Se Existir Guerra que Seja de Travesseiro
Sábio travesseiro...
Sou aficionada pelas obras de Rubem Alves - psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis – cada texto dele, traz alento a minha alma em determinado momento. De todos, hoje um em especial fez-me dulcificar: O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção. Porque a vida é feita de percalços. E nessas horas o que mais nos falta é alguém que saiba “ouvir”.
Dispostos a te ouvir não faltam, até sobram, mas de todos poucos sabem ouvir. E muitos ouvem no intuído de bisbilhotar, por curiosidade, pelo burburinho. Quem não adora um fuxico? E a cada palavra ouvida, dez são ditas: “não é sim”, “você agiu errado”, “assim não dá certo” “não é desse jeito que faz”, “faça assim”, “escute o que estou te falando” etc. Outros subestimam sua capacidade de resolução e despejam-se em conselhos; “se eu fosse você faria assim”. Esses carecem aprender um ditado antigo pregado nas escolas: “quando um burro fala o outro abaixa a orelha”, á aprenderem a ouvir.
E não sei o que é pior, não saber ouvir - porque quando estão falando te tolhe o direito de falar – ou a tentativa de aconselhar. Mania que todo mundo tem de querer dar palpite na vida dos outros. Voltando aos ditados: “se conselho fosse bom ninguém dava, vendia”. Querem que tomemos atitudes de acordo com aquilo que acham certo, mas nem se dispuseram a nos ouvir, a conhecer nossa aflição, nossa dor. Simplesmente não ouviu como pode ousar a aconselhar?
Se não há ninguém apto a ouvir o meu desabafo, opto pelo silêncio. É no silêncio que me ouço, é nele que busco minhas entranhas, meus medos, minha coragem, minhas tristezas e minhas alegrias. O silêncio torna-se o meu conselheiro, pois “o silêncio é um amigo que nunca trai” (Confúcio). Qual o lugar ideal para nos encontrar com o silêncio? Sábio ditado popular: “travesseiro é o seu o melhor conselheiro”. É recostado nele, onde silenciamos a voz e deixamos no íntimo falar, são os pensamentos. O travesseiro por sua vez ouve em silêncio e quando nos cansamos, é a vez dele de falar de aconselhar. É nesse exato momento que encontramos a solução para o que há poucos instantes não tinha saída. Sendo assim, a sensação de angústia, aflição, desespero dá lugar a serenidade, a paz e a tranquilidade, e aos poucos entorpecemos profundamente. Ao despertarmos tudo parece mais fácil, simples e ameno! Sábio travesseiro!
O fio de cabelo de sua cabeça encontrado em meu travesseiro, e fez recordar das noites de amores que participamos corpo a corpo em rol envolvente!
Queria eu repetir tudo outra vez!
Que dessa vez tem algo surpresa!
Deito em minha cama, acosto-me junto ao meu travesseiro, dou uma longa respirada de alívio e faço a auto-reflexão inerente ao meu dia; fecho os olhos, ajeito o cobertor e tento esvaziar minha mente para dormi, mas não consigo! Algo está presente em meu pensar, impossibilitando meu sono; então viro, tento me concentrar novamente e até consigo cochilar, mas meu inconsciente me desperta alguns minutos depois, mas o que será que tanto me prejudica? Será um sentimento de fracasso? Será um incômodo por não conseguir quebrar as amarras que me prendem ao meu passado? Ou será o medo do futuro? Não, não, talvez seja a eterna saudade do incerto, do dia não-mecânico, não-programado! Parece que só ele é que me proporcionará um momento gratificante para esvaziar minha mente o suficiente para me render ao descanso diário, que talvez hoje eu não mereça...
Morrer de Amor
O teu silencio surra a porta do meu quarto, pedindo alguma atitude, o travesseiro sufoca e aperta os cortes, logo sangro, deitado em meu leito de morte.
o orgulho ao meu lado nada faz, pareço ser incapaz de me levantar, ao chão resta as rosas que nunca entreguei, hoje confortam minha agonia deste minha partida.
Felicidade é quando deitamos a cabeça no travesseiro com a consciência tranquila de ter feito algo que todo ser humano deveria fazer.
De tantas coisas que escrevi
Abarrotadas no travesseiro da consciência
Dormindo sono esplêndido
Para não acordar com o pesadelo da véspera!
Será que alguém pensa em mim toda vez que põe a cabeça sobre o travesseiro? Será que alguém fala que sou a mulher de sua vida? Se sim, meu Deus, por favor faça com que essa pessoa me diga.. Ou será que essa pessoa demonstra isso todo o tempo mas eu (burra) não percebo? Eu só quero um amor para chamar de meu!
Toda noite quando vou dormir, coloco a cabeça no travesseiro e desejo que o dia que está por vir seja bom. Que ao decorrer dele algo de maravilhoso me aconteça, pode ser uma ligação, uma troca de olhares, o importante é que aconteça, o importante é que seja espontâneo. Todo dia, toda hora, me pergunto se vai demorar pra minha felicidade bater na porta e dizer: “- Posso entrar? Vim pra ficar”. Nessa hora irei abrir a porta, a deixar entrar e depois trancar ela para o lado de dentro, jogando fora a chave logo em seguida. Essa noite mais uma vez irei pedir com todas as minhas forças um dia bom, um dia que faça valer a pena ter acordado. É o que eu mais quero, é o que espero.
“Às vezes, deito-me no travesseiro e fico imaginando como iria ser se você estivesse aqui. Exatamente, naquele momento, deitado ao meu lado. Poderia ser estranho, digo… Nós dois tão próximos. Eu sonho que um dia possamos ficar assim, como aquela coisa clichê de filmes românticos. Confesso que antes de você, não sabia o que era amor, mas não um amor comum. Um amor diferente, com brigas, tapas, beijos, carinho, ciúmes… É bom estar com você, mesmo que seja apenas 1h por dia, eu faria essas 1h por uma eternidade, às vezes, as coisas param do nada. É por causa de você, não é? É por causa de você que eu tenho coragem de levantar da cama.”
“Obrigada Pai, pela minha cama quentinha, pelo aconchego que ganho do meu travesseiro, pelo beijo de boa noite que ganho do meu amado e por hoje Ter andado do meu Lado ;)”
TRAVESSEIROS II
O dia se fez as onze.
Um travesseiro sem cheiro
Feito medalha de bronze
Ao lado da cama, ainda inteiro.
A sinfonia vinha de dentro.
A luz ganhou foco exuberante.
Num único travesseiro,
Duas marcas e o cheiro dos amantes.
A noite foi de magia
Como a muito não se via.
Minha deusa da alegria.
Dona das minhas fantasias.
O cabelo desalinhado.
Agora um velho jeans desbotado.
Um perfume desodorizado,
E um sonho de amor realizado.
O champanhe abandonado
Por água de coco trocado.
Os desejos retomados.
Ela feliz ao meu lado.
Ela fechava os olhos pra se esconder dos problemas. Deitava a cabeça no travesseiro e deixava as lagrimas lavarem seu rosto. Sabia que não tinha forças para lutar contra tamanho monstro que criara. Por isso, apenas deixava que a situação a carregasse. Não encontrava abrigo em si mesma, nem uma segurança que lhe apertasse as mãos. Jogava as cobertas sobre si, pressionava os braços sobre a cabeça, encolhia as pernas e ali ficava, presa a cama, até que o sono lhe vencesse a insistência.
Chorei ao chegar em casa, colocar a cabeça no travesseiro e ver que você tinha ido pra longe de tudo que foi nosso.
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