Saudade Dói
Adormecer
Tenho vivido todas as vidas
Sofrido a dor de todas as mortes
Chorado a saudade de todos os amores
Hoje sem fisionomia e sem nome
Mas presente a oprimir meu peito vazio
Tenho padecido de uma crônica e longínqua dor
Localizada em tudo e em lugar nenhum
Que me dilacera sem piedade
Como um punhal sutil e afiado
Que corta e faz jorrar sangue sem deixar cicatriz
Infinitas vezes eu nasci e morri
E essa inquietude ronda e esmaga meu existir
Trama sangrenta que insiste em me acompanhar
Rasga e expõe minha alma a soluçar
Memória triste e chorosa contida em todo lugar
Vivo a espera da grande travessia
Meu desejo é repousar na eternidade
De encontro aos meus próprios retalhos
Registrados na memória do tempo
Para na completude do meu ser em paz adormecer
Do livro: Quando a vida renasce do caos
A vastidão do horizonte impede de medir o tamanho de uma dor, onde se mistura junto com uma saudade.
A saudade não entende quando o coração se machuca,
por isso uma dor tão doida cá dentro do peito se oculta.
— Onde cabe a dor também cabe saudade?
Onde cabe amor?
Aqui dentro cabe?
O que mais cabe?
— Cabe nós dois na dor.
Nós dois num só amor cabe.
Cabe até saudade,
é o que mais cabe!
Não existe um Caminho mais curto que não causa Dor, Entristece, Dê Saudade e Sofrimento.
Cada um terá a Visão do Monte que Subir, suba o mais alto que puder imagine-se tocando as Estrela, Ouvindo o som de cada coruja na Imensidão da Noite, faça paradas mais não estabeleça lembre que sua caminhada até o pico da sua montanha é longo e entenda que sua chegada até lá depende do seu Esforço e paradas tomarão seu Tempo, faça o Tempo seu aliado pois para conquistar o pico da sua Montanha dependera apenas de ti.
Faça valer apena cada passada por ti dada, entenda que no seu trajeto cada Escolha por ti tomada afetará diretamente cada uma de suas Decisões.
então pense, Reflita e Medite a cada passo por ti dado.
Sufoco, insaciedade, injustiça, dor, sofrimento, amargura, incapacidade, fraqueza, saudade... pra qual objetivo? Milagre biológico ou catástrofe? Sinto-me incapaz de seguir qualquer ideologia, não tenho minhas próprias. Não sei o que sou, pra que eu estou, pra onde eu vou... isso dói, me dá desespero e uma hora vai acabar, mesmo tentando correr e abraçar alguém pra acalmar, mas ela chega e quando você nem perceber já não ama, pensa, sonha, vive..
O despertar do amor
Quando a saudade aperta
no coração desperta
um sentimento de dor
será um alerta
De algo que desperta
Será possível ser amor?
Talvez a saudade seja, realmente, a maior dor que alguém possa sentir. Ela aparece quando a alma chora lembranças de um outro alguém. Mas, é preciso senti-la sem voltar para aquele que tão mal lhe fez, ainda que esse seja o antídoto mais eficiente; superar é preciso.
As saudades aperta e eu então apareço, trazendo comigo a dor no peito... Venho da solidão, da tristeza e da alegria mais minha natureza já vem do parto. Lá estou eu no choro de um bb e nos olhos do seus pais. Eh eu sou a lágrima que vem de dentro para fora para espressar seu sentimentos, se vc estiver emocional.
Quem acha vive se perdendo
Por isso agora eu vou me defendendo
Da dor tão cruel desta saudade
Que, por infelicidade,
Meu pobre peito invade
Batuque é um privilégio
Ninguém aprende samba no colégio
Sambar é chorar de alegria
É sorrir de nostalgia
Dentro da melodia
Saudade. Ah a saudade... Que tristeza é a saudade! Talvez seja a dor mais doída que existe. Ela fere, nos tira o sono, nos deixa frágeis, vulneráveis... Ah saudade! Porque nos mal trata tanto? Vem disfarçada como um sentimento qualquer... Mas eis que o tempo vai passando e ela torna-se uma monstra avassaladora. Não nos deixa em paz. A saudade é fiel. Taí, ela nunca nos abandona. Sempre está ao nosso lado. Saudade. Saudade dos tempos de criança, do amor que se foi, do bolinho de chuva que só a vovó sabia fazer, dos choppinhos da faculdade... Ah saudade! Porque tantas lembranças? Pra que tanta recordação? Aí de repente nos pegamos olhando fotos. Pronto! A saudade tomou conta da gente! Nessa fase já não há mais jeito. A saudade é cruel mesmo. As lágrimas escorrem, as mãos soam, o pensamento nos atormenta. A saudade é mesmo uma raposa. Chega devagar, mas depois de um tempo não nos deixa nem respirar mais sem ela. Oh saudade... Eu sei que você existe, mas por favor deixe me tranqüila. Pelo menos hoje. Há muito tempo você me acompanha, porém não suporto mais tê-la por perto. Vá procurar outro pensamento. O meu já não me obedece. Só vive em função de ti...
Sinto saudades de vc !
não existe remédio para essa dor,
ela me sufoca, aperta meu coração
sinto falta de ar e principalmente de vc.
Volta logo meu amor
você é o único remédio para curar essa dor
A saudade dói !
A saudade dói !
A saudade dói !
Na vida tudo é passageiro; a dor, a saudade, o choro, a alegria, a paz, e tudo mais, porque vivemos em ciclos que se alternam de tempos em tempos.
Sentimento.
Saudade é sentimento forte,
Dor na alma, agonia,
O passado no presente, euforia,
Brisa leve que assombra.
Passado é presente na mente,
Repetente no ausente,
Resplandecente,
Que assombra meu presente.
Sentimento que corroe,
Destrói,
Reconstrói.
Sentimento que aparta,
Que reparte,
Que nos parte!
A dor de uma saudade.
O desatento e inconformismo consomem minha alegria – a melancolia me domina...
No vídeo da TV tudo vejo e nada entendo; o entusiasmo das coisas que me atraiam, não tem o significado de antes: me desestimulam e aborrecem...
Que fazer?
Não sei!
O desassossego orgânico me assusta e incomoda...
Alguém observa meu comportamento e pergunta: que lhe preocupa?
Como um ator improvisado, assimilo um falso sorriso e respondo: tudo bem, tudo bem!
Embora tentasse me mostrar tranqüilo e alegre, meu sofrimento transparecia...
Sento em minha poltrona e tento repousar ou dar umas cochiladas tranqüilizantes a fim de esquecer as agruras.
De repente, o “terrim-terrim” do telefone me tira de supetão da poltrona. Apanho o fone, atendo, e uma voz melodiosa vinda do outro lado da linha, atingia meus tímpanos e se alojava no coração – era minha querida filha Regina. Lá do longínquo Mato Grosso do Sul contatava-se comigo.
Por uns minutos, dialogamos alegremente.
O desespero e a respiração amainavam e tudo voltava ao normal – verdadeiro lenitivo.
O relógio controlador da TELESC contava os minutos.
Neste ínterim, a oportunidade me proporcionou num gesto maravilhoso, um gostoso e benéfico bate-papo com meus queridos e adorados netos Alexandre e Rodrigo, meu amigos de coração. Gostaria de lhes contar muita coisa – talvez até uma historinha do Chiquinho e Benedito inventada na hora e ouvi-los a sorrir.
O tempo pôs fim à conversa.
Meus olhos ofuscaram-se com as lágrimas brotadas.
Passei o fone a minha esposa Ondina para que ela usufruísse do mesmo prazer.
Já reconfortado, retorno à minha poltrona e faço um “check-up” dos meus sentimentos e observo meu estado de graças. O mal-estar que se apoderara do meu corpo como carrapato, havia desaparecido e me senti forte e rejuvenescido.
Em análise clínica, concluí que meu mal era psicológico: nada mais era do que a DOR DE UMA SAUDADE.
Jair Pires
Florianópolis. 14.08.1985
CAMINHOS
Oh!
Quantas galerias
Os quadros se sucedem
Dor
Saudade
Paixão
Loucura
Carinho
Desenganos
Esperança
E mais dor
Ai que vontade
Por que isso é assim?
Fingir pra quê?
Se isso não me interessa mais
Não devo mentir
Perderia a referência
Então
Só descaminhos...
