Coleção pessoal de RenatoJaguarao

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⁠"A verdadeira humildade e amizade, consiste em reconhecer e torcer pelo sucesso do outro, mesmo que isso, "para os demais", demostre sua incapacidade ao ver o amigo chegar onde tu não chegou"

Renato Jaguarão.

"⁠Quem esquece suas origens, esquece dos amigos, dos momentos, dos lugares, da história e de si mesmo"

⁠"O maior patrimônio de quem nasce sem patrimônio é o estudo"

⁠Existe uma distância enorme entre querer e querer muito, na verdade 'querer' todos querem, já querer muito, requer dedicação, renúncias e muita luta"

⁠"E derrepente parei de querer coisas que não dependiam de mim e pessoas que não me queriam, e comecei a dar valor a tudo que tenho e amar as pessoas que estão ao meu lado, foi quando descobri que a vida pode ser maravilhosa"

⁠Velha estação.

Velha estação,
Local de chegada e partida,
Valente conservas ainda
Pedaço da tua história,
Daqueles dias de glória
Resistes a força do tempo,
Tal qual foras um templo,
Que tantos destinos cruzou
Alguns tu trouxe de longe,
E outros pra longe levou,
Agora te resta o silêncio,
Tapera já sem serventia,
O cincerro que judiaria,
Nunca mais partida anunciou,
O trilho enferrujou,
O dormente apodreceu,
Só quem te conheceu,
Naqueles tempos dourado,
Consegue te ver no passado,
E o passado que o mundo perdeu...

Renato Jaguarão


Naqueles tempos peleamos por Bento, Neto, Onofre e Canabarro, depois nos levantamos por Getúlio e na legalidade por Brizola, mas todos eram da pura cepa gaúcha, parte da nossa história... Minha pátria não é só vermelha, tampouco só verde amarela... "Minha pátria é vermelha, verde e amarela e tem nome; Rio Grande do Sul"

Renato Jaguarão

"⁠Não tenho como prever o dia de amanhã, mas no dia de hoje tento fazer o melhor, pois somos o resultadodo do que fizemos no passado"

Renato Jaguarão.

"⁠Até mesmo nos momentos mais difíceis encontrei inspiração pra tirar algo bom e levar como ensinamentos para toda vida"

"Me vale mais a verdade por mais dura que seja, do que o floreio dos vendedores de ilusão"

Renato Jaguarão

⁠(Assim quando me for)

É lindo o findar de tarde
Mirando aquele retosso
Daqueles tempos de moço
No lombo do meu cavalo

Era como um regalo
Aquela vida lá fora
O arrastar das esporas
Pelo trilhar do galpão

A eguada relinchando
Silhuetando a manguera
O João de barro a porteira
O velho fogo de chão

Depois chegava a pionada
Naquela roda de mate
Cada um dando um aparte
Na trova que se estendia

Daqueles findar de dia
Ainda trago a memória
Pra mim era propria glória
Por ter nascido gaúcho

Quem sabe ainda me toque
No derradeiro final
Quando se vai o bocal
Por mais forte fora o tento

Me reste ainda um momento
Pra relembrar minha sina
Dessa vida tiatina
Lambendo o cocho de sal

A velha cruz em sinal
Na hora da oração
Coloquem junto ao caixão
O pavilhão tricolor

Um lenço vermelho em cor
Pra lembrar o gauderismo
Minha vida de xucrimos
E a minha declamação

E se sobra um espacito
Junto ao meu corpo judiado
Meu violão do meu lado
Pinho velho afinado

Pra chegar no outro lado
Já fazendo algum costado
Uns verso bem declamado
Pro patrão nosso Senhor...

Renato Jaguarão.

⁠"Não espere o cavalo passar encilhado, vá atrás dele, coloque o buçal, arraste pelo cabresto, encilhe e monte"



Minha história.

Era inverno naquele julho
A luz era do candeeiro
A bóia carreteiro
De charque ovelha e farinha
A benzedeira, também rainha
Das casa de tolerância
Nas campanha de importância
Pelo ofício de parteira
Foi ali pela soleira
Daquele bordel campeiro
Que vi a luz por primeiro
Na minha chegada ao mundo
Num pelego lanudo
Tapado por um xergão
Nascia na Solidão
Pros lado da Santa Vitória
Donde por vez a memória
Me vêm do inconsciente
A origem de um vivente
Se faz a vida e a história

"Aprenda que não terás tudo que queres na vida, mas deves cuidar bem tudo que tens"

Renato Jaguarão.

⁠Simplicidade.

Me faz falta a simplicidade. ...
Do entardecer da campanha. ...
O mate, dois dedo de canha. ...
Até o naco de fumo. ...
Acho que perdi o rumo. ...
Quando me vim pra cidade. ...
Onde me amadrinha a saudade. ...
Na varanda do apartamento. ...
Tentando buscar o vento. ...
Que se foi com o minuano. ...
Levando aquele paisano. ...
De bombacha e chapéu largo. ...
Revirando o gosto amargo. ...
Do mate madrugueiro. ...
Dos tempos de campeiro. ...
Nos pagos da Fronteira. ...
Daquela essência lindera. ...
Do entardecer na querência. ...
Me resta só a insistência. ...
De lembrar o velho passado. ...
Pra não perder o costume. ...
E sentir por vez o perfume. ...
Daquele cheiro de mato.

Renato Jaguarão.

⁠"Quando me for dessa vida, na minha última tropiada, me levem pra minha querência, se na distância eu andar, e podem me enterrar, em qualquer beira de estrada, não carece cruz nem nada, só um pedaço de chão, pro descanso do peão em sua última morada"

Renato Jaguarão

"⁠Eu não creio na justiça, fique descrente em trinta e cinco, quando no lombo pingo, empunhei lança na mão, me prometeram liberdade, mas continue na escravidão"

Renato Jaguarão

"⁠Não tenho quase nada, minhas garra, catre, um galpão, isso basta pra um gaúcho, sem posse nem procedência, que tem por mundo a querência e a fronteira no coração"

Renato Jaguarão.



A vida é cerca tombada, quando se sente saudade, dói uma barbaridade, ocoração em segredo as vezes marca no peito, tal roseta na virilha,não fica bem pro farroupilha ter saudade de um cavalo,que jeito se vai chorar, são coisas de índio macho,sentimento é um relaxo difícil de aquerencia.

(Da poesia Nunca mais vendo Cavalos)

Renato Jaguarão

"⁠Me gusta mais o campo, a calmaria e a liberdade, que o juntamento e a prisão, da grande cidade"

Renato Jaguarão