Sair de Casa
Caro "coroa"
não fique a toa,
não marque toca.
Caro "coroa"
meu camarada,
Não dê vacilo,
não saia de casa.
Comunico aos amigos
Que ganhei na loteria
O Prêmio de 100 milhões
E vou rachar a quantia
Com vocês que estão em casa
Por causa da pandemia.
Basta mandar sua conta,
Caixa ou Banco do Brasil
Que eu irei depositar
Para cada um 100 mil.
Se o crédito não entrar,
Não esqueça de lembrar:
Hoje é primeiro de abril!
(Tião Simpatia)
Agora, que você tá rico #fiqueemcasa
Disseram-me que se eu hasteasse as bandeiras, o papai acharia o caminho para casa. Por isso, eu hasteava as bandeiras todos os dias. Eu hasteava as bandeiras no mastro e esperava o papai voltar.
Em tempos de reclusão, a palavra vale mais que a fotografia. É das palavras de afeto que realmente sentimos falta; da boca do interlocutor que é a moldura dessa saudade.
Não se deve construir casas, deve-se construir lares.
As casas se desfazem, os lares são lares mesmo sem casas.
Melhor que me amem num asilo, do que me tratem como um saco de entulho dentro de casa. Pois abandono é abandono e, quem não se importa, abandona até quando mora junto.
Vigia a tua mente como quem vigia a porta da tua casa. Se nesta, só quem entra está sob a tua permissão, não permitas, ora, que pensamentos destrutivos te façam na mente morada.
" Uma casa velha pode ser até reformada, trocada os móveis,
as cortinas e as pinturas, porém tem que retirar aquele cheiro de velho que fica.
Assim somos nós na presença de Deus.
Renovamos o exterior, contudo o interior está com o mesmo odor.
Cheio de intrigas, invejas, cobiças, fofocas etc..., mas tudo isso as escondidas".
A nossa casa, mesmo que sendo de bambu e chão de terra batida é um castelo para nós.
A comida comum e de todo dia por mais simples que seja, diariamente é um banquete para a todos.
No nosso cantinho, a noite, a vestimenta mais batida rota e desgastada é a veste de a gala para que possamos descansar.
"O melhor lugar do mundo é dentro de você mesmo!
Se isso te deixa desconfortável, está na hora de consertar sua casa."
Árvore em poesia
Recordo-me com alegria
Quando ainda era criança
Eu tinha uma casa na árvore
Em cima de um pé de amora.
Era uma casa muito engraçada...
Não tinha teto, não tinha quase nada.
Mas tinha muita imaginação.
Não tinha mesa, nem cama
Nem geladeira, nem fogão.
Mas tinha lindas almofadas.
Todas bordadas a mão.
Tinha um tapete de nuvens
Como plumas de algodão.
As cortinas eram de seda
E bailavam com o vento.
Tinha um sabiá laranjeira
Que cantava só pra mim
Tinha flores amarelas
Miosótes e jasmim.
Minha casa na árvore
Meu escritório de fazer “arte”
La eu pintava telas, cantava
Era escritora, poetiza e jornalista...
Sentia-me em um grande palco
As folhas eram plateia
Com tanta imaginação
Nem me sentia sozinha
As ideias fluíam tanto
Que até escrevi um poeminha.
Minha casa na árvore
Que saudade sem fim.
Guardo-te em minúcias
Foi lá que me descobri
Não te esquecerei jamais,
Pois és poesia de mim!
Por Marta Souza
Realmente tive essa casa na árvore.
Amor-próprio é cuidar da sua mentalidade corporal; ou seja, é cuidar da sua casa, do seu porto seguro.
Só coloque para dentro da sua casa, que é sua fortaleza e refúgio, quem preza pelo que realmente tem valor para você: sua família.
Da casa
Morei numa casa,
Feita de cal, madeira e planta.
Tinha facho de velas,
E raios numa porta debruçados.
Minha mãe nos ensinava,
A fazer um pão chamado sonho.
Por vezes tínhamos que fermentar com mais vigor.
Mas por fervor ou insistência, crescia.
Nessa casa se contavam estórias.
Como a luz que ficou presa na sombra,
Até que o vento a libertasse.
Ou da lagoa que desaguava no mar,
Porque ele por ela estava encantado.
Tinha uma que ninguém entendia.
Revelar-se-ia mais tarde na travessia.
Era de uma voz que somente se ouvia,
No agudo silenciar, tomado na profundeza.
A casa inda lá continua.
Minha mãe ajuntou-se noutro tempo.
Só agora, enxertado de silenciamentos, aquela voz ecoa.
Abre-se na boca do menino que se avizinhou da saudade.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
Rasgos
Por que me rasga pedindo gentileza?
O belo se foi, transbordou e ardeu...
Sabes que sempre fui sonhador e amante...
Agora sou silencio de uma casa vazia cortada pelo vento...
Resquícios do que um dia foram...
Marcas ficam, e são elas que nos batizam...
Quando visito meu passado, recordo que já amei demais...
Embora me esqueça de mim mesmo...
Sandro Paschoal Nogueira
