão discreta
da ilusão homérica de um mundo concreto...

Mãe, quem supor poderia
que se não fosse por ti
nada mais havia
nem amor nem paixão
nem sorte nem destino
nem velho nem morte
nem homem nem menino.

Mãe, amor superlativo, tu
perdoas sempre qualquer tirania,
vences todo ódio com um gesto meigo
teu abraço terno aquece o coração

Pingo d'água É oceano.

Enquanto aqui vivermos, seremos aquilo que os homens pensam sobre nós, não podemos impor uma imagem ideal do que somos de fato. Ninguém sabe verdadeiramente quem somos, apenas nós reconhecemos e sabemos do homem interior que formatamos dia a dia.

A ordem natural das coisas deve sempre ser: antes da mudança vem o descontentamento, e em seguida a realização, a felicidade.

A paixão é como as dores, se fosse possível prevê-los, seria fácil suportá-los...
Paráfrase de Virgílio.

Numa manhã fria de maio,
em casa do poeta Evan do Carmo,
nasceu a poesia.

Nasceu à revelia
do poeta e da musa
Ruiva de cor e de olhos negros
deram-lhe o nome de felicidade
contudo, poderia se chamar
Giovanna ou Beatriz
Nasceu com enfado
nasceu com preguiça,
mas nasceu sorrindo
não como outrora
a Ninfa nasceu feliz,
não nasceu chorando
como a poesia de Hamlet,

E por que isto se deu?

É que a loucura humana
em celebre audiência
encontrara-se à noite com a lucidez
firmaram um acordo solene
e tiveram como prova a consciência
doravante viria ao mundo
apenas filhos saudáveis
pois o mundo se rendera tardiamente
à carência da cultura e à indigência.

O canto da ironia

Onde irei encontrar razão ou motivo,
paixão ou dor para fazer poesia?
Não há mais holocausto nem apartheid...

O romantismo perdeu a sua essência
o amor das mulheres não tem preço
e nas crianças nasce morta a inocência.

Nem a guerra se faz mais por causa justa,
as nações se uniram pela paz
não há grito de socorro nas prisões
inocentes somos todos, isto é verás.

Onde irei em busca de acalanto
se meu canto heroico emudeceu
não há luta nos mares nem fronteiras
a poesia da vida esmoreceu.

Acho que um dia da verdade seria mais interessante do que um dia da mentira!

Todo verdadeiro poeta é cético
contudo, levam a vida a falar
de metafisica, de almas
e de coisas semelhantes
são sobremodo adoradores
da beleza e do amor

Se a minha poesia fosse simbolista,
faria versos abstratos com substrato
de cimento e de concreto...
Nestes versos cantaria a canção da despedida,
chegaria enfim o cansaço dos cafés,
das livrarias, das pessoas
das relações mornas, das amizades frias...
Mas na poesia que faço
não há concreto nem cimento,
é tudo sentimento, confissão e fuga. ...

Em nome do amor...

Fiz tantas loucuras na vida
Brinquei muito com o amor
E nessa busca frenética
Sofri e causei muita dor.

Alimentei esperanças
E também fui alimentado
Mas juro que sou inocente
Nada foi premeditado.

Se alguém ainda me culpa
Quero pedir um favor
Aceite minhas desculpas
Fiz tudo em nome do amor.

Como o que se arrisca numa descida íngreme, sobre uma bicicleta mal ajustada e sem freios; assim é aquele que segue sem a direção do seu Criador.
Cedo ou tarde, arrebentar-se-á, precipício abaixo.

(Fabi Braga, 20/05/2015)