Rua
Noite morta
Vejo a porta tão fechada.
Madrugada
Caminha pela rua
Onde a lua esqueceu
De mostrar quem sou eu.
Tão escuro!
Me procuro num futuro
Onde a sorte
Ou a morte
Podem vir "sem querer"
Numa bomba qualquer
Sem me dar a mulher.
Mas há um bar aqui
E outro bar ali.
Eu vou pisando
O chão da solidão
Sorrindo,
Mentindo um gesto
Num manifesto
De quem não vê mais,
De quem um dia já amou demais!
E eu tomo um trago aqui,
Eu bebo um trago!
Estrago tudo
E algo muda
A madrugada vai
E a namorada
Foi bem antes
Bem amada
Em meus instantes!
Para quem sabe olhar para trás não existe rua sem saída, a vida é um caminho que se segue sem cessar, as curvas, os percalços e obstáculos são inerentes e necessários, é deles que extraímos a experiência necessária para transformar erros em acertos e assim melhorar nossa vida e exstencia.
Mais um dia se foi, a noite chegou cobrindo tudo nada escapa da sua escuridão da janela olho a rua nada se move o silêncio é profundo nada me resta a fazer então eu vou deitar, mas deitar sem garantir que irei dormir. Sem demora logo você me aparece em trajes bem vestida fluindo cheiro de rosas cantarolando uma melodia antiga Talveis apenas por luxuria você grita vem, vem comigo penetre nessa escuridão vem me ame como você quiser me ame pra sempre me envolva em seus braços com calma sem pressa esqueça das horas tua voz tão linda ecoa em meus ouvidos, sufocado pelo desejo a saudade me inflama, resolvo te abraçar mais minha janela está aberta os raios de sol ja clareia meu quarto você se foi, ficou apenas a saudade que sinto de você . Boa noite .
Ocorre um “In-Yun” se dois desconhecidos se cruzam na rua, e sem querer esbarram um no outro. Porque significa que houve algo entre eles em suas vidas passadas. Se duas pessoas se casam, eles dizem que é porque já havia 8 mil camadas de “In-Yun”. De 8 mil vidas passadas.
Quando os emissários do demônio saem pra rua para pedir intervenção militar
Fica evidente que o inferno assumiu o poder e o diabo está governando
Querido Soneto…
Num sonho, na rua, qualquer lugar
Eu já não sei parar ou esquecer
Outono, lavandas, eu, acordar
A chuva, o fogo, me aquecer
De dia, de noite, se beijarão
Desejos e sonhos dentro de mim
Saudade, no peito, há explosão
As minhas vontades já não tem fim
Perfume, palavras, a encantar
Poetas escrevem o meu querer
Tudo que eu sinto, eu vim cantar
E pra começar, pra te envolver
vim declarar, só penso em você
É tão fascinante te conhecer
Rua Nascimento Silva, cento e sete
você ensinando pra Elizete
as canções de canção do amor demais
lembra que tempo feliz, ai, que saudade
Ipanema era só felicidade,
era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
a que ponto a cidade turvaria
esse Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
e além disso se via da janela
um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza
é preciso acabar com essa tristeza
é preciso inventar de novo o amor
nossa famosa garota nem sabia
a que ponto a cidade turvaria
esse Rio de amor que se perdeu
mesmo a tristeza da gente era mais bela
e além disso se via da janela
um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo só resta uma certeza
é preciso acabar com essa tristeza
é preciso inventar de novo o amor
ANOS 80
Era fraco e franzino
Menino de rua descobrindo sentimentos
Anos oitenta era assim:
Liberdade no peito
Meio sem jeito ele abraçara a esperança
Bonança em meio às tempestades
E os dias vieram melhores
Saltitante como as flores
Espalhando saudades...
Por trás da porta
Por trás da porta
A rua segue seu curso
Como um rio,
Pessoas descem
A água é o vento
Que as move
Passos distintos,
Caminhos iguais
São moléculas
Sem destinos
Poeiras outonais.
E eu atrás da porta
Sem coragem
De ir à rua
Penso no futuro
Mas o passado me espreita
Quem dera fosse largar
A rua que me espera
Mas a porta é estreita.
Lapidar
"" Moldar a pedra bruta
cheia de vida
tal qual o brilho
da rua
num instante
o pormenor
da lua
brilhante...
DELÍRIO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Meio queijo no espaço;
vago à noite na rua;
cadê namorada...
Sem saber o que faço,
quase como essa lua
com goiabada.
Acordado, porém, inserido em um emocionante devaneio, estou em um cenário noturno, numa rua pouco iluminada, noite chuvosa, a lua está com um brilho discreto e no centro desta rica imagem que dedicadamente a observo, teu é o destaque, um inevitável encantamento.
Banquete muito aliciante para os meus olhos, a partir da tua bela silhueta sendo molhada pela chuva, usando um vestido simples, de tecido fino, um pouco acima dos joelhos, molhado e colado ao teu lindo corpo, estás graciosa, demonstrando um sentimento livre, intenso e audacioso.
Estou usando uma camisa alva de manga longa, desabotoada uns três botões abaixo da gola, ela está para fora da calça, descalço, também à vontade, felizmente, aqui, não tem mais ninguém, além de nós dois, dessarte, não seremos incomodados, uma favorável oportunidade.
Encantado profusamente, não posso perder tempo, vou me aproximando de onde tu estás, cada vez mais perto até estarmos um de frente para o outro e então, iniciaremos um deleitável momento, faremos valer este nosso encontro, acelerando amavelmente os nossos batimentos.
Sei que já estavas me aguarnando, considerando que não estás nada surpresa, que o teu olhar está alegre, brilhando com a minha chegada, irradiando uma notável veemência, a mesma que estou sentindo, finalmente, estamos juntos com os nossos desejos correspondidos.
Vou segurar-te pela cintura, juntando o teu corpo ao meu, beijarei a tua boca carnuda, um beijo profundo, sedento e demorado, uma vivacidade gradativa, meus braços pressionando as tuas costas, achegando-te mais ainda, embevecidos em uma sensação vívida bastante calorosa.
O calor e o impulso dos nossos instintos só fazem aumentar, instigando os nossos movimentos atrevidos, minha mão está debaixo do teu vestido, apertando e acariciando a tua nalga, enquanto, cheiro o teu pescoço e vou descendo, beijando suavemente, um sabor prazeroso.
Com as tuas mãos apoiadas nos meus ombros, levanto a tua perna, deixando-a encostada na altura da minha cintura e nesta troca de afetos, em breve, banhados pela mistura das águas celestes com o nosso suor derramado, após o nosso êxtase ser reciprocamente alcançado.
✨O Caminho de Volta Para o Verdadeiro Lar ✨
“Nesse planeta, somos todos moradores de rua procurando o caminho de casa. Vagamos em busca de algo que nos complete, sem saber exatamente o quê. O verdadeiro lar não está no destino, mas na jornada interior. Às vezes, nos perdemos para finalmente aprender a nos encontrar. E o caminho de volta começa quando reconhecemos onde realmente pertencemos.”
Eu me perco na rua de casa, quando você me olha com aquele olhar de quem não desejar nunca terminar de me esculpir.
Havia um miúdinho,
sem nome nem passado,
nu, esquecido,
andava sozinho pela rua,
escaldante de tão gelada,
como sombra sem dono.
Tinha um corpo
feito de cortes e pedras,
parecia ter sido mastigado
por calçadas com dentes.
Era um pobre coitado,
seguido sempre
por um cão magro,
tão sofrido,
igual a ele.
Sentavam-se no pedregulho duro
à espera de um fim.
O miúdo, paciente,
esperava que o cão partisse,
descansasse no reino dos cães,
para então poder matá-la —
a fome.
O cão, por sua vez,
até aprendera a contar horas,
de tanto esperar que o miúdo,
vermelho de dor,
fechasse os olhos
e dormisse de vez.
Assim, ele saciaria a fome
com lógica cruel,
mas destino cego.
O cão não ladrava,
e não sabia truques,
era inútil.
O miúdo, por sua vez,
também não sabia nada,
nada lhe ensinaram.
Era inocente,
imprestável,
invisível ao mundo.
Ambos só serviam um ao outro,
à ninguém mais.
Certo momento...
o miúdo, já derrotado,
deitou a cabeça no granito
para poder descansar o seu corpo cansado,
o cão, desesperado,
cravou como os seus dentes podres
no peito nu do miúdo,
com dó e piedade,
pois isso ainda lhe restava.
Mas morreu também,
porque o miúdo,
coitado,
não tinha carne sequer
para alimentar um cão.
Quando comecei me entender como gente, aprendi que tinha que me virar na rua para não apanhar dos mais velhos e mais fortes, quando os moleques do ponto final estavam na paz nós atacamos e colocamos todos pra correr, assim ganhamos respeito nas quadras, era porrada quase todo dia.
A sabedoria e a ignorância humana, andam de mãos dadas pela rua, dentro da mesma pessoa, basta saber distinguir...
Rua com Rua
Em um mundo líquido as relações são como
pequenas gotas de chuvas caindo na rua.
Rua esta que faz o favor de levar a gota ao evaporar.
Nessa relação a rua sempre vencerá, seja pela força e rigidez,
ou por sua teimosia de sempre estar no mesmo lugar.
Nessa amizade não quero ser uma gota nem tão pouco uma tempestade,
que mesmo tendo o poder de levar tudo,
não pode ultrapassar a temporalidade e constância de uma rua.
Aqui sinto a essência de sua amizade.
Pois muitos olharam e não enxergaram.
Outros pisaram e não perceberam que ela serve de caminho,
e nesse caminho há vida, ou melhor esse caminho é a vida.
Alias! Não apenas sinto, pois sou
rua que encontra com rua, sou caminho
que contigo cria caminhos.
Somos força e sempre estaremos
no mesmo lugar, pois os amigos possuem a certeza que não importam
o tempo e a tempestade, tudo passa menos
a nossa teimosia de permanecer.
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