Rubem Alves Saudades
O dia que eu partir desse mundo, quero deixar saudades pelo que eu fui, quero que sintam falta mesmo que por um segundo, isso não é pra enaltecer meu ego, mesmo que o faça neste momento. Só quero sintonizar com essa dinâmica da vida vivida sem ter um escripiti, é esse tipo de libertar que eu procuro, daquilo que está fora do reptoiiro e meu cérebro não a transformou em rotina. Olhar pra corrida de ratos e procurar um sentido maior para tudo isso.
Meu receio é que a vida acabe em um piscar e eu acorde em outro lugar com saudades da beleza do mundo que eu cansei de esnobar.
Sinto saudades das nossas conversas, do tempo que você me olhava com admiração. Quando não existia medo, apenas dedicação e boa intenção. A vida nos faz alternar os caminhos, mesmo assim, sinto que te quero comigo.
(...) E, no entanto, ali estava ela, já a somar as suas saudades, carregando-as nos ombros e no coração como se fossem partes inevitáveis de si.
Esquecer tudo para dormir – desejava isso todas as noites. Mas não dormia; culpa das lembranças e do temor de nunca as esquecer.
Binóculo e Hospício
Serenou
Saudades
Dos olhos
De sempre
Ver
Experimentou
Eternidade
No breve
Instante
De eterno
Ser
O Estúpido como Real
Enquanto isso
Serenou
Saudades
Dos olhos
De sempre
Ver
Experimentou
Eternidade
No breve
Instante
De eterno
Carteiros de Quadros
Não sei
Talvez sim
Talvez não
Saudades
Sim
Do carteiro
De outrora
A expectativa
Da esperada
Carta-resposta
Lá vem ele
Friozinho
Na barriga
Carteiro
De outrora
Areia Fria Sobre Pés
A cabeça enterrada nos ombros
Qual a escura rosa sem aste
Não há saudades mais dolorosas
Do que as das coisas que nunca foram
Foi tão bom, tão bonito, tão completo,
Que a gente nem fotografou
Nem localizou, nem postou,
Apenas viveu
Envelhecer
É ter
Lembranças
Do
Que não
Aconteceu
Saudades
Do
Que não
Viveu
Crer
Que
O que foi
Ainda
Pode ser
Perceber
Sem querer
Que
Ainda está
Por vir
Poema: "Saudades de mim, esperança"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel
então eu tento, mais uma vez,
seguir em frente,
de cabeça erguida,
sem desviar os olhos.
ao céu limpo admirar o azul,
e o branco das nuvens,
e no canto dos pássaros
imaginar as histórias de como aprenderam a voar,
e nelas tomar alguma inspiração.
olhando para dentro,
ouvindo meus próprios conselhos,
tento então seguir sem me odiar.
olhando para dentro,
mergulhando rumo aonde me perdi,
tento mais uma vez me reencontrar.
Há momento que nem sei o que dizer, então eu digo, sinto saudades, não sei o que você entende com essa breve descrição, o que me interessa é expôr o sentimento que sinto, falamos cavalice, criamos o impossível, mas o mais possível além da saudade, é que nós encontramos e estamos juntos.
Não quero ter saudades daquilo que
foi bom,quero viver novas experiências
para superar momentos bons.
Saudades da gatinha que entende o mundo como eu, ou talvez ela entenda até melhor. "Descaralhei" nos últimos tempos porque me alivia, e me faz esquecer um pouco. Não aceito como o mundo é, mas reconheço, e tento não morrer frustrado... Que, no final das contas, na verdade, é o que provavelmente vai acontecer com todos nós.
NARRATIVA
Sobre a folha, aquela poesia plural
No verso, sentimentos empilhados
Nas saudades, os suspiros arfados
Na quimera, a ventura sem igual
E, tudo, numa poética sentimental
De especiais eventos, ali pintados
Em cadencias e tons apropriados
Dando a escrita um traço visceral
É dum sussurro com certo legado
Cochichado de um intimo secreto
De um momento, assim, inspirado
Então, a poesia, se faz num trajeto
E o poeta não mais se senti calado
Narrando as sensações no soneto!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/09/2022, 20’53” - Araguari, MG