Rubem Alves Jardim

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No ar busco seu cheiro...
Na água busco seu frescor...
No fogo vejo a força do nosso amor...

A filosofia não tem nenhuma obrigação com a prática, mas a prática tem a obrigação de ser filosófica.

A conquista da energia da essência nos dará asas, e o universo será como a área de serviço da nossa casa.

Arquitetura não é apenas um sonho, é um sonho posto em prática, é um sonho realizado.

⁠Prefira lidar com a solitude de ficar sozinho (a) do que com a fatalidade de ficar com a pessoa errada!

Escrevendo hoje, é a única maneira que tenho de expressar o que sinto,mesmo que por meios pequenos, tudo que tem aqui dentro de mim...

O que sinto pela dança tem as características da paixão, mas a permanência do amor!

E todas as vezes que eu pensava em você, um sorriso ou uma lágrima se apresentava em minha face.

A falta de questionamento é o lado mais obscuro da ignorância.

Gosto dessa sensação de fazer valer a pena, de acreditar até o final , de lutar pelo que julgo ser verdadeiro .
Tentar mais uma vez .

A falta de comunicação nos dá o direito de pensar o que bem entendermos.

A sinceridade mata os falsos moralistas que se acham donos do mundo e não conseguem administrar a própria vida!

O Navio Negreiro

'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...

Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.

Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!

Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!

Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia.

Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!

Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.

Aqueles que gostam muito de dinheiro, dificilmente se interessam verdadeiramente por pessoas.

Três princípios norteiam a origem da vida humana: consciência, inteligência e ciência.

São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas,
Talvez no mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas.... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntas as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do Amor

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Nota: Trecho de "A Duas Flores"

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⁠Lá está ele, em uma casa solitária, com luzes acesas. Na estante, fotografias antigas, pessoas importantes, momentos que o fazem lembrar do que passou e se perguntando onde estão aquelas pessoas. Não há ninguém ao seu lado, com exceção de seu fiel animal que o olhava, deitado naquele chão, ele sempre ficava naquele canto da sala quando chegavam, ficava lá até o cair da noite, o qual acontecia minutos depois da chegada deles. Não vejo ninguém ir lá há tempos. Não consigo ver com nitidez o que ele está fazendo por conta da janela embaçada, devido aos pingos de chuva, a tarde estava escura, diferente de seus cabelos. Mas parece que estava sentado, na velha poltrona, de olhos fechados, com seu amigo, o qual recebia carinho. Com a outra mão segurava aquele retrato, como sempre fizera. Depois de alguns instantes, um barulho, seguido de um latido, semelhante a um uivo. -Finalmente as luzes foram apagadas. -

Não tenho e nem quero ter a pretensão de que todos gostem de mim. Só peço uma coisa: que me respeitem. Até eu aprendi a me respeitar...

O problema é que esconder sentimentos, não faz com que eles desapareçam.

"Editar fotos, por que não? Isso não é privilégio só dos famosos. As fotografias eternizam. E já que é para eternizar, que nos eternizemos como bem desejarmos."