Saudade de quem já morreu
Vazio
A pedra para tampar o buraco é muito pesada!
Quase não tenho força para arrastá-la sozinha.
Mas, consigo!
Demorarei um tempo entre a dificuldade de arrastá-la e o querer fechar o buraco.
Aberto, ele doi! Mas, parece que respira!
E confesso que há uma certa esperança em sentir sua mão, cuidando dele e quem sabe, jogando a pedra para bem longe.
Mas sim! Me comprometo todos os dias, em trazê-la um pouco mais perto.
Até o dia, que finalmente não serás mais dor, memória, cheiro, toque, palavra, presença ou saudade...
E o vazio estará preenchido definitivamente pala pedra fria, que tomará o lugar do calor que você foi um dia!
Todos os dias são para mim tristes, meu amor, desde que não nos vimos mais...
Não posso superar esta saudade que dilacera o meu coração, que é infinita,
Que é insólita...
O peso do silêncio
Dizem que nascemos sozinhos e morremos sozinhos. Dizem isso como se fosse uma verdade fria, científica, quase um aviso. E talvez seja. O que ninguém diz, ou talvez finjam não perceber, é que, entre o começo e o fim, a solidão também aparece. E não é aquela que se resolve com companhia, é outra, a que mora dentro.
Chega uma hora em que o tempo desacelera. As visitas ficam mais raras, os telefonemas cessam, e a casa vai ficando grande demais para quem já viveu nela cheia de vida. Os móveis guardam mais memórias do que utilidade, e a alma, essa danada, começa a tropeçar em lembranças que insistem em não morrer.
Sinto-me como um velho pilão esquecido no canto de uma varanda. Já fui força, já fui utilidade, já fui indispensável. Hoje sou história que quase ninguém pergunta, silêncio que quase ninguém ouve.
As mãos tremem, a visão falha, a juventude se foi, mas o que mais dói é o espaço vazio na rotina, como se o mundo seguisse em frente e eu tivesse ficado preso em algum ontem que não volta.
Conto os dias, sim. Não com tristeza, mas com certa dignidade de quem sabe que ainda está aqui. E se ainda posso escrever, lembrar e sentir, então ainda sou. Mesmo que meio apagado, mesmo que decorativo, ainda sou.
E quem ainda é, ainda pode ser. Nem que seja só abrigo para uma saudade, ou um canto sereno onde a vida, mesmo em silêncio, continua a respirar.
Você chegou como aquela brisa suave da manhã em um domingo tranquilo;
Trazendo consigo tudo o que há de mais belo na vida, me apresentou um lado do mundo que eu ainda não conhecia.
Mostrou-me poemas, livros — daqueles que cativam e trazem paz à alma.
Trouxe Maria Bethânia, com suas letras apaixonantes, cheias de desejo e euforia;
Chico Buarque, com seu amor lírico e suas críticas tão eloquentes.
Me apresentou à cultura, ao amor — e ao quanto ele pode ser belo.
E, junto com tudo isso, trouxe você: feito de música, poesia, textos e sentimentos.
Entrou no meu coração aos poucos, como quem não quer nada…
E, de repente, se foi.
Deixando para trás apenas tudo de bom que pôde me entregar.
Sentimentos devaneiam como um veleiro à deriva no mar.
Palavras lúdicas ecoam dentro da mente como se recitasse um prólogo.
Atitudes eloquentes ressaltam desejos auspiciosos de um conúbio subserviente.
Sua pele branca e macia aguça o diletantismo da paixão sobeja.
Contrito por espezinhar suas emoções, protelo paulatinamente meu amor como desabrochar das flores no inverno.
Sozinha, desnuda, livre do exibicionismo e da proposta ideal de ser perfeita o tempo todo, a tristeza a corrompia.
Tinha medo da solidão e das relações rasas. Sofria de amores, chorava de saudades. Ansiava por mudança, por um milagre, por atenção e afeto.
A insatisfação era predominante. Queria viver da coragem que ainda possuía. Experimentar novos sabores, sentir o vigor do inédito, reencontrar e descobrir pessoas.
Talvez seja um Adeus
Talvez seja um adeus, sem voz, sem porquê,
um silêncio que parte antes de se ver.
Um gesto contido, um olhar que se vai,
como o vento que toca, e depois não volta mais.
Talvez seja um adeus, ou só um até logo,
mas algo em mim arde como brasa no fogo.
Se for despedida, que leve a verdade:
amei-te em silêncio com toda a saudade.
Mãe, eu nunca imaginava que um dia ficaria sem a sua presença, durante muito tempo olhei dentro dos seus olhos e vi um filme da sua vida refletindo em meus sonhos.
Trabalhou muito, orou muito e cuidou muito de cada filho. Nós defendia de cada ameaça como uma leoa guerreira que sempre defendeu os seis filhotes, mulher inteligente cheio de versos e poemas contagiantes que um dia foi inspiração para eu escrever dois livros. Tamanho talento herdei da senhora e isso nunca poderei esquecer, o meu caráter e personalidade foi transmitido de mãe para filho, por isso sou o que sou, a sua partida deixou um vazio tão grande que até hoje não acredito, parece que estou dentro de um sonho que não acaba mais. E este sonho é tão triste que não consigo parar de chorar, por que os meses passaram e percebo que a sua ausência só aumenta a minha dor. Mas uma coisa guardarei para sempre no livro da minha memória, o seu amor que me ensinou a ser um homem de verdade.
Te amo para sempre.
Mãe, você consegue ouvir a minha voz?
Chamando, através do denso ruído branco.
Eu tenho perseguido sonhos e estrelas,
Em um longo caminho pra não perder meu coração.
Se eu me sentar sozinha,
Ainda às vezes, eu posso sentir você aqui
Onde as ruas me levam de volta para onde estou presa;
– Na saudade tua.
Lembranças e lições
Memórias e saudades
Momentos e ilusões
Verdades e invenções
Atenção e evasão
Desespero
Desapego
Saudade
OS HIBISCOS E O TEMPO
Talvez, só talvez, ainda estejam lá,
os hibiscos vermelhos da minha infância,
em algum lugar.
Talvez, à espera da criança que não mais os visitou,
provou de sua doçura em panelinhas de plástico,
partilhou segredos sem importância,
coisas que ninguém mais queria saber,
segredos entre menina e flores,
sem palavras, apenas sentires.
Talvez, só talvez,
os hibiscos vermelhos ainda estejam lá,
em algum lugar na memória,
bordados em calmaria pelo gracioso fio da história.
Um aperto no meu coração
Um aperto que soa quase como uma súplica
Um aperto que tem sinônimo de saudade
E por falar em saudade, que vontade do aperto dos teus abraços.
"É que quando eu penso em você a lágrima escorre,
e não há nenhum porre,
que me faça voltar naquela noite."
" O cego colocou a roupa ao avesso
e guardou no armário
o louco riu, porque rir é com ele mesmo
o curioso ponderou
por quê?
alguém respondeu,
deixa pra lá
e todos que leram essa historia,
não tinham o que fazer
inclusive, quem escreveu...
►Minha Aurora
Oi, pequena, sou eu, seu garoto bobo
Por essas madrugadas que me abraçam, me sinto afoito
Sinto saudade, do seu sorriso, dos nossos beijos, lindos como arco-íris
Você me faz tão feliz, sempre fizera, com maestria
Te amo, por todos os dias que passei sem ti e por todas as alegrias
Por todas as noites dormidas ao seu lado, muito obrigado
Você fora o início das minhas declarações, e para ti, sempre dedicarei.
Tenho tanto medo de me abandonar
Seja por se cansar, ou por um motivo que não ouso pensar
Minha vontade é te amar, escrever me parece insuficiente
Queria tanto te proteger do mundo, lhe dar diamantes, colares, pingentes
Queria tantas fantasias, mas, tenho medo do tempo acabar
Tenho medo de não conseguir te abraçar ao nascer do sol
Tanto medo de não te beijar ao entardecer, sobre os lençóis
Nossa, todas as palavras fugiram de mim, só consigo soletrar como te amo
Mesmo depois de mais de mil versos de amor, em poemas,
Ainda permanece, intacto, seu nome, bem lá no topo
Te fiz até mesmo serenatas, nunca ouvidas, pinturas nunca vistas,
Tudo o que desejo agora é repousar sobre seu bojo, amor.
Possuo tantas referências para comparar meu amor
Mas, sei que me chamaria de fofo se eu as dissesse
Não me interesso tanto pelas religiões que nos cercam, mas
Quero estar contigo, seja no céu estrelado, ou em salões de Valhala
Só quero estar contigo, eu te amo tanto, que mais uma página não adiantaria
Nossos corações foram simplesmente entregues, guarde o meu, tão inocente e puro
Que prometo jamais machucar o teu, princesinha
Linda, até quando abre seus olhos para um novo dia.
Queria tanto ter o dom das palavras
Faria, em seu nome, tantas canções, regadas de desejos e sentimentos
Sinto como se, de repente, tivesse alcançado as cores no céu,
E atingido o paraíso, pois, quando estou contigo, é assim que me sinto.
Foram tantas as folhas que aguentaram minhas palavras
Tantas palavras em paixão que, jogadas ao vento se tornaram nada
Nadaram, sobre águas fantásticas, até chegarem aos seus ouvidos
Quantas foram as vezes que a lua escutou meus uivos?
Não sei te dizer, foram sonetos únicos.
Eu te amo, pequena, apesar das estradas esburacadas
Queria estar contigo, para confortá-la
Dizer que ficaremos bem, diante do mundo, de todos
Mas, sou apenas um garoto, um menino bobo
Bobo o bastante para cobiçá-la, raio de luz
Tolo o suficiente para desejá-la em meus braços, a sós
Eu só peço a Deus, seu bem-estar, sua felicidade, só.
Peço desculpas caso canse seus olhos
Sabes que assim é melhor, pois minha letra, bom
Minha letra é pequenina, ela tão pouco a cativa
Linda, inútil me dedicar, por si só és uma poesia
Queria, querida, ao menos esboçá-la, espalhar seu sorriso pelas ruas de pedras
Sofrida minha vida sem tê-la em minha vista
Mas, Deus nos reuniu, ou quem sabe o destino brincou novamente
Mas, cá estamos, repito incessantemente que te amo
Jamais se esqueça, mesmo que duvide ou pense que seja um engano
Eu te amo.
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