Saudades de Prima

Terá uma noite que, ao me deitar
Tua alma comigo não mais estará
A saudade transcenderá

Saudade, palavra agridoce da dor...

Assim como do fundo da solidão
O silêncio emudece
A voz da saudade cala o coração

Saudade é música triste
Nos ouvidos de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente

Amor com saudade

Nas reticências da vida perdi o meu amor
No evo. Privando nossa convivência a dois
Agora são caminhos difíceis de transpor
De lembranças. Que as deixo para depois
Se as procurei nas esquinas todas do destino
Foi pela urgência de querer sair da saudade
E assim, me vi em um oriundo peregrino
De olhar a olhar, em uma cabula eternidade
Quando na verdade só queria o seu sorriso
Gravados no seu desvelo, no seu carinho
Pois os meus foram seus, os seus ainda preciso
Neles pude aninhar, e agora privado, sozinho
E como lhe dar com está tão inopina nostalgia
Que me invade e me arrasta para um cantinho
Da dilação. Difícil é essa travessia...

Minha mãe
Minha avó
saudades.
E o legado sui generis.

Saudade
dor passageira
Que volta todo dia
de maneira costumeira
e nos invade insistente
Qual Palmeira ao vento
e faz chorar
A quem eu queria ver
e não vejo
Pois não mais existe
Saudade
dor Feiticeira
Porque é que foi
Que junto à tanta ausência
Tu também não sumiste?
Desiste de mim, saudade
Por que é que escolhes
Justamente eu?
Esquece de mim, saudade
Igualmente ao restante do mundo
Cuja lembrança
Mais mansa e menos profunda
Que a sua
Me esqueceu.

O silêncio

Assim, como do fundo da solidão
O silêncio emudece
A voz da saudade cala o coração
Com mutismos que a alma conhece
Nas lembranças que a dor adelgaça
O amor, a angústia, a emoção
Onde o caçador torna-se caça
Desembocados no vazio
Da esperança, da ilusão
Engasgados no arrepio
Do abafado ruído da interiorização
E o silêncio se faz sombrio...

Saudade, antídoto do amor e veneno da dor.

Assim, como do fundo da solidão
O silêncio emudece
A voz da saudade cala o coração
Com mutismos que a alma conhece

Saudade é algo que te faz sorrir
Quando você lembra daquele delicioso sorriso

Hoje te encontrei na saudade
Nas fotos no tempo amareladas
Que um dia se fez realidade
E as noites dores enrugadas
Eu te encontrei na saudade...
No varal do quintal pendurada

Saudade
.. De tanto e de pouco
De tudo e de todos
Do bom e do ruim Saudade é assim
Vem e que vai se afoga em saudade que o mar esterno de dor se transforme em amor e que o pouco seja suficiente pra que saudade nao mata agente.

A lembrança é pensativa, a recordação é reflexiva, e a saudade é implosiva.

Amor verdadeiro é aquele que te faz morrer de saudade e ressuscitar de esperança.

Pessoas especiais deixam conosco mais que saudades e lembranças e levam consigo bem mais que nossos pensamentos. Elas doam o próprio coração nessas duras mudanças e carregam na alma todo o amor que existe em nossos sentimentos.

Saudades o que faço
Será que pode simplesmente ir embora?
Faz a gentileza de me deixar
Quer porque quer adoecer meu coração
Não faça isso!
Minha trilha não está completa
Espera o caminho terminar
Assim ao certo tu podes-me levar
Levar com ternura
A doce vida que me deste

Quando a dor vira vazio,
a saudade alimenta a alma.

Saudades do meu pequeno passarinho,
quando eu morava lá no meu cantinho.
No retrovisor do carro saltitava
com o que achava ser um amiguinho.
Tão feliz ele horas ali ficava,
sem perceber que bailava sozinho...

mel - ((*_*))

SONETO:
NAS ASAS DA SAUDADE

No sopé daquela serra passa um rio, riacho

Casinha de sapé na margem, um candeeiro, e um pavio

Apagado na escuridão,

Olhos de gato Incendeia à noite



E as estrelas também acendem,

Vento gelado, que me causa arrepio,

Nesta penumbra da noite,

Meu açoite,



É lembrar-me de nós dois,

Que, quão felizes fomos!

E por muitas vezes amamos!



Doce é meu delírio, que nutre esta solidão.

Das lembranças de meu bem, minha paixão!

Vejo-me sonhando acordado perante esta imensidão!





GRETA ELLEN