Saudades de Quem Mora longe
A distância não é motivo para você falar que vai me esquecer. A semente quando nasce e cresce, floresce toda a copa de uma árvore.
Boa tarde!
Eu e minha amiga, amiga de verdade, conhece minhas saudades, conhece o meu viver, doada por um amigo, um pássaro já tão antigo, trouxe eu de outro viver, cruzei mares, serras e altares, mulheres e tanto prazer, guerras, batalhas vencidas, da morte fui tão amigo, varias vezes abraçados choramos e rimos, são vidas a se enternecer, se hoje ocupo este corpo, amanhã eu terei outro, e a pena a me valer, por isto somos amigos! A pena não trai o amigo, um outro iremos ser...
Pena! Que pena...
Voaste tu por tanto tempo, e tantas noites ao relento, aqui tu veio a pousar, da doação do amigo, um belo pássaro antigo, que não cheguei a avistar! Mas o trago entre os dedos, e quando no meu tinteiro tu entras a se molhar, e dos pingos que respinga aqui as manchas de tintas faz corações se chorar, homens que tanto vagueiam corações partidos ao meio, mulheres a se amar, de tudo já escrevestes, do açoite de uma noite a um dia a brilhar! Falou do menino pobre, da seca que vem do norte, do mendigo a vagar, falou daquela mocinha que numa tarde sozinha, numa estrada pequenina, o poeta a abandonar, pois o poeta não tarda, mas não conhece a enxada, não sabe só trabalhar! Mas por você carpiria, por noites trabalharia se tu voltasses a ficar, moça bela e faceira tantas lindas por inteira saiu do seu rastejar, da natureza tão bela fez tu tantas aquarelas, pantanais a se mostrar! Mas o poeta e as rimas eu acho que são só primas, pois vive por entre amores o poeta a se chorar, sabes bem ó minha pena, que primos nunca podem se casar! E se não fosses por ti, pena leve e ligeira, o poeta que rasteja nos rabiscos a se mostrar, todos conhecem sua alma, e você é a culpada, pois vive a rabiscar, aquela mulher madura, que mesmo sem bela cintura o poeta a vem amar, e molda entre seus versos, a moça linda e bela, que de gordinha, algum besta a foi chamar, você numa tarde fria, falou de um tema tão triste, mas que nos vem a mostrar! Uma doença malvada machucou aquela moça amada, um seio lhe foi roubar, pena ó minha pobre amiga somos parte de uma intriga, não podemos separar, e se a ti me tirarem, farão um ato covarde, numa vala vão me jogar, sei que perdeste tu os voos, das madrugadas os coloridos, a natureza a mostrar, mas por entre meus rabiscos viajas em pensamentos, algumas damas tu já fizeste a chorar, pena bela e ligeira, és como uma roseira, lindas pétalas a esparramar! Já falei de ti amiga, espero que alguém me diga, poeta! Sem sua pena, nada, nada tu serás...
(Zildo de Oliveira Barros) 19/08/14 03h45min
A dor causada pela ausência de qualquer ajuda é traumatizante, mas vencer sozinho é uma das maiores bênçãos que Deus pode nos ensinar.
É triste aceitar que vou continuar sem você. Algumas ausências pesam mais quando a gente queria apenas dividir o caminho.
Eu sei que penso em você sem parar, mas hoje a saudade apertou ainda mais, como se meu coração chamasse por você em cada detalhe do dia.
"Para parecer distante, é preciso encontrar um equilíbrio entre estar presente e manter uma certa reserva."
"Às vezes, é necessário criar uma barreira emocional para parecer distante, mas lembre-se de que isso pode afastar as pessoas que realmente desejam estar perto de você."
Coragem não é a ausência de medo, mas a decisão de seguir em frente mesmo com ele. Não é sobre não se abalar, mas sobre se levantar cada vez que a vida tenta nos derrubar. A coragem está no simples ato de tentar, de arriscar, de fazer o que parece impossível. Porque, no final, são os nossos pequenos gestos de coragem que nos transformam em gigantes.
Conexões perdidas
Compasso onde é necessário
Estar a passos da distância
Preencho em direções
Reinventado em demasiadas
As intensidade das sensações
Amplitude do Mar
Singularidade do meu navegar.
Existe um abismo entre sentir o desejo e ajoelhar-se a ele. A maturidade não é a ausência da guerra interior, mas a vitória diária da disciplina sobre a vontade passageira. Não confundas a queda humana com a rendição voluntária. Domina a ti mesmo, sê firme, e darás frutos.
PRECISO IR
Quero dormir
Mas tua ausência grita
Faz de mim uma orquestra
de botequim
Boemio em teus olhos
Toco lágrimas com gosto torpe
Escuto saudades em discos de vinis
Bebo a cachaça de ti
Me embriago com tuas lembranças
Choro solidão de nós dois
Apago a luz dos meus sonhos
Quedo-me sob teus sorrisos
Poesio vazio com a porta escancarada
para a dor.
Preciso ir
Pernoitar n'algum canto
até encontrar com meu
depois .
MOLDURA DA SAUDADE
Madrugada fria e ela lê uma saudade batendo
intensa pela fresta da janela .
Não há como fugir !
Os olhos não se fecham...
Inertes conversam com o que ficou
Percorrem a lugares de imenso vazio
O coração dispara frio
num descompasso de ausências
do que desbotou.
O aperto explode no peito
As notas das lembranças dançam
por entre espinhos .
Nos lábios um gosto amargo
daquele amor
Chorou
E ela permanece assim
Naquele canto
sozinha
contando estórias de faz de conta
em prosa e verso para ninguém
ouvir
A moldura daquele sorriso lindo
ainda passeia com devoção
em sua insônia
Os cheiros ,os enfins ,os trejeitos ,os resquicios dele
gritam em seu peito feito
zum zum zum de tamborim.
E um samba de saudade cria asas e
explode caos em seus silêncios
Numa nostalgia cinza e dolorida
que parece não ter fim.
MÃE
Hoje durmo Saudade
Tem nada não
Por ela ... minha Mãe ...
Daria todos os
meus céus
meus luares
minhas manhãs
em troca daquelas
suaves mãos .
Por ela ...
Roubaria todas as estrelas
e ofertaria todos os meus dias
Só para de novo voltar ao ventre
daquela que era
doce
meiga
serena
e-terna
a me sorrir .
A saudade é como um moinho que gira lentamente dentro do peito, movido pelo tempo que insiste em passar, enquanto a chuva fina lá fora derrama gotas serenas sobre as flores do jardim que antes vimos juntos. Cada instante agora é um suspiro, uma recordação suave e persistente, como o som cadenciado da água que bate nas pedras, chamando-me de volta para o silêncio dos dias em que sua presença preenchia o ar.No ritmado murmúrio do moinho, sinto o tempo corroer a distância, mas não o espaço que você ocupa em mim. A chuva, serena e constante, é o abraço frio que lembra a ausência e ao mesmo tempo rega as flores da memória, fazendo brotar esperança em meio à espera. Saudade não é só dor; é o perfume das flores que você deixou e que nunca deixarei de sentir.
