Ruth Rocha Amor
Maria que de tão magra não ia à praia
Tão feia que assustava
Não se dava bem com os homens
Somente um canteiro de obras a alegrava
Nem um silvo na rua
Muito menos uma olhada mal criada
Mulher maltratada!
Baixa, esguia, cabelo trançado... Tinha chulé
Ninguém queria Maria José
Um lápis ela encontrou.
Em uma folha amarelada escreveu
Meu deus, por que me fizestes tão feia?
Que mal eu fiz pra merecer?
Porque o homem diz: Mas que horror de mulher!
Um olhar atento a observar
Escrevendo... Como és linda!
Levo-me em direção a ela
Pernas trêmulas a andar
Uma mão em teus ombros tocou
Suas mãos ele acariciou
Em seu ouvido ele murmurou
As lágrimas escorreram
Eis que... Um beijo!
Não se arrependeram
Felizes viveram!
Nada se iguala ao que sinto
Amar-te se tornou algo inexplicável
Não saberia viver o meu agora sem você
Meu tudo, meu nada..
Cada segundo aqui gravados
Na memória
Involuntários flashs repentinos
De cada momento que vivi com você
A primeira coisa que penso quando eu acordo
A ultima ate eu adormecer
E te reencontrando mais uma vez em meus sonhos
E tão bom amar você.
Entrar em êxtase profundo
Mergulhando em enumeras palavras,
Procurando a mais perfeita
Que um dia eu possa comparar a ti
Poder te encarar
Sem façanhas
Mostrar agora sem mascaras
Tudo que realmente sinto
Poder repetir as mais belas palavras aqui ditas
Sem temer nada
Acordar de uma fantasia
E olhar o quão grande é a realidade
Enfim, a tão esperada independência.
Sim, Ele tem o próprio negócio e desta vez é sério. A princípio, não imaginava ou mensurava o tamanho do sonho, da verídica realidade. Pois bem, quando vi me assustei assim como todos ali presentes... Incrível!
Como criança a brincar... Como um jovem a namorar... Sua felicidade se compara ao auge das idades, em suas variações!
Meu Deus, lhe peço presença!!!
Meio complicado, parece ser, no primeiro momento. Mas aos olhos brilhantes, enriquecidos pela vitória, não será tão difícil dominar as funções ali desempenhadas.
Que bom, fico feliz!
