Saudades do Amigo de Infancia

Cerca de 142315 frases e pensamentos: Saudades do Amigo de Infancia

De partida!
Pois quem vai volta
Volta na saudade,
de ida e vinda
Embora seja outra rota
Várias até que se finda
Então,
que venha outra cota
E também outra filosofia
Pois a vida é uma pelota,
e viver uma mercearia...

Inserida por LucianoSpagnol

Eu era Rio
agora cerrado
e neste sulcado
sou vestígio

Inserida por LucianoSpagnol

Chover no cerrado
cada gota
banha o ressecado

Inserida por LucianoSpagnol

Enquanto tem quem se ache
num mundo dos apache,
eu apenas poeto.
Não sou objeto.
E nesta cena,
sinto.
Pena.

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Ponto final

Nas decepções não use reticências
Nas intercalações separe com vírgulas
Tenha parênteses nas ruins aparências
Pois a oração da vida depende de ser leal
Interrogando, exclamando, nas eloquências
Para que não se tenha dúvida no ponto final...

Luciano Spagnol
2016, maio, 09
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

E Lá Se Vai o Tempo

E lá se vai o tempo
Sem tempo de ir
Querendo ficar no tempo
Sentado no meio fio sem sair
E lá se vai o tempo
O tempo onde perdura o amor
No coração ao sol e ao relento
Em canção e nunca amador
E lá se vai o tempo
Com carapuça de sonhador
O tempo é todo o tempo
O meu e o teu tempo, inventor
E lá se vai o tempo
De fado, de dor, de felicidade
O tempo dono da vitalidade
O tempo dono da eternidade.
E lá se vai o tempo...

Luciano Spagnol
Anápolis, 27/02/2013
14’59”

Inserida por LucianoSpagnol

"E lá se vai o tempo
com horas de sonhador
o tempo é todo o tempo
a quem tem tempo no amor,
e lá se vai o tempo"

(Luciano Spagnol
Poeta do cerrado)

Inserida por LucianoSpagnol

Lamparina...

Tu, ateia luz à lembrança
Gerando cheiro de criança
E fuligem na nostalgia
Evolando memória e poesia
De um tempo que não volta mais
Sentado no silêncio do ontem, das gerais
Tão perto e tão longe, porém
Fazendo a existência ir além
De um dia ter dado partida
Na juventude já perdida
Entre ventos a soprar
A alma pôs-se a chorar
Esta solitária iniquidade
Que arde as cinzas da saudade
Na chama da lamparina
Onde não mais tange a rotina

Luciano Spagnol
Rio, 23/10/2010
19’29”

Inserida por LucianoSpagnol

Versos Para Minha Morte

O tempo na hora, suponho
Traga condolência para o fim
E me cubra com filó e vigonho
Apaziguando os sonhos, enfim...
E nesta batalha vencida, de partida
Levarei os versos para minha morte
Desobrigarei lamentos na despedida
E os deixarei ao contento da sorte
A lágrima fica para os que orem
E os que com minha alma importe
Em cada conta do rosário roguem
Meus pecados, assim suporte
Deus, e que me possa perdoar
Com compaixão, e faça meu transporte
Se desacertei, sempre quis amar
Talvez nesta hora peça aporte
Para o silêncio, para me libertar...
E na rixa do fado, a sorte, da minha morte
Será sem saber como, fico a imaginar.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Data indeterminada

Inserida por LucianoSpagnol

fodo da minha morte

o tempo na hora, suponho
me cubra com filó e vigonho
na partida,
desobrigo lamentos na despedida
levarei os versos para minha sorte
lágrimas, aos que comigo importe
e orem aos meus pecados perdoar
sem saber quando, fico a imaginar
o fado da minha morte...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Data indeterminada

Inserida por LucianoSpagnol

Silêncio do Poeta

O poeta fala e a alma escuta
Teus versos de palavra bruta
Lapidados pelo sentido absoluto
Com as tuas rimas em tributo
Grifam a inspiração em poema
Nodoados de satisfação, dilema
Que teu silêncio inteiro trova
Teus amores, alegra, tua alcova
E quando emudece, se acoita
Nas sobras das estrelas afoita
Versejando os teus lamentos
Lamentando teus sentimentos
Com quimeras de um profeta
Nas falas do silêncio do poeta
E no alarido e silêncio em disputa
O poeta cala e fala e a alma escuta

21/10/2015, 21’22”
(Horário de verão)
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Poeta

O poeta fala e a alma escuta
Teus versos de palavra bruta
Facetados na rima absoluta
Que no poema a vida tributa
A inspiração quimera e labuta
No alarido e silêncio em disputa
O poeta cala e a alma executa

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Dialética

Não contesto a alegria de viver
É emoção que contagia
Quando a simplicidade se vê
E no simples põe magia
É logico que a vida é boa
Olha ao lado toda a energia
Quando se elege a salutar pessoa
Os amigos de amizade e parceria
Amo e tenho tudo para ser feliz
Sei. Eu é que preciso de melhoria
Sou este alguém, um triste aprendiz

07’44”, 03/10/2015
Cerrado goiano
Parafraseando Vinício de Moraes.

Inserida por LucianoSpagnol

Tenho períodos, como no cerrado:
- secos e molhados...

Inserida por LucianoSpagnol

Aprendendo com o silêncio a ouvir.
Pra os uivos dos sons, poder sentir

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Para sempre

Prefiro o tempo dos poetas
O seu tempo é lento
Se cinzento põe asas de borboletas
Pra ao vento espalhar sentimento
Em qualquer tempo, qualquer seresta
És profeta do pensamento
Mago das palavras naquela ou nesta
Bordando dores, amores, intentos
E não contento: chora, ri, implora
No mesmo devaneio, na mesma fé
Está sempre chegando e indo embora
Mas seu tempo é para sempre...

Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

L3

Há uma saudade em mim no cerrado
Ancorada nos barrancos ressequidos
São arrancos no peito em ronquidos
Num espectral sentimento entalado

Pelos prados os sonhos emurchecidos
Escorrem num agridoce poetar orvalhado
De recordação a soar anseio retalhado
Deixando na alma desejos desfalecidos

No amanhecer solitário acordo forçado
Em silenciosos suspiros enternecidos
Tal como um violino que não é tocado

Sinto-me com os devaneios perdidos
Sem asas, sem voo é um olhar atado
Há uma saudade em mim em alaridos

Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto idílico

Acordar, aguar o jardim, fingir um dia
e assim inicia a melancolia e o vazio
o sol a pino, cerrado e o sonho macio
das saudades num tempo em primazia

Sim! O tempo não é sentido, é ébrio
os amores ficaram, são sem analogia
trariam o meu peito, viraram euforia
nas lágrimas algozes do olhar esquio

Tudo é efêmero no triste e na alegria
árido o sentimento e cheio de arrepio
que importa se tem saída ou portaria

E neste movimento de soltura e exílio
a magia do por do sol torna cortesia
nas palavras que cantam o meu idílio

Luciano Spagnol
05 de julho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

L4

Como no cerrado de folhas enrugadas
Também o fado está todo amarfanhado
Os sonhos de sabor árido e olhar calado
Vê-se o coração arriado nas quebradas

Em mim, as lágrimas, saudade, enfado
Das tristuras nas imperfeições grifadas
E o amor com insônias nas madrugadas
Vergando devaneios sem nenhum aliado

Que seja a afeição eloquências poetadas
Pelo arauto do amor em verso apaixonado
Implorando paixão nas rimas enamoradas

Assim, escrevendo um destino desejado
De dimensões afins as almas iluminadas
Pra no ponto final ter desfecho apaixonado

Luciano Spagnol
06 de junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto garimpado

Na peneira da vida eu joeirei o amor
Entre vários cascalhos que separei
Nesta labuta e suor, aí te encontrei
Pois ele acontece, não é um eleitor

E assim árido, pelo tempo eu viajei
Bem acreditei, tive pouco ao dispor
Num certo dia pude sentir o frescor
E passei do silêncio pro apaixonei

Desde então vivi o perfume da flor
O garimpo do coração abandonei
E neste gigante afeto tenho ardor

Ai em uma nova luz me entreguei
Pude ser palavras, gestos, e odor
E que noutros versos eu não amei

Luciano Spagnol
2016, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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