Saudade de Prima
OBRA-PRIMA
Todo mundo é uma casa.
Onde já se viu entrar em alguma
e sair deixando a porta entreaberta?
Todo mundo é uma casa.
Você não deveria quebrar uma
achando que a cidade encoberta.
Todo mundo é uma casa.
Você não deveria bagunçar
e colocar a culpa em quem
desarrumou a sua.
Todo mundo é uma casa!
Você não deveria pregar um quadro novo
se tem dívidas lá fora
ou algo que o torne: falcatrua.
Todo mundo é uma casa.
Por isso nunca é simples
essa coisa de ir embora.
Fica sua digital na porta,
fica o que todos vão saber na rua,
fica um rastro seu que mora.
Todo mundo é uma casa.
Não se pode reformar um pedaço
e querer voltar atrás
exatamente igual.
Todo mundo é uma casa.
Casa sente a diferença
se o açúcar for posto
no lugar do sal.
Ela é uma casa.
Se você não trancou direito,
nem sinto muito se um ladrão
adentrar.
Se você quebra a parede,
é pelo buraco que a luz vai entrar.
Eu sou uma casa.
Eu sou minha casa.
Eu ganho uma nova sala
toda vez que outra casa
vem me visitar.
Fico melhor quando quebram um cômodo...
isso é só espaço pr’outro maior chegar.
Todo mundo é uma casa.
E se você tenta destruir as colunas
é sim em cima de você que ela deve desmoronar.
Porque do que outra casa está criando por causa da sua
é preciso também cuidar.
Se você colocou uma ponte entre as duas
era óbvio que se uma desfaz,
a outra vai balançar.
E se a mesa de canto quebrou,
fica um vazio ou uma oportunidade.
Depende de como vai enxergar.
Todo mundo é uma casa.
É preciso criar expectativas, sim.
Nenhuma revista séria vai inspirar decoração duvidosa
– e sem expectativas não há criações reais.
Todo mundo é uma casa.
É preciso esperar que o sofá confortável da propaganda
funcione para o minuto de paz.
Expectativa é diferente de ilusão.
Ilusão é coisa que a casa cria sozinha.
É o barulho que ninguém explica,
é o que pensa da vizinha.
Mas você não deveria colocar um tapete na porta
se ninguém pode colocar os pés nele.
Se fulano vive estacionando lá o carro,
quando empatar uma garagem, vão reclamar é dele.
Entende? É sempre óbvio quando se está
gerando expectativas no outro.
Não entender é como não ver
que sem rede, janela não está segura.
É tão simples perceber quando está sujo.
Sujeira guardada, inclusive, aparece como mofo:
na casa, na fatura.
Todo mundo é uma casa!
Todo objeto posto gera uma ação.
Tudo gera alguma espera,
casa vive a (des)esperar.
Coloque um prato na mesa,
vão usar pro pão.
Não existe isso de calma para o que está parado.
Parado largado está.
Tudo o que você coloca ali, precisa e vai ter uma utilidade…
seja para outra visita usar ou para te assombrar mais tarde.
Todo mundo é uma (c)a-sa!
Bate asa é pra cá. Bate asa pra ficar.
Você não pode julgar a decoração dela
e não pode querer assim que ela te deixe entrar
se não viu as reformas anteriores.
Toda casa é mal-assombrada
pelos visitantes, pelos que já morreram ali
e pelos moradores.
Todo mundo é uma casa.
A construção é constante,
mas para reformar é preciso
gastar tudo o que desgastava.
Todo mundo é uma
ca
sa.
Queda é o que dá.
O resto tira ou faz perceber o que já estava.
Se não sabe se entra ou sai,
bata a porta de vez com força
ou o vento vai chegando pra bater.
A cada demora para ficar na casa,
os arredores vão levando ela de você.
Todo mundo é uma casa.
E se eu preciso ficar te lembrando disso
e de não sujar os seus pés na rua
– porque aí eles sujam também aqui dentro –,
vejo logo que cê é só ponte
pra reformar algo do centro.
Que ótimo, vejo logo que você não merece
conhecer o andar de cima...
Vamos logo, se apresse,
porque minha casa está em obra
-prima.
TEMPO
Este doutor
Doutorado em TUDO,
Mas, um péssimo maquiador,
Quanto se trata da obra prima do CRIADOR,
Ele amassa, enruga e tatua
Com sua
Caneta malvada...
*
Espero encarecidamente o dia
Que ele será benigno com os seres humanos...🌷😊💭
***
(FLS)
“A mesquinharia é prima da arrogância...a agonia sempre foi um dom que a discrepância fez questão de negar.”
—By Coelhinha
“A mesquinharia é prima da arrogância...a agonia sempre foi um dom que a discrepância fez questão de negar.”
—By Coelhinha
Um conjunto de uma obra-prima
Carinho
Atenção
Dedicação
Amor
Amizade
Respeito
Um encontro, dois seres
Duas vidas, um coração
Um amor que deu certo
Um sentimento verdadeiro
A ternura do olhar
A beleza do falar
Simples gestos, uma joia preciosa
O tempo é responsável pelo esquecimento,
Mas nesse caso a vida mantém viva a chama
Quem sabe um dia reacende o fogo desse coração
E com ele o desejo, a paixão
Valores que não são esquecidos
Memórias passadas, no presente
E nesse momento
Um futuro que não espera
Simplesmente quer acontecer.
'' A ostentação é sobrinha da inveja, que é prima da ganância, que é tia da ambição, que é irmã da soberba, que é namorada do orgulho, que é o filho da morte.''
A alma é o palco de uma luta pela
consciência e pela liberdade.
A vida é a única obra-prima
que vale a pena realizar.
Obra-Prima/Obra de Arte
Independente da época ou do gênero é tratado como uma realização, para todo artesão aspirante a mestre,
Uma visão sensível expressada pelo artista acerca do mundo real ou imaginário, através de diversos recursos, linguísticos, abstratos, sonoros e afetuosos,
Possuí mecanismos que afastam uma imagem da realidade, mas permitem interpretações diversas em relação a sentimentos e emoções,
Por escrito ou oralmente é contado em detalhes, por vezes é transcrito no íntimo da alma e do coração,
Com uma dimensão elevada e alheio à maioria das pessoas, o amor pode ser considerado "uma obra de arte, uma obra - prima", pois ele se caracteriza como uma criação, um conto, uma pintura e por vezes como uma escultura,
O amor é uma vantagem, um benefício é uma boa colheita quando bem cultivada na vida de um artista ou de um artesão cuidadoso.
A incapacidade vêm da falta de percepção da capacidade que tenho, pois todos são obras prima de um criador perfeito. E Ele deu a todos quanto foram criados, a mesma porção de conhecimento e sabedoria.
Para se observar a essência (matéria-prima) de um objeto, não podemos analisar ao objeto diretamente, da mesma maneira que para se observar a essência de um indivíduo devemos analisar os fatores que o compõem
Toda borboleta que ainda faz do casulo seu porto seguro esquece que o bater das asas é obra-prima da liberdade e a insegurança o esteio do medo