Sangue
O sangue quente no asfalto gelado
O corpo imóvel todo molhado
Os berros ecoam para todos os lados
Mas o silêncio é incontestável
Imponente e incontrolável
Assim como a certeza irrefutável
Que o humano tanto luta
Mas o fim é inevitável
A morte é certeira e passageira
E mais uma vez, levou uma vida inteira.
Doar sangue é mais que um ato de amor. Trata-se de solidariedade e civismo, coisas que se encontram no sangue do doador.
Alforria da Escravidão
Tende sim, motivo sim
Tenha-te só pra ti
Tente ir aonde for
Tem que ir ao Tennesse
Trate bem, muito bem
Trate de me coagir
Tende que deixar fluir
Tentando tanto
Tentando mais
Tontear jamais
Tratar de sorrir, só pra rir...
Nos olhos de quem ama
Será sempre escuridão
Cego o amor que representa
Essa extrema solidão
Na busca do Tesouro
Esqueceu do ouro que vive em ti
Músculo bombeando e
Sangue á fluir
Abra seu peito e
Receba por direito
A alforria da escravidão.
"PORQUE EXALTAR NOSSAS DIFERENÇAS SE PODEMOS EXALTAR QUEM NOS TORNA SEMELHANTES, AQUELE QUE DERRAMOU SEU SANGUE PARA QUE NOS TORNÁSSEMOS UM?"
Incrível é o coração, que ao palpitar no interior do peito bombeia sangue para todo nosso corpo.
Mas o amor, ah o amor é bem mais interessante, ao pulsar no íntimo da alma faz circular vida para todo nosso ser.
E este fez da lua seu sol, trocando a noite pelo dia.
O único sabor que o sacia é vital, energia.
Imortal, mas com defeito.
Forte, mas não perfeito.
Os homens o temem e não querem conhecer.
Seu desejo o controla, puro instinto de viver!
Seu sonho talvez seja voltar...
Embora seu caminho se apague ao trilhar.
Para uns, sua existência é um pecado, para outros uma maldição,
há também aqueles racionais que o chamam de evolução.
Os já quase imortais chamam de dom recebido,
já que poucos são mais que banquetes, louvado escolhido.
Aperfeiçoar é seu vício, seu poder está em outras vidas.
É sombrio pois sua mão carrega o peso de muitas partidas.
Não está vivo, nem morto.
Não é mar nem porto.
Só quer existir.
Quem sabe até mesmo sorrir.
Não é anjo, nem demônio.
Está além das vagas compreensões e sonho.
Magia é seu respiro
Amado e odiado, justo vampiro!
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Vampir
"Se fizeres meu sangue ferver em minhas veias, me considere teu. Mas se deixá-lo esfriar, me perdeu."
NO COMEÇO DA HISTÓRIA...
Quando eu era pequeninho
e brincava no parquinho
O deleite era enorme
e o vermelho...uniforme
Nas carteiras do ginásio
O vermelho eu não usava
Só a mestra que riscava
a nota que me imputava
Hoje veste a tua boca
de cálida sensação
Traduzida no silêncio
vermelho sangue paixão
E o curso dessa trilha
que vermelho me trará?
Que seja lépida rosa
sorrindo ao me encontrar!
Sangue tóxico
Em pensamento já feri milhares
Em minha alma reina obscuridade
Se ser jovem significa se intoxicar
A juventude não pode me representar
Nenhuma droga me acalma
Nenhum vício me sustenta
Dispenso os falsos abraços
Prefiro beijos prolongados
Há quem ache prazer no veneno
Outros reclamam de tudo
Como se o destino tardasse
Ele decide bater na porta
Não há devedor para acertar
Nem a conta pode ser quitada
Diversas bocas querendo falar
Mas eu não quero ouvir nada!
Um sangue que contagia
A honra sendo confrontada
Um truque que parece magia
E várias famílias desabrigadas
Inferno é jogo, sofrer é treino
Juro que agora não mudo
Mesmo se me obrigassem
Sou eu que traço minha rota.
Liberdade nunca foi sem custo. Porém depois que perdida, seu valor eleva-se ao preço de SANGUE dos que protestarem por ela!
A poesia jorra das minha veias,
como se fosse sangue,
como se fosse tinta,
pois a alma obrigada a calar-se
acha sua voz na pena, onde pinga
não, nunca escrevi por amor, senhor
escrevo por necessidade
o papel toma para si a dor,
que em mim não encontra eternidade.
Há beleza no poema,
mas não há na miséria.
por isso escrevo,
Pois fora do papiro minha dor é apenas ela,
Minha alma e arte
escorrem pela ferida aberta.
-José Ricardo Borelli-
Quando a cabeça está cheia
O sangue se esvai
E o corpo esvazia
Aí, a alma e mente se perdem !
Da-se então, o princípio ativo da tragédia.
Vi tanta crueldade ao longo do tempo, e mesmo calejada me comovo ao ver os homens derramando sangue para destruir sonhos.
Vocês não sabem nada sobre mim. Nem o sangue que corre nas minhas veias! Como é o coração que bate no meu peito!
Todos querem liberdade
mas quem por ela trabalha? (...)
(o humano resgate custa
pesadas carnificinas!
Quem morre, para dar a vida?
Quem quer arriscar seu sangue?)
