Se eu Fosse Algum Rei
Muriçoca
Mas assim: se é tudo parte de mim,
se eu reajo a muriçoca,
que fugiu do passarinho,
que saiu voando da árvore,
que treme, treme por conta do rio,
que se sacode quando o peixe passa,
que remexe o morro quando quer correr.
Eu pondero comigo: ponderando comigo mesmo,
se é por conta disso,
aquilo que chove em São Sebastião.
Tem ventanias aqui dentro. Bem aqui.
Verifico e me identifico.
Ponderando comigo mesmo,
eu chovi por ali.
Presente divino, a flor ofertada, contigo eu hei de compreender o amor
E mesmo na dor eu percebo que o teu sorriso alivia o sofrer
Não sei traduzir o que sinto, mas te ouvir me faz compreender que o céu se inicia aqui mesmo na terra
Obrigado princesa Rayne Almeida.
O jogo é duro e eu tenho que ser mais
Qual faculdade que eu faço pra aprender a ter paz?
De um jeito eficaz
Sou filha sem mãe nem pai
Sou cria da confusão
E seja lá como for
No lixão nasce a flor
Transformar em canção toda a dor
Pra realizar vale o risco da caneta pro papel
Esse é o meu paraíso, pois nem sei se existe o céu
Hoje eu tô suave e tô a pampa
Me aceito, te respeito e eu me gosto sem uma tampa
Mas eu te peço: seja sincero
Mesmo que eu me machuque tô esperando, certo?
E só vem pro meu sossego, não tenha medo
É a luz que me ilumina logo cedo
Eu vim te contar que eu resisto por você
Que com o passar eu me apaixonei sem querer
Que é você o meu fogo que fez a chama acender
O gesto mais sincero que já vi
Por mais que nós dois temos que partir um dia
Vamos viver
E eu sei que era só um passatempo, mas o tempo resolveu parar
Era madrugada numa noite fria, 150 e suas batidas
Coração gelado querendo abraços desse amor que não tinha mais vida
Devagar devagarinho eu chego lá, você vai ver
Atitude não me falta, mas te falta proceder
Continua subestimando, eu adoro surpreender
Me olha no olho sem desaforo
E admita que eu posso vencer
Nesse jogo chamado vida
Tô pronta pro ataque, tô pra sobreviver
Se eu tocar no seu radinho
Vai ser tão bom confia em mim
Posso preencher todo o espaço
O calor do meu abraço te deixa feliz
Aperta o play e me diz você
Eu aprendi a me virar pra não me machucar
Por mais que eu tema a solidão
Vou, sem medo de errar
Procuro um lugar
Que me seja leito e não prisão
Rosas Perfumadas
Uma flor se fores me dar...
Dê-me rosas perfumadas...
Ah! Eu gosto disso...
No seu perfume vou me embriagar!
Me embriago e deixo-me ir,
Por onde você me conduzir...
Deixo - me levar,
no seu jeito quente de me amar!
Até posso te seduzir
com meu corpo e meu calor,
mas deixo - me conduzir,
embriagada neste amor!
Rosas perfumadas eu gosto,
Trazes - me rosas perfumadas...
Nenhuma cor causa-me desgosto,
a menos que estejas perfuradas...
Daí, jogo fora
E te boto pra fora
Com afinco e gosto!
Rosas perfumadas eu gosto...
Mas, traga - me tenras e vigorosas...
Amo as rosas com sedução,
principalmente com um belo cartão...
Marcando o encontro de paixão!
Modernismo
No fundo, eu sou mesmo é um romântico inveterado.
No fundo, nada: eu sou romântico de todo jeito.
Eu sou romântico de corpo e alma,
de dentro e de fora,
de alto a baixo, de todo lado: do esquerdo e do direito.
Eu sou romântico de todo jeito.
Sou um sujeito sem jeito que tem medo de avião,
um individualista confesso, que adora luares,
que gosta de piqueniques e noitadas festivas,
mas que vai se esconder no fundo dos restaurantes.
Um sujeito que nesta reta de chegada dos cinqüenta
sente que seu coração bate mais velozmente
que já nem agüenta esperar mais as moças
da geração incerta dos dois mil.
Vejam, por exemplo, a minha cara de apaixonado,
a minha expressão de timidez, as minhas várias
tentativas frustradas de D. Juan.
Vejam meu pessimismo político,
meu idealismo poético,
minhas leituras de passatempo.
Vejam meus tiques e etiquetas,
meus sapatos engraxados,
meus ternos enleios,
meu gosto pelo passado
e pelos presentes,
minhas cismas,
e raptos.
Veja também minha linguagem
cheia de mins, de meus e de comos.
Vejam , e me digam se eu não sou mesmo
um sujeito romântico que contraiu o mal do século
e ainda morre de amor pela idade média
das mulheres.
"Uma vez me perguntou alguém:
Quais são suas qualidades?
Eu respondi com outra pergunta:
Você sabe quais são os meus defeitos?
Ele me respondeu: Sim e eu disse:
Na minha vida eu transformei meus piores defeitos em minhas maiores qualidades."
Natanael Bonifácio
SEM AÇUCENAS
Só eu cruzo o meu deserto
E não há nenhum deles que seja perto
Assim se faz os caminhos sem beleza.
E a tristeza com seu véu cobrindo o rosto
Não sei para onde vai apressadamente
Com seu perfume que recende as portas
De um lar há muito sem habitante qualquer.
Assim é esse deserto!
Mas seja o que vier...
Viverei em mim o personagem que não quer morrer
Que tem uma vida eterna por viver
E as mãos acenam uma açucena para o mundo
Aos destinos humanos sempre à deriva nesta vida
Que passa apressadamente com seu perfume
porque as açucenas murcharam-se
e agora recendem apenas os beirais dos túmulos.
Eu quero mais é a dor de ser gente
e esse medo macabro de já não o ser.
Quero a angústia de quem sente,
se ressente por sentir,
mas se dói dos insensíveis.
Eu me acho.
Enquanto me perdia, se me perco noite, acho-me no dia.
Acendo o tempo, senão o tempo me apagaria.
A vida um caminho fino de passagens grossas, olhos congelados, vistas turvas.
A claridade, me escurece, desdenha-me da sabedoria.
Suga-me os rasos pingos d'água dos olhos, já não me resta nada.
Perdia-me, e quantas vezes me perdi.
Achavam-me e quantas vezes não achava-me.
Diz o ditado dos outros, não os meus:- Um homem se perde enquanto a luz, uma mulher se encontra enquanto existe a madrugada, não há hora no mundo falada que lhe mostre em que momento se perderá na estrada.
A vida é se encontrar estando em pedaços perdidos por lá, onde o mundo não lhe dá morada.
Mundo Illuminati
As pessoas quer de mim mais certeza, tô cansado de não saber, agora eu sei!
Já me saturei em tanto explicar, vou simplificar
As minhas palavras são diretas como flechas, elas nem sempre vai direto ao ponto, mas no final sempre há uma revelação
Toda a verdade aparece como se estivesse saindo da terra, se cansou de se esconder
Hoje não busco só rosas vermelhas nem tão pouco brancas
Eu procuro a rosa a cor rosa verdadeira, também chamada de pink
Eu procuro você!
Você de olhos claros, com sorriso no rosto ao me ver, você que se inclinou pra saber aonde buscar água
Você que disse mil palavras com um só olhar e a sua felicidade fez a me atormentar será? será?? será???, não, é concerteza que é você!
Se isso for desejo, desejo de deus, óbvio porque tudo que parece ser, pode não acontecer
O que eu tenho aprendido com a quarentena?
Se eu pudesse definir em apenas um sentimento, seria “paciência”.
A vida inteira, sempre fui muito do “fazer agora”, e do não “deixar para depois”. Este período tem me ensinado que nem sempre será assim.
Estou há dez dias dentro de casa, sem pisar na calçada, dirigir, ou ver outras pessoas.
Tento, diariamente, me reinventar e procurar, aqui dentro, o que fazer para preencher meu dia...
Trabalhar em home office, fazer exercícios físicos sem o “peso pesado” do Crossfit, cantar, dançar, cozinhar, ler, escrever, estudar, etc.
O que mais tenho sentido falta é o contato humano: a conversa, o abraço, o toque, o beijo.
A tecnologia tem me ajudado muito a amenizar esta saudade.
E vocês? Como tem sido estes dias e o que vocês têm aprendido?
Ah! Tem uma outra coisa...
Eu nunca usei tanto o verbo no particípio como tenho usado ultimamente.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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