Seja mais Claro

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Não é preciso estar sempre certo, nem no controle de tudo. Ser feliz é mais importante. Relaxe e as coisas fluem naturalmente.

Asas, como seria bom tê-las, assim então, poder voar o mais alto possível, alcançar os céus, essa imensa cortina azul celeste, cortina da casa de meu Pai.

Pegar impulso, e deixar o chão em questão de segundos, sentir a brisa do vento passar pelo rosto, e olhar para baixo, enquanto me distancio do solo; solo este já destruído, fragilizado por nossas próprias mãos, egoísmo mortal. Estou seguro, enquanto permanecer no alto, distante de tudo e todos que tentam me aprisionar, me corromper, me sufocar, me silenciar.

Asas, com você, voaria o mais alto que pudesse, para me envolver nessa imensidão do céu, pegar carona com as aves, tocar o arco-íris, e deixar o vento me guiar, como ondas do mar alto, que carrega o pequeno e humilde veleiro, sem direção certa, apenas entregue ao momento.

Eu, do alto posso respirar, além de sentir, eu posso ser a liberdade, posso esquecer que carrego cicatrizes tão profundas, que apenas um sorriso é incapaz de fazer com que eu às esqueça.

Foi momentâneo meu par de asas, mas lá do alto, eu pude me sentir renovado, pude sentir a vida, e mais perto de casa.

Um dia feliz tem mais poder que a tristeza de uma vida inteira. Nele moram as reviravoltas.

Carla Madeira
Tudo é rio. Rio de Janeiro: Record, 2021.

Quando sinto saudade de ouvir a tua voz, vou até as mais lindas lembranças e ouço mais uma vez, tudo o que você me disse um dia.

Retrato e Alma: O Olhar que Fala


No retrato, mais do que rostos, o que se busca é a alma. Um olhar, quando capturado com verdade, pode dizer mais que mil palavras — pode contar histórias, revelar silêncios, expor fragilidades e, ao mesmo tempo, guardar mistérios.


A fotografia de retrato não se limita à superfície. Ela atravessa a pele e chega ao invisível. É a tentativa de traduzir em imagem o que não pode ser tocado: a essência.


Por isso, diante da câmera, não basta posar. É preciso se permitir ser visto — mesmo que em partes, mesmo que nas frestas de um olhar distraído ou numa expressão que escapa sem querer.


O retrato verdadeiro não é apenas sobre quem é fotografado, mas também sobre quem fotografa. É o encontro entre dois mundos: o da lente que busca e o da alma que, por um instante, se deixa revelar.


Um olhar pode ser espelho, pode ser janela, pode ser abismo. No retrato, ele é tudo isso ao mesmo tempo.


Espontaneidade: A Alma da Imagem
Autoral: Jorgeane Borges

Podemos nos apaixonar mais uma vez? Eu estarei aqui, ao seu lado, não tema mais, não chore, mas se você se afastar, eu sei que vou desaparecer, porque não há mais ninguém, tem que ser você, porque é você a mulher da minha vida, é você quem eu quero fazer feliz, volta pra mim, me dá mais uma chance?

Damon: Temos que ser mais cuidadosos, mais inteligentes.

The Vampire Diaries
1 Temporada - Eps 15

Aquele Olhar
Nunca vou esquecer
Daquele olhar
Que me fez sentir mais uma vez
Gravei aquele olhar
Pena que não foi para mim
Nem mesmo o concreto foi
Ele foi para alguém
Que provavelmente não dá valor
Pareceu aquela vez
Que arrancaram meu coração
Desta vez a dor não foi tão intensa
Mas temo o que está por vir
Se for pior que isso
Não sei se vou resistir

Quanto mais aprendo sobre mim, mais boicoto meus conhecimentos. Quero contradizer todas as afirmações que faço lutando para entender o que se passa em mim. Não devo ser tão complicada, mas ser extremista faz com que os sentimentos que divido com toda mulher sirvam como base pra decidir tudo na minha vida. Indecisões são capazes de preencher meu dia, mudar minha vida, acabar com meu humor. Possibilidades tentam perfurar meu estômago, atravessar meu corpo, tentam me destruir antes mesmo de terem permissão para acontecer.

Algumas vezes a fruta proibida é a mais doce, não é?

Existe um momento que você não consegue mais explicar pra si mesmo como as coisas funcionam, então você desiste e começa a viver.

O autista tem o amor mais puro, verdadeiro e sem preconceitos. Sabe por quê? Porque para os autistas o amor não vê diferença!

"Somos as invenções mais perfeitas do mundo, contudo erramos, mais existem em nós dons que superam os erros, o dom de perdoar, o dom de reconhecer, o de saber voltar atras, mas amar verdadeiramente seria um dom ou seria mais um erro, disso não sei, o que sei é que amar faz bem e ao mesmo tempo pode fazer mal, se te amar foi um erro, não sei so sei que meu maior dom foi ter amado verdadeiramente"...

Apenas porque não quero dizer mais além que não tentei,
quero ver até que ponto essa loucura toda
fará de mim uma pessoa lúcida.

Viver uma vida simples e normal,
é de enlouquecer

Nunca ninguém está mais ativo do que quando não faz nada, nunca está menos sozinho do que quando está consigo mesmo.

As pessoas que têm um relacionamento mais amadurecido sentem prazer no fato de serem diferentes.

" Eu quis que ele fosse muito mais do que o meu namorado, muito mais do que os outros já foram para mim. Eu quis que ele fosse um pedaço em mim assim como um órgão vital instalado em meu ser dilacerado. Eu quis ser sua para sempre, e quis que ele fosse meu para sempre também... "

Lerdeza


A frase que o Everton mais ouvia da mãe era "levanta e vai buscar", geralmente seguida de um epíteto, como "seu preguiçoso" ou, pior, "lerdeza". Porque o que o Everton mais fazia, atirado no sofá na frente da TV na sua posição de costume (que a mãe chamava de "estrapaxado"), era pedir para lhe trazerem coisas. Uma Coca. Uns salgadinhos...

- Levanta e vai buscar!

- Pô, mãe.

- Lerdeza!

O Everton já estava com quinze anos e era uma luta convencê-lo a sair do sofá e ir fazer o que os garotos de quinze anos fazem. Correr. Jogar bola. Namorar. Ou pelo menos ir buscar sua própria Coca.

- Esse menino um dia ainda vai se fundir com o sofá...

Everton não queria outra coisa. Ser um homem-sofá. Um estofado humano, alimentado sem precisar sair do lugar. E sem tirar os olhos da TV. E como era filho único, e insistente, sempre conseguia que lhe trouxessem o que pedia. Quando não era a mãe, sob protestos ("Toma, lerdeza, mas é a última vez") era Marineide, a empregada de vinte e poucos anos cujo decote era a única coisa que fazia o Everton desviar os olhos da TV, e assim mesmo por poucos segundos.


***

Um dia, estrapaxado no sofá, o Everton se deu conta de que estava sozinho em casa. A mãe tinha saído, o pai estava no trabalho, a Marineide de folga, e ele sem ninguém para lhe trazer uma Coca, uns chips de batata e uns Bis. Levantar-se e ir buscar estava fora de questão.

Fechou os olhos e concentrou-se. Concentrou-se com força. Depois de alguns minutos, ouviu ruídos vindo da cozinha. A geladeira abrindo e fechando. Uma porta de armário abrindo e fechando. Depois silêncio. Quando abriu os olhos, a Coca, os chips e os Bis pairavam no ar, à sua frente. Ele só precisou estender a mão.
No dia seguinte, Everton testou seu poder recém-descoberto na Marineide, que até hoje não sabe como a sua blusa desabotoou sozinha e seu soutien simplesmente voou longe daquele jeito, e logo na frente do menino. Everton também acendeu a TV e mudou de canais sem precisar usar o controle remoto, e fez um vaso voar pela sala só com a força do seu pensamento. Apagou a TV e ficou, atirado no sofá, refletindo sobre o que significava aquilo. Ele era um fenômeno. Tinha um poder único - fazia as coisas acontecerem apenas pela sua vontade. Contaria aos pais, claro. Eles poderiam ganhar dinheiro com seu poder. O pai saberia como. Ele se transformaria numa celebridade. Cientistas do mundo inteiro o procurariam, sua capacidade extraordinária seria usada em benefício da humanidade. No combate ao crime, por exemplo. Nas comunicações. Na medicina a distância.

***

E se aquilo fosse, de alguma forma, um poder religioso? Até onde a revelação do seu dom milagroso seria um sinal de que ele tinha uma missão a cumprir na Terra? Até onde aquilo o levaria? Fosse o que fosse, uma coisa era certa. Ele teria que sair do sofá.

***

- Mãe.

- Ahn?

- Eu quero daquelas coisinhas de queijo. E uma Coca.

- Levanta e vai buscar.

- Pô, mãe.

- Tá bem. Mas esta é a última vez.

E já a caminho da cozinha:

- Lerdeza!

Faço o máximo para agradar a todos, mais do que eles suspeitariam num milhão de anos.

O Diário de Anne Frank
Anne Frank, Diary Of A Young Girl. 2001. Pág. 110

Nota: Tradução de um trecho do livro, na entrada do dia 30 de Janeiro de 1943.

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Bem no fundo, os jovens são mais solitários do que os adultos.