Saudades de Amiga
As melhores lembranças frequentemente se escondem em momentos aparentemente insignificantes, revelando sua beleza e importância apenas quando já não temos mais a chance de revivê-los.
O céu está pálido, nem nublado, nem limpo, o ar está parado, nem frio, nem calor, ontem à noite choveu um pouco, o dia amanheceu estranho, triste, esquisito, a vida amanheceu de luto.
Houve um tempo em que as cadeiras enchiam as calçadas ao entardecer, e as pessoas donas dessas cadeiras ali se sentavam, não havia celular, a vida tinha outro ritmo.
Era ali, naquelas calçadas, naquelas rodinhas de amigos, que a vida se atualizava, ali se falava sobre tudo, quando o tudo valia alguma coisa, ali se lembrava de um tempo que todos tinham vivido no verdadeiro sentido da palavra viver.
Viver era se emocionar, lembrar os que se foram, os que estavam chegando, dos problemas que todos tínhamos, que todos temos; Bicho humano gosta de sentir saudades apesar de ela machucar, doer, e então as calçadas amanheceram vazias, tristes pela falta de alguém.
E agora? Aonde vamos com nossas cadeiras? Matar as saudades de um tempo que nunca mais vai voltar?
Sou saudosista, gosto de lágrima que brota e foge do olho, do nariz escorrendo, do nó na garganta, de ouvir histórias, de um tempo que não vivi e nunca viverei, a não ser pelas histórias.
Estou triste, Cidinha se foi, sem se despedir, foi mansa, em paz, vai deixar saudades, deixou saudades, Maria Aparecida Gomes Rodrigues, a Cidinha do "Zé Luiz"; Não sou um cara de rodinhas, de calçadas, de cadeiras, mas gosto e muito de falar, conversar, e com ela era bom, sempre tinha algo de bom pra dizer, sabia ouvir, sábia quando o assunto era vida, quando tinha um história para ser contada.
Conhecia o bairro, todos que por ali passaram, aprendi muito com ela; A vida foi fanfarrona com a gente, egoísta, levou Cidinha sem aviso prévio, de sopetão, e tudo ficou triste, ficamos tristes, o passado visitava constantemente a esquina da Saldanha Marinho com a Primeiro de Março, e agora naquela esquina tá faltando ela e a saudade dela está doendo em mim.
Como a vida leva à morte, a única certeza da vida, que sempre tentamos adiar e evitar, mas nunca conseguimos fugir, é fato, mas e se lá do outro lado existir vida?o outro lado está em festa, vão ter muito o que comemorar, relembrar, certamente desde ontem as nuvens estão cheias de cadeiras, e todos que antes sentavam aqui estão reunidos lá, e dentre eles Cidinha e terão muito o que falar, relembrar, e aqui a calçada ficou vazia.
Todo caminho leva a Roma, todo caminho levava até aquela esquina quando se precisava pôr o assunto em dia, dirão as más línguas que tá falando? Você nem ia lá!
E te respondo: É verdade, mas isso não torna aquela esquina menos importante, aquela amizade menos marcante.
Caraca! É foda envelhecer, ver todos indo embora e saber que nunca mais os verá, infelizmente é assim, todos um dia partiremos.
E o dia amanheceu estranho, parece que falta algo, creio que esta sensação seja sintoma do luto, da perda de alguém, e de repente as palavras começam fugir, saudades de algo, não sei o que, possivelmente a certeza de não ter mais ninguém para tirar aquela dúvida de como era tal coisa, ou onde alguém morava.
Cidinha se foi, vai em paz minha amiga,todos aqueles que você sentia falta estarão lá do outro lado de esperando, felizes, de braços abertos, te esperando.
Tomara que lá não tenha celular, mas tenha cadeira, morro de saudades do tempo das cadeiras nas calçadas, das crianças correndo nas ruas, das bolas furadas cheias de jornal, dos bons tempos idos que não voltam nunca mais.
Toda vez que sentir saudades do passado lembrarei, a partir de agora, das cadeiras nas calçadas e de todos que ali habitavam, lamento os celulares, se por um lado abriram as janelas para o mundo, por outro fecharam - nos cada qual no seu mundo.
As pessoas não se falam mais, se fecharam em seu mundinho,em sua telinha, ali o tempo passa mais rápido e quando vemos tudo acabou.
Continuamos nas cadeiras, mas elas saíram das calçadas, nos isolamos, ficamos mais tristes, mais ansiosos, menos solidários, menos próximos, não falamos mais do passado,nosso bom dia é robótico, automático, em grupo, com figurinha, florzinha, desejamos que seja um bom dia simplesmente por conveniência, por ser necessário dizer "bom dia".
Aquela cadeira, naquela esquina, agora vazias, vão deixar muitas saudades, não tem mais pra onde ir quando quiser jogar conversa fora, fofocar, tricotar, matar as saudades, ali a vida passava e parava, era impossível passar sem parar, era um pote de doce grátis que quem quisesse poderia se servir.
E amanhã doerá menos, mas não fará menos falta, e a vida seguirá, agora sem cadeiras nas calçadas, ou rodinha de bate-papo, pena, tudo se acomoda, gostando ou não, querendo ou não, é a vida, um Adeus infinito, onde a vida é hoje, agora, e o agora só dura um segundo.
Para Carol,
Em meio ao digital, no isolamento, encontramos abraços em uma antiga folha de papel. Amarelada pelo tempo que transborda boas recordações. Faz lembrar dias de praia, cabelo cacheado ao vento, mar e maresia.
Fotografia do riso, brisa com gargalhadas.
Folhas são lembranças já vividas, um dia verdes, mas secas pelo tempo e levadas pelo vento.
Lembranças de pessoas que naquele momento jurei enganos e ilusões. São horas de conversas jogadas para o vento, sorrisos bestas e momentos únicos!
Secaram, sumiram... Mas prevalecem aqui e aí. No mais íntimo possível, mostrando que entre espinhos havia um afeto.
Um instante
Das pessoas inesquecíveis que a vida me trouxe, de um modo especial me fascinam aquelas que rapidamente passaram por mim. Caminharam comigo por uma tarde ou por uma estação, um momento, talvez, em que apenas se mostrassem – e então se despediram. Ao se despedir, tornaram-se reais. Guardo delas a verdade que não conhecem de si mesmas; o modelo perfeito do qual foram moldadas. Não tiveram tempo, e porque não o tiveram, não as corrompeu. Assim elas existem na minha história. É possível que uma única vez na vida tenham sido como as percebi. É possível que nunca tenham sido. Mas gosto de pensar que são extraordinárias; gosto de pensar que estão por aí e que talvez algumas se lembrem de mim. Da realidade não sei nada. Mas há algo especialmente belo em que acredito e que gostaria que você acreditasse também: existem muitas pessoas no mundo ligadas a você de alguma forma. Ao longo da vida, você terá a oportunidade de encontrá-las, por um breve instante. E nesse tempo menor do que um instante, em que couber ainda que uma palavra ou um sorriso, elas terão lhe deixado, pela eternidade, o melhor de sua existência.
O mundo estava tão acelerado. Simplesmente abríamos a champagne comemorando o Ano Novo e já víamos o Carnaval, as férias de julho das crianças, os tradicionais feriados de outubro/novembro e acabou. O ano foi líquido! Fugaz, assim como nossa vida!
Com a chegada desse meteoro de tamanho microscópico, o mundo parou. As crianças não iam na escola, demos adeus as rotinas, o Carnaval não aconteceu, os feriados ficaram sem sentido. Muitas famílias se perderam nessa fase, muitos casamentos, muitos relacionamentos. Muitas pessoas se perderam igualmente.
Sem enrolação e sem clichê, a lição de tudo é valorizar as pessoas. Valorizar os momentos, valorizar as situações. Durante o período que estamos vivendo temos de parar por um segundo, mirar um olhar externo e perceber quem são aqueles que nos fazem bem, quem são aqueles que devemos colocar como foco, as prioridades, quem são aqueles que, quando se forem, deixarão saudades. Não apenas deixando de viver, mas deixando de viver próximos a gente.
Quantas e quantas vezes olhamos para trás e percebemos momentos que deixamos escapar. Pessoas que deixamos escorrer por entre os dedos por simplesmente não entender a riqueza que nos representava. O ser humano infelizmente é assim. A nossa natureza é permissiva quanto a distrações. Feliz é aquele que tem essa lucidez e discernimento. Sucesso tem aquele que não perde o foco. Sábio é aquele que se aproveita de tudo isso.
Pare um pouco, observe a sua vida por cima. Analise cada personagem, cada situação, cada momento por outra perspectiva. Contemple a paisagem por um novo ponto de vista. Descortine as pessoas e momentos que são realmente importantes. Corte as distrações. Talvez, apenas talvez, seja esse um dos segredos da felicidade!
“No escuro nossos passos são menores” Acenda a sua luz!
SOBRE A FINITUDE
É tabu tal assunto!
Adiamos pra falar...
Postergamos pra pensar...
E incomoda só de imaginar...
Como será não estar mais “junto”?
“Junto”!
Junto de quem
Alguém...
Que antes de sua partida...
Fez algum sentido em sua vida!
E o que sabemos da Finitude:
É que com a sua chegada...
Ficamos de mãos atadas...
Só nos sobra a inquietude!
Só nos resta repensar sobre o nosso “junto” estar:
Se a decisão for de se juntar...
Que permaneça ali por inteiro!
Que em nada além queira pensar...
Que no abraço possa demorar...
E ali queira ficar!
Pra que dessa cena possa se lembrar...
Quando isso um dia lhe faltar...
Já que tudo isso pode ser passageiro!
Obrigado soh que n sou mais o msm , vc levou com você minha expiration, expiração,se foi com seu sorriso e veio com sua volta apenas n quis ser um tipo de pessoa que não leva as coisas a sério até,pq eu queria falar com vc mais vc estava namorando então prefiro esperar o momento certo pode ou n chegar isso soh vai depender do tempo que me tirar qual e o real significado do meus sentimentos,se dizer que n estou com saudades estarei mentindo, principalmente das nossa conversa, mesmo estando a léguas de onde estou mexeu mais com migoh que muita menina q conhece aq perto, pode ser até tarde, sentir saudades de vc.
Quando o crepúsculo se for, quando as nuvens tomarem o céu, quando o sol tocar os seus olhos, quando o amanhã chegar sem mim, não se assuste, não tenha medo, eu parti com a certeza de que haveria um amanhã, e que nesse dia você brilhará por mim. Partir foi tão simples como respirar, mas meu coração ficou, a certeza de que eu amei você e de que você me amou intensamente será um eco pelo mundo, o vento levará, os campos sentirão e as flores brotarão. Meu medo não era morrer, meu medo era deixar você, e você se prender ao chão e não viver por mim, por nós. Você é o que resta de mim. Não se assuste quando não restar nada de mim, não fique, mas vá, voe querida, voe como pássaros ao sul e tenha a certeza de que ainda verei o sol pelos teus olhos.
Para: Gabi Camargo.
Quero deixar claro algumas coisas para você
Independente-mente
Da dependência que se criou
Eu me surpreendi
Na garota em que se tornou
Ainda assim, temos a construção
Ao nosso dispor
Fazemos de coração
Apenas seguindo o interior
Mesmo que ame, apaixone
Segue firme
Tocando o ritmo no seu fone
Mesmo que a dor
Aquela de antigamente
Tendo o seu pai como causador
Se reflita agora
Jamais esqueça
A cicatriz sempre continuará
Não lamente no presente
É como criar outra dor
E sofrer novamente
Por isso faço jus
A minha amizade
A sua vida vale o preço
Para perder o sossego que eu tinha
Não há maneiras de te esquecer Gabi
Pois eu já esqueci de te esquecer
Mordomo Querido
Uns meses que parece eternidade,
Como os meus versos de palavras frias,
O seu ceifar, entre murmúrios e saudades,
Nas vísceras da vida, a criar na dor suas sintonias.
À inevitável senda, em palavras dissonantes,
Testemunha e vítima das desventuras terrenas,
Percorrendo o espectro das existências distantes,
Num poema sem eufonia, rimas atrozes ou pequenas
Que no além, sejas agora o eterno guardião,
Das memórias vivas, dos feitos e desfeitos,
Entre a terra e o além, numa eterna transição,
Meu mordomo querido, meu amigo eleito.
Descansar? Paz é utopia, e no além não há sossego,
Paulo, mordomo querido, na eternidade de um enredo,
Guarda-nos de teu posto, nas sombras do teu eterno apego.
Sob constelações, teu serviço é divino fadário,
Além da vida, és guardião, nosso eterno secretário,
Na penumbra etérea, permanece o teu legado.
E um dia a gente descobre
que o abraço cabe no olhar.
E quando a visão não alcança,
o amor vence a distância
pro coração abraçar.
Crescer dói, mas deixar você ir, dou muito mais.
Já se passou muito tempo desde a nossa última conversa.
Dizer que ainda não sinto sua falta e que não ficaria feliz se você voltasse é querer mentir para mentiroso.
Porquê vivo me enganando, fingindo que não doeu e que não sinto a sua falta.
Mas, infelizmente, o destino não cruzou novamente os nossos caminhos.
Não que eu queira que você volte, mas se você quiser, me avisa, pois sinto sua falta...
Me lembro de um grupo de amigos
que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém.
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué? Hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro,
quando não cancelavam o encontro também.
Mas no dia que o marcão morreu
No velório não faltou ninguém....
Onde é que andam os teus sonhos
E aqueles pensamentos risonhos
De mudar o mundo?
Senta aqui um segundo, vamos conversar
Eu quero ouvir da correria da tua vida
Da tua falta de tempo
Das lutas e das tretas
E também do fundo daquela gaveta
Onde eu sei que os teus sonhos foram parar
Onde é que anda aquela criança
Que via a vida como uma dança?
Hoje ela cresceu e se tornou você
Mas eu sei que de vez em quando ela te visita
E quando ela vem, você acredita
Ou prefere a esquecer?
E dizer que a vida adulta não dá margem
Tirar um dia pra ser criança é bobagem
Porque você tem muito mais a fazer
Quando foi a última vez que você andou de pés descalços?
Quando foi a última vez que surpreendeu alguém que ama com um longo abraço?
Quando foi a última vez que tirou um dia 100% pra você, sem pensar em mais nada?
E quando foi a última vez que você chorou… mas de tanto dar risada?
E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
Você já parou pra pensar que o tempo com seus pais e avós é extremamente limitado?
Que o teu cachorro tão amigo não vai passar a vida inteira do seu lado?
Que os anos só vão seguir voando de um jeito cada vez mais veloz?
E que se você não tem tempo agora
Você vai arranjar tempo, mas vai ser naquele dia que te faltar a voz
Vinte, trinta, quarenta, cinquenta
Década após década, essa chance só aumenta
Com sorte… Com sorte a gente vive, sei lá, mais ou menos até os oitenta
Quando tempo você ainda acha que tem?
E mais do que isso: quanto mais você aguenta?
Quantas despedidas você ainda tem pela frente?
Quantas dores, machucados, decepções com todo tipo de gente
Quantas vezes você ainda vai votar pra presidente?
E será que a gente vive pra ver pelo menos um político decente?
A vida conta mesmo é nos pequenos momentos
Você vai ter derrotas, quedas, mágoas
Daquele nosso time rebaixamentos
Mas o mais importante de tudo e que eu acho que vocês estão esquecendo
Quantos pequenos sorrisos ultimamente você anda tendo?
E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
Um certo dia, as preocupações da vida adulta serão abruptamente interrompidas para você. Boas lembranças da sua juventude virão à tona diante de uma notícia triste. É provável que você se reúna novamente em uma nova roda, mas não será a mesma descontração de antigamente. Será, na verdade, uma roda de despedida, cuja atmosfera não será permeada pela alegria do passado. Os olhares trocados não serão de felicidade, mas sim de tristeza diante da situação que os une. Após se despedir, a vida seguirá seu curso inevitável para você.
