Se eu Fosse Algum Rei
Sim, eu me faço de forte, mas já chorei no meu quarto, em silêncio, a porta fechada, travesseiro no rosto, chorei por dentro, sofri. Mas sabe o que tudo isso resultou; nada, é preciso aprender a crescer, viver, ser "gente grande" e enfrentar os próprios problemas.
O que essa Bella tem de especial? Edward é tão submisso, porque eu vivo num mundo real onde os vampiros queimam no sol.
Eu não falhei. Apenas descobri 10 mil maneiras que não funcionam.
Eu sou é eu mesmo. Divirjo de todo o mundo…
Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.
Não...
Depois de te amar,
Eu não podria amar mais ninguém.
De que me importa se as ruas esntão cheia de homens,
esbanjando beleza e promessas ao alcance das mão.
Se tu já não me queres,
é funda e sem remédio a minha solidão.
Era tão fácil ser feliz quando estavas comigo.
Quantas vezes ouvi teu riso, rindo feliz
Como um guizo em tua boca.
E a todo momento sem te beijar, eu estava te beijando;
Com as mãos, com os olhos, com o pensamento
numa ansiedade louca.
POR TRÁS DA VIDRAÇA
Cá entre nós: fui eu quem sonhou que você sonhou comigo? Ou teria sido o contrário?
Sonhei que você sonhava comigo. Mais tarde, talvez eu até ficasse confuso, sem saber ao certo se fui eu mesmo quem sonhou que você sonhava comigo, ou ao contrário, foi quem sabe você quem sonhou que eu sonhava com você. Não sei o que seria mais provável. Você sabe, nessa história de sonhos — falo o óbvio —, nunca há muita lógica nem coerência. Além disso, ainda que um de nós dois ou os dois tivéssemos realmente sonhado que um sonhava com o outro, também é pouco provável que falássemos sobre isso. Ou não? Sei que o que sei é que, sem nenhuma dúvida:
Sonhei que você sonhava comigo. Certo? Não, talvez não esteja nada certo. Também não era isso o que eu queria ou planejava dizer. Pelo menos, não desse jeito embaçado como uma vidraça durante a chuva. Por favor, apanhe aquele pequeno pedaço de feltro que fica sempre ali, ao lado dos discos. Agora limpe devagar a vidraça — quero dizer, o texto. Vá passando esse pedaço de feltro sobre o vidro, até ficar mais claro o que há por trás. Lago, edifício, montanha, outdoor, qualquer coisa. Certamente molhada, porque só quando chove as vidraças embaçam. Será? Não tenho certeza, mas o que quero dizer, disso estou certo, começa assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Agora penso que é também provável que — se realmente fui mesmo eu a sonhar que você sonhou comigo; e não o contrário — eu não estivesse sonhando. Nada de sono, cama, olhos fechados. É possível que eu estivesse de olhos abertos no meio da rua, não na cama; durante o dia, não à noite — quando aconteceu isso que chamo de sonho. Embora saiba que — se foi dessa forma assim, digamos, consciente — então não seria correto chamá-la de sonho, essa imagem que aconteceu —, mas de imaginação ou invento até mesmo delírio, quem sabe alucinação. Mas não, não é isso o que quero contar, O que quero contar, sei muito bem e sem nenhuma hesitação, começa assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Parece simples, mas me deixa inquieto. Cá entre nós, é um tanto atrevido supor a mim mesmo capaz de atravessar — mentalmente, dormindo ou acordado — todo esse espaço que nos separa e, de alguma forma que não compreendo, penetrar nessa região onde acontecem os seus sonhos para criar alguma situação onde, no fundo da sua mente, eu passasse a ter alguma espécie de existência. Não, não me atrevo. Então fico ainda mais confuso, porque também não sei se tudo isso não teria sido nem sonho, nem imaginação ou delírio, mas outra viagem chamada desejo. Verdade eu queria muito. Estou piorando as coisas, preciso ser mais claro. Começando de novo, quem sabe, começando agora:
Sonhei que você sonhava comigo. Depois que sonhei que você sonhava comigo, continuei sonhando que você acordava desse sonho de sonhar comigo — e era um sonho bonito, aquele —, está entendendo? Você acordava, eu não. Eu continuava sonhando, mas na continuação do meu sonho você tinha deixado de sonhar comigo. Você estava acordado, tentando adequar a imagem minha do sonho que você tinha acabado de sonhar à outra ou à soma de várias outras, que não sei se posso chamar de real, porque não foram sonhadas. Mas, se foi o contrário, então era eu, e não você, quem tentava essa adequação — nessa continuação de sonho em que ou eu ou você ou nós dois sonhamos um com o outro. Nos víamos? Quase consegui, agora. Preciso simplificar ainda mais, para começar de novo aqui:
Sonhei que você sonhava comigo. Depois, fiquei aflito. E quase certo de que isso não tinha acontecido. O que aconteceu, sim, é que foi você quem sonhou que eu sonhava com você. Mas não posso garantir nada. Sei que estou parado aqui, agora, pensando todas essas coisas. Como se estivesse — eu, não você — acordando um pouco assustado do bonito que foi ter tido aquele sonho em que você sonhava comigo. Tão breve. Mas tudo é muito longo, eu sei. Estou ficando cansativo? Cansado, também. Está bem, eu paro. Apanhe outra vez aquele pedaço de feltro: desembace, desembaço. Choveu demais, esfriou. Mas deve haver algum jeito exato de contar essa história que começa e não sei se termina ou continua assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Ou foi o contrário? Seja como for, pouco importa: não me desperte, por favor, não te desperto.
Monólogo da madrugada
E eu novamente perdida em meu mundo,
Contando histórias de mim sobre eu mesmo,
Num lugar onde não me encaixo e solidão torna meu rumo.
Talvez eu pudesse pensar em me encaixar,
Como fiz antigamente,
Tenho preguiça...
Não sou mais inconsequente.
Pra encaixar no velho,
Prefiro viver desencaixada,
Quero encaixar no novo,
Mas o novo não se encaixa em mim...
Fico assim,
Sábia das minhas certezas,
Fugindo das incertezas,
Feliz,
Tranquila,
Não procuro problemas,
Mas ás vezes eles me acham,
Cuido de mim, nem sempre foi assim,
Odiava o silêncio, agora amo.
Gosto disso.
Do presente,
Que realmente é um presente.
Não ligo de ser diferente...
Não gosto de sair...
Chato.
Música ruim.
Não me encaixo,
Nem quero.
Gosto das pessoas,
Mas, meio que nada a ver a vida...
Muito menos os pensamentos,
Difícil pensamento alheio me agradar ...
Sei lá.
Prefiro a companhia de mim mesma, mesmo.
Não sinto falta de nada, até estranho...
Mas um estranho bom,
Vejo pessoas bebendo,
E eu não vejo sentido na insanidade, no entorpecer.
Gosto de ser sóbria,
Prefiro o clarear de ideias.
Entorpecentes como fuga são.
Não preciso perder a sanidade,
Muito menos,
A linha de raciocínio,
Quero ser um eu completo,
Solido.
Não influenciável.
A bebida deixa a pessoa mole, sem ciência,
Dopa a consciência,
Muda o mundo interior, destrói.
Distrai.
Não gosto de sonhar também.
Sonhos mentem...
Tentam fazer sua mente.
Distrações...
Não gosto delas,
Mas algumas ainda me prendem.
Por isso a vontade imensa de me isolar,
Morar na praia, vida simples,
Sem TV, sem som, sem modernidade.
Meu violão, livros e só...
Utópico né.
Mas eu sonho em viver de arte,
Sonho acordado.
Passo-a-passo...
Vou construindo meu futuro,
Trabalhando,
Atrapalhando...
Faz parte.
Agora chega de falar comigo!
Dormirei.
Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.
Não caminhes na minha frente, eu posso não segui-lo. Não caminhe atrás de mim, eu não posso conduzi-lo. Apenas caminhe a meu lado e seja meu amigo.
Desculpa amor, eu não pude resistir, não sou de ferro!
Ah! Se eu pudesse eu arrancaria esse coração.
Só pra não mais sentir isso, mas... o que é isso que sentimos?
Seria um misto de saudade com amor incontido dentro do peito, que nem consegue bater direito de tão apertado que da dó?
Difícil entender, mais difícil ainda de resistir.
Seria eu covarde em querer arrancar um coração do peito por causa de um único sentimento?
Ou seria o sentimento covarde o bastante pra tentar um coração ser arrancado do peito por sua causa.
Coração que é responsável por todos os sentimentos que nos faz feliz, e entender que a vida é bela e vale a pena, mesmo que haja uma dor, dessas de querer-nos fazer arrancar o coração.
Não, eu não sou covarde, porque eu amo e quem ama tem coragem, enfrenta os riscos de um sentimento absurdo de querer romper um coração.
Há aqui dentro um conflito que eu não consigo entender, talvez seja porque eu me tenha confundido por quem eu amo!
Ou talvez quem eu amo não me tenha compreendido, e sem querer me colocado em uma situação de desespero em solidão com saudade, amor e vontade.
Entendo que gostaria que o tempo parasse e eu tivesse alguns instantes de aproximação de quem eu quero.
Dessa forma entenderia que meu coração teria um valor imenso, e jamais pensaria em arrancá-lo do meu peito.
Sem amor, sem paixão a vida seria uma infinita solidão.
Seria horrível não ter um coração pra bater por um motivo que não fosse só pra regar o seu sangue, e uma lágrima para rolar no seu rosto que não seja por amor.
Amar sim, mas com prazer de saber que esta amando, chorar em uma justa causa de estar tendo sentimento de transpassar em seu coração que em outrora queria eu que fosse arrancado.
Deixa sim o coração aqui, porque em outra situação ele vai bater de felicidade, e eu tenho que ter ele comigo para poder lhe dar esse prazer, e não sentir-me mais um covarde.
Queria estar com você nesse momento amor, mas, como você não está aqui, eu converso com meu coração.
Pois o coitado é que tá dizendo tudo o que ele ta sentindo.
Choro com os meus sentimentos porque o coração se deixa espremer.
Sabe ele que não deve se romper, tem que resistir, para outro amor que pode estar por vir.
Saudade é como vinho que embriaga e deixa bobo quem dela toma, deixa confusão na cabeça da gente e faz pensar que não resta nada de nós.
(…) E apesar de rir e fingir que não me importo, eu me importo sim. Tem dias que gostaria de ser diferente, mas isso é impossível. Estou presa ao caráter com qual nasci, e mesmo assim tenho certeza de que não sou má pessoa. Faço o máximo para agradar a todos, mais do que eles suspeitariam num milhão de anos.
Senhor, como são numerosos os meus perseguidores!
Mas vós sois, Senhor, para mim um escudo;
Eu, que me tenho deitado e adormecido,
Levanto-me, porque o Senhor me sustenta.
(Salmos 3)
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