Se eu Tivesse Asas

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Apenas um aviso que eu deixo bem simples: se quiser, me procura você.

Os maiores ladrões que eu conheço usam terno e gravata,
são tratados como autoridade,
e são super bem recebidos onde quer que estejam...

Você não tem ideia de quantas coisas eu queria dizer pra você quando me calava.

Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.

É por isso que na graça eu me mantive sentada, quieta, silenciosa. E como em uma anunciação. Não sendo porém precedida por anjos. Mas é como se o anjo da vida viesse me anunciar o mundo.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

"‎Eu sou um pouco mais estranha do que ser estranha permite. Sou estranha além do charme de ser estranha.”

Eu não tenho partido, sério. Mas estou com as pessoas que podem mudar alguma coisa, dou a maior força.

Eu sou a dama maldita que, sem nenhuma piedade, vai te poluir com todos os líquidos, contaminar teu sangue com todos os vírus.

Eu não me envergonho de corrigir meus erros e mudar as opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender. Também não me envergonho de dizer a verdade, mesmo que muitos se incomodem com isso, afinal, isso faz parte do meu caráter e de minha singular personalidade.

Eu procurei em outros corpos encontrar você, eu procurei um bom motivo pra não falar, procurei me manter afastado, mas você me conhece, faço tudo errado. Vou te esquecer nem que vou, só por uma noite... mas só de ouvir a sua voz, já me sinto bem, mas se é difícil pra você tudo bem, muita gente se diverte com o que tem.

Eu, vagando entre o real e o imaginário, suspiro a cada sonho.

Eu “não resisto a uma baixaria bem brega”! Resisto sim. Tenho um passado hippie que me deixou muitas coisas boas. Estou sempre preocupado com a ética, com a beleza, com a dignidade. Sou educadíssimo, e fui criado de maneira muito católica, com toda aquela culpa de “maus” pensamentos, “mas” ações, e uma terrível nostalgia da “bondade” (como a “Alice” do Woody Allen).

Caio Fernando Abreu

Nota: Carta a Guilherme de Almeida Prado

Tudo que sei é que você quis partir, eu quis partir você, tirar você de mim.
Demorei pra esquecer, demorei pra encontrar um lugar onde você não me machucasse mais.

Queria ser sobrenaturalmente forte, então eu endireitaria tudo o que está errado.

E por um determinado momento eu pensei em largar de mão, desistir. Só que um segundo depois me fiz às seguintes perguntas: a gente desiste da gente? A gente desiste dos nossos sonhos assim tão fácil? A gente se preocupa tão pouco em resgatar o que nos faz bem? E eu larguei tudo o que me prendia de forma negativa nessa fase ruim e concentrei todas as minhas forças em recuperar o que a gente tinha. Tinha não, tem. E eu descobri. Desistir de você era a mesma coisa que desistir de mim mesma. Como eu poderia deixar escapar de uma maneira tão estúpida a razão da minha felicidade? Enquanto milhares de pessoas estão à procura dela, eu com a sorte que tenho de ter encontrado, ia deixar escapar assim? E foi a partir dessa pergunta, que encontrei todas as respostas. E elas não poderiam ser melhores.

Eu pensei em perdoá-lo. Engolir o choro, o orgulho, a raiva e a tristeza que me invadia e corroía por dentro. Mas em menos de uma semana lá estava ele abraçado com outra. Eu sei, ele sabe, nós sabemos: acabou. De vez. Para sempre. Definitivamente. Não há mais volta. Nada será como foi um dia. Mas só quem não percebeu isto ainda foi meu coração… Pobre, pobre coração. Coração este que não aprende a lição. Coração este que está cansado de amar errado.

Ninguém entende o que eu falo. Ninguém quer saber o que eu sinto.

...eu tive tanto amor um dia.

Um amor como o nosso está fadado a acabar. E eu já não tenho mais fôlego para soprar a fogueira.

A qualquer modo todo escuridão
Eu sou supremo. Sou o Cristo negro.
O que não crê, nem ama — o que só sabe
O mistério tornado carne.

Há um orgulho atro que me diz
Que Sou Deus inconscienciando-me
Para humano; sou mais real que o mundo,
Por isso odeio-lhe a existência enorme,
O seu amontoar de coisas vistas.
Como um santo devoto
Odeio o mundo, porque o que eu sou
E que não sei sentir que sou, conhece-o
Por não real e não ali.
Por isso odeio-o —
Seja eu o destruidor! Seja eu Deus ira!