Se Voce Chora eu Choro
Ainda me lembro bem, minha mãe, quando eu tinha 10 anos, acolheu em nossa casa uma mulher, que quando eu nasci, foi quem apoiou ela com meus quatro irmãos.
Naquele tempo não existia legislação favorável pra diarista, minha mãe precisava trabalhar, depois de dois meses do parto que me pôs no mundo, essa mulher voltou pra nossa vida, dez anos depois, precisando de guarita, e aos poucos foi demonstrando que não estava bem, deixando o gás do fogão aberto quando saía, provocando pequenos inícios de incêndio no seu quartinho, e o mais estranho, falando sozinha como se alguém estivesse alí olhando ela se alimentar, dormir, e em todos os momentos.
Pra mim era engraçado, mas na real, era perigoso, e meu pai não queria mais essa presença em nossas vidas.
Ao contrário de meu pai, minha mãe não teve coragem de pedir pra ela ir embora, foi investigar sua estadia num abrigo onde antes era acolhida, e viu que meses antes havia tido um incêndio no local, mesmo assim, insistiu em continuar ajudando, e direcionou para uma instituição de tratamento psicológico.
Das lições que tive na vida, nenhuma foi mais poderosa, e ainda carrego em mim essas marcas.
Mais uma vez eu me decepciono, mais uma vez eu me perco em curvas que não são suas,e prendo em braços que não são seus, me embriago dos sabores que não compartilhamos e acordo pensando em você na companhia de outra mulher.
O pior pesadelo do homem é não ter a sua amada quando acorda.
"Eu não creio na justiça, fique descrente em trinta e cinco, quando no lombo pingo, empunhei lança na mão, me prometeram liberdade, mas continue na escravidão"
Renato Jaguarão
Um dia vendi meu cavalo.
Foi num domingo, nessas voltas de rodeio...
Eu garboso bem faceiro vinha com pingo a lo largo....
Me ofereceram um trago e seguimo ali proseando...
Logo vieram ofertando uns troco no meu Picasso...
Era lustroso o bagual, calmo como chirca em barranca...
Mansidão não hay quem compra, disse um velho paisano...
Largaram uns peso no pano de primeira refuguei...
Depois logo pensei, hão de cuidar do pingo...
Eu nunca fui de apego, meu rancho é a solidão...
Ainda dei o xergão e vendi o meu velho amigo...
Quando voltava pras casa, a pezito curando o trago...
Fui lembrando das andanças que fizemos pelo pago...
Lembrei até duma noite, que quase se fomo nas barranca...
Por causa de uma potranca o Picasso enlouqueceu...
Depois obedeceu e voltou a compostura...
São coisas da criatura, da natureza do bicho...
Eu sei bem como é isso comigo se assucedeu...
Mas eu já tinha vendido, de nada mais adiantava...
A vida continuava, quantos já venderam cavalos...
Uns bons outros malos, mas é coisa da tradição...
Depois pegamo outro potro...
Domamo e mais um tá pronto pras lides de precisão...
E assim se passaram os anos, e nunca mais vi o Picasso...
Mas ainda tinha a lembrança daquelas festas campera...
Debaixo de uma figueira nos posando prum retrato...
Eu virado só em dente, tamanha felicidade...
E ele bem alinhado, com pescoço arrolhado, mostrando garbosidade.
E o tempo foi passando, eu segui domando potros...
Mas um deu pior que outro nunca mais tirei pra laço...
Lembrava do meu Picasso, manso, bom de função...
Trazia ele na mão, nunca me refugo...
Desde do dia que chegou potranco bem ajeitado...
Se acostumou do meu lado vivendo ali no galpão...
A vida é cerca tombada, quando se sente saudade, dói uma barbaridade...
O coração em segredo as vezes marca no peito, qual roseta na virilha...
Não fica bem pro farroupilha ter saudade dum cavalo...
Que jeito se vai chorar, são coisas de índio macho...
Sentimento é um relaxo difícil de aquerencia...
Mas o tempo vem solito, não trás amadrinhador...
Num dia desses de inverno, juntando geada no pala...
Eu vinha nos corredor pensando nas cosa da vida...
Foi quando vi um cavalo magro ali atirado junto a cerca caída.
Fui chegado mais perto daquele coro jogado
Os olho perdido e triste, me perguntei qual existe gente mala nesse mundo.
Pra atirar assim um crinudo, pra morrer a própria sorte
Pedi licença pra morte em me cheguei sem alarde.
Não creio em divindade, mas o milagre aconteceu
Ali na beira da cerca, quando me olhou com tristeza...
Na hora tive a certeza que aquele pingo era o meu.
Levei ele pro rancho, tratei e curei os bixado...
Dei boia e fique do lado, até ele melhora...
Perdão meu Picasso amigo, agora ficas comigo...
Não te vendo nunca mais...
Por mim pouco importa se já não serves pra lida...
Aqui será tua vida até o dia que morrer...
Talvez não tenha perdão, sofresse em outras mãos...
O que fiz naquele dia?
Te vendi por alguns trocados, um amigo não tem preço, o que fiz foi judiaria...
Nunca mais vendo cavalo.
UM MATE
Eu vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar
A cuia Lembra aquela pele
A erva verde aquele olhar
Se eu soubesse que doía
Tanto assim a solidão
Eu fiquei tomando mate
Ela tomou meu coração...
Aqui sozinho eu vou lembrando
Querendo quem não quer lembrar
Até o mate tá lavado
Ficou cansado de esperar...
Mas enquanto essa saudade
Quiser mi acompanhar
Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.
Aquele adeus ficou no mate
O mate sempre faz lembrar
Ainda é verde a saudade
Saudade as vezes faz chorar...
Seu soubesse que doía
Tanto assim a solidão
Não tinha tomado mate
Com quem tomou meu coração...
Não tinha tomado mate
Com quem tomou meu coração...
Eu vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar
A cuia Lembra aquela pele
A erva verde aquele olhar
Se eu soubesse que doía
Tanto assim a solidão
Eu fiquei tomando mate
Ela tomou meu coração...
Aqui sozinho eu vou lembrando
Querendo quem não quer lembrar
Até o mate está lavado
Ficou cansado de esperar...
Mas enquanto essa saudade
Quiser mi acompanhar
Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.
Mas enquanto essa saudade
Quiser mi acompanhar
Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.
Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.
Eu Vou tomando mais um mate
Esperando ela voltar.
Eu nasci nessas estancias
Da pampa que ao largo vai
Trago a sina de ginete
Que herdei do meu velho pai
Nas dita demarcatória
Não tive terra tropilha
Me toca o sangue encarnado
Do lanceiro farroupilha
Que maula, sou pelo duro
A história se me esqueceu
Fiquei cuidando cavalos
E campos que não são meus
É a vida é a história
Cosas de destino, revolução
Uns nascem pra maiungo
Outros nascem pra Peão.
Um dia na estancia
Um flete se desmamo
Me deram como descarte
E o potro guacho vingo
Era ´último oficio
Pras corda dum domador
O primeiro cavalo
Que vida me regalou
Se fomo quage dez lua
Naquele lançante inclemente
Onde cavalo e ginete
Medem força e pacença.
Era pura resistença
No palanque inclinado
O cabresto estirado
Preste se arrebentar
O tempo faz sujeita
A força é quage em vão
Dei nome de solidão
E terminei de enfrenar
Era flor aquele pingo
Clinudo, zoio salgo, Ligeiro como tainha
Era sestroso o bagual
Não tinha marca, sinal, Mas era tudo que eu tinha.
Que lindo aquele retosso
Naqueles findar de tarde
Era a própria liberdade
Demarcando território
O taura fica simplório
No orgulho do preparado
Se brandeava pro meu lado
Como quem nos pede um mate.
Nas noite despois das lida
Nos rumava pro bolicho
Saia dando relincho
Facero bem aplumado
Eu todo perfumado
No estrato de amor gaúcho
Era os dois virado em luxo
Pronto pra um retrato
Facerice era medonha, naquela nossa toada
Ringindo basto na estrada, encurtando os corredor
A sina de um payador
Que a vida não deu parada.
Sempre quis erguer um rancho
Nas volta de algum fundão
Pra eu, mais o solidão
Ter na morte um poso certo
Um galpão, Mangueira perto
A sombra de um caponete
Pro descanso do ginete
E uns ponteio no violão.
Pra quem tem quage nada
Qualquer cosa é furtuna
O campo beijando a laguna, aa silhueta da tarde
Galpão, pelego, um catre, pra lua que se boleia
A cada gole de canha
As ideia se empareia,
O pensamento volteia
Tal um compasso de tango
Assim no mais, vai ao tranco
A vida se faz pequena
O branco mescla a melena
O tempo que se perdeu...
A china que nunca tive, a cria que não lambeu
O campo que não é meu, mas rondei como se fosse.
A vida é quase um coice
Pra quem sem nada nasceu.
Pra se campeiro me basta
O céu, planuras, as estrada
É muito pra um monarca, sem posse nem procedência
Que te por dono a querência, cantada numa payada.
Um dia se vai um taura, como quem puxa um bocal
A doma agora é solita não trás amadrinhador.
Por fim em algum corredor, a de sobrar uma terra
Uma cruz onde se encerra a vida de um domador.
Nem quero muito alvoroço, também quem vai se importa
É só no mas pra constar nos anais do campeirismo
Nessa vida de xucrismo
Alguém hay de se lembrar
Só meu pingo,
Só ele me basta
Nessa última tropeada
No fim dessa estrada, onde repousa um tropeiro
Eu recordo, meu parceiro
Dos bolicho, das função
Foste meu único amigo
E te chamei de solidão.
Minha mãe já dizia que eu tenho um defeito pouco apreciado: teimosa para caramba. Mas se eu não fosse perseverante, eu não teria coragem de chegar onde eu sempre quis.
Quando começar a sentir saudades de mim, quero que lembre-se que eu não fui embora porque eu quis, você me fez ir.
O que eu desejo pra ti, é que no silêncio de um momento só teu, tu olhes com todo amor para ti mesmo, para o teu coração, para os teus braços, para as tuas mãos, para todas as tuas lutas e para todos os teus caminhos, que te trouxeram até aqui, e vejas o quanto te diferencias dos que só contemplam e não realizam. Eu desejo que tu olhes e realizes na tua mente tudo que conseguisse, corajosamente. Eu desejo que te orgulhes muito de ti mesmo, e que mantenhas sempre a bondade e a generosidade junto de ti. Eu te desejo, principalmente, olhos bem abertos e gratidão para tudo de bom tu tens em tua vida. Tua família, que é teu apoio e amor maior e teu trabalho que te dignifica e enobrece dia após dia. Eu te vejo como um ser que tem ousadia e se recria e reinventa todos os dias. Teu trabalho é poesia e arte, assim como a arte que é todo o teu corpo, esse também, desenhado e assinado por ti.
Sim, eu desceria nas catacumbas do inferno para resgatar uma amizade perdida. E ai do demônio que se meta na minha frente. (Amigo de rocha)
Deus eu te peço para 2023 livra-me de pessoas egoístas mentirosas falsas e das maldades humana Se não puder me livrar De me sabedoria para conviver Mas nunca com aceitação. Gratidão pela companhia em 2022
O TEMPO É VALIOSO DEMAIS
O tempo é valioso demais
para eu gastar torcendo por vitórias que não mudam minha jornada,
em festas ruidosas que abafam o silêncio da alma cansada.
É valioso demais para discussões vazias,
para correr atrás de aplausos em plateias frias.
Não vale a pena perder horas com inveja ou rancor,
com medo de errar ou fingindo ser o que não sou. Por favor...
Não vale chorar por orgulho ferido,
nem esperar que o mundo me faça sentido.
Não vale a pena alimentar vaidade,
nem fingir alegria em meio à falsidade.
O tempo não deve ser jogado fora em amores mornos,
em promessas rasas, em sonhos sem adornos.
Mas vale — oh, como vale —
sentar ao lado de quem te escuta com o coração inteiro,
abraçar o silêncio de um fim de tarde verdadeiro.
Vale rir até a barriga doer,
vale amar mesmo com medo de sofrer.
Vale escrever, criar, construir,
ver a vida brotar, sem medo de partir.
Vale sentir o vento, andar descalço na areia,
valem os cafés lentos, as conversas sem peleia.
Vale lutar pelo que aquece a alma,
perdoar para manter a calma.
Vale servir, aprender, crescer,
e estar presente no que se escolhe viver.
O tempo é valioso demais
Não para contar os dias que passam,
mas para viver os dias que ficam.
Um Inferno de Metáforas
Eu era um anjo, mas me tornei caído
Da noite para o dia me tornei demônio
Caminhei pelo paraíso de ilusões
Atravessei purgatórios em meio solo inconsolável
Os pensamentos conturbados que definham a alma, com gritos de demônios que um dia humanos foram.
Assim atravessei o inferno de perturbados, que se perderam na cega mentira de um paraíso.
Que os pássaros cantem em meio paraíso denominado terra, que tanto se assemelha ao inferno.
Que minhas asas sejam arrancadas pela ilusão de um céu ou submundo, e que queime toda a minha mente que mais se parece com um inferno de Metáforas.
Já me disseram "Ele(a) era a pessoa certa, mas no momento errado" eu disse: "Se fosse a pessoa certa, não haveria momento errado"
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