Rubem Alves Jardim
Hoje vivemos em um conto de fadas mais real...
Onde os monstros são mais reais do que na
Imaginação de quando eu era criança,
Estão no menino que nunca tivera inocência,
Roubada ainda no ventre da sua mãe,
No jovem que barganha a própria vida por um
frívolo prazer,
Na mãe que chora por não saciar a fome do
filho que chora,
Dos filhos, abandonados pelos pais, abandonados
Pelo mundo, que já não sabem mais chorar...
Se eu perdesse 1 grama, cada vez que alguém me diz que eu estou gordo, eu me desintegrava. Obrigado, espelhos!
Nao podemos criar ou recriar nosso destino, mas podemos guia-lo , para que nos leve ao destino quisermos.
Presisamos do sol, da lua, da atmosfera, da água, do fogo, da terra, do ar. E de nós? Quem presisa? Por isso somos tao pequenos a ponto de matarmos uns aos outros para receber uma atenção qualquer.
Careço de pessoas novas, sem egocentrismo proposital e permanente. Sorrisos verdadeiros, abraços longos, planta não áscia, gente sem ascas!
Para tal afago, não deveria haver nenhum intervalo. Nem para a pose da foto. Oh, se pudesse, ou se fosse possível ter a posse do seu abraço, sempre comigo eu levaria um sorriso. Disfarço o quanto posso a tristeza de, no momento, só poder vê-la neste retrato.
Quando agarro-lhe as mãos - abençoadas - sinto-me protegido, como quem estivesse regido por uma romeira numa viagem, a outra dimensão. Onde as roseiras não tem um só aguilhão.
Família, não satisfaço suas projeções. Logo, não espere que eu cresça feliz, confiante, saudável, curioso, criativo e conectado com a vida.