Saudade do meu Homem
Tempestade
Vento frio que me traz a solidão,
Sofrimento que habitou meu coração,
Ferimento lavado com a chuva,
Nem me sobraram os sonhos, foram estragados pelas mágoas,
Se hoje meu Rosto tem lágrimas,
Saiba que a culpa é sua.
Vento frio que me trouxe a solidão,
Coração magoado desde então,
Ferimento cicatrizado com o tempo,
Só me sobraram as mágoas,
Naquele dia enxugaram minhas lágrimas, e aquelas mãos não eram as suas.
A memória do meu carisma, prisioneiro evadido, entregue à terra para o campo, e a própria para voltar.
ACERTOS
As coisas que plantei
Nasceram em lugares diferentes.
Plantei flores no meu jardim,
Elas nasceram dentro de mim.
As borboletas tiveram
Que mudar as rotas para encontrá-las.
As flores que plantei
Nasceram em lugares diferentes,
Não em lugares errados.
Rosa de pétalas cheirosa
Ornamento do meu cantinho
Sossego da minha alma
Alegria de nascer de cada manhã
Numa noite calida
De paz que nos envolve de ternura
Urdida de paixão amena
Vejo-te Rosa entre rosas
Alacridade da minha alma.
Desconcerto
Foi como uma brisa que veio meio fraca soprando no meu ouvido
Mas não sabia ao certo que aquilo significava algo
Mas a brisa trouxe um grande espetáculo
Houve um grande despertar desde quando a vi pela primeira vez
Trazendo brilhos e cores que só ela carregava
E eu, era apenas um espectador esperando para aplaudi-la.
(Lima de Albuquerque).
Não é só o corpo
Não é só o gosto
Não é só ser
É querer-se por inteiro
No meu mundo verdadeiro
Nem mais, nem menos
É invasão
É intromissão
É sentir toda emoção
Tudo que se tem direito
Dos pés a cabeça
Da alma ao coração
É querer estar dentro do corpo
É querer conhecer a mente
É vagar na imensidão
Do meu mundo de ilusão.
09/07/2020
Os lixos no caminho não atrapalham o meu caminhar. Sempre é possível abrir uma trilha e sair da imundice.
"agora estou caminhando pelas ruas, as lâmpadas dos postes clareiam meu caminho, repentinamente, percebo que minha sombra indiferente aos meus movimentos, tira o chapéu, se inclina e desajeitadamente faz uma reverência à vida"
SOLIDÃO DA QUARENTENA
Para meus amigos das noites de sábado
Hoje meu jantar, foi uma simples omelete com pão que preparei. Abri uma garrafa de vinho que já estava na geladeira há mais de mês. Abri-a vagarosamente, para não romper a rolha, mas também para fazer uma reverência ao instante em que ali eu me encontrava.
Eu estava só. Escorri o líquido e fui sorvendo-o sem ater-me muito ao sabor, mais àquele estranho momento. Quis brindar à minha solidão. À quarentena imposta sem muita explicação. Aos sorrisos que me faltaram na hora, aos abraços que me foram exilados.
Eu brindei sim, ergui a taça e, de repente, me vi dentro dela, com minha agonia, com o meu medo de não saber se ainda terei a oportunidade de brindar com meus filhos, familiares e amigos. Oportunidade de tomar um porre e rir , rir muito, como fazem todos os que se excedem na bebida. Mas não, eu chorei, chorei sozinha, copiosamente, com pena de mim mesma, por não saber me livrar dessa convulsão que por hora assola toda a humanidade.
Tim tim 🥂
melanialudwig -
21:40h - 03/04/2020
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