Sempre Precisamos de um Amigo Brincalhao

Os vícios, como os cancros, têm a qualidade de corrosivos.

Não deve fazer-se pela via da lei o que pode fazer-se pelos costumes.

A maior parte dos males e misérias dos homens provêm, não da falta de liberdade, mas do seu abuso e demasia.

Os bens que a ambição promete são como os do amor, melhores imaginados que conseguidos.

A democracia é como a tesoura do jardineiro, que decota para igualar; a mediocridade é o seu elemento.

Não é a fortuna, mas juízo somente, o que falta a muita gente.

O louvor não merecido embriaga como o vinho.

É verdade que, por vezes, os militares, exagerando da impotência relativa da inteligência, descuram servir-se dela.

Os homens enganam-se miseravelmente quando esperam encontrar a sua felicidade, mais na forma dos seus governos que na reforma dos seus costumes.

A falsa ciência não aumenta o nosso saber, agrava a nossa ignorância.

Os velhos ruminam o pretérito, os moços antecipam e devoram o futuro.

A ação traz mais fortuna que a precaução.

Os homens mais orgulhosos são geralmente os mais irritáveis e vingativos.

É judiciosa a economia de palavras, tempo e dinheiro.

O homem de juízo aproveita, o tolo desaproveita a experiência própria.

Os homens, para não desagradarem aos maus de quem se temem, abandonam muitas vezes os bons, a quem respeitam.

Os homens estão dispostos a ser prestáveis até ao momento em que têm poder.

As coisas que sabemos melhor são as coisas que não nos ensinaram.

O mistério em que envolvemos os nossos desígnios revela muitas vezes mais fraqueza do que discrição, e com frequência prejudica-nos mais.

A atividade enriquece mais do que a prudência.