Rosto
Sol quente que queima o rosto,
rosto pálido, negro, asiático ou rico.
Sol que traz energia,
sol que pode extinguir o olhar da vida.
Nordeste é força,
que como o umbuzeiro se entrelaça para oferecer doçura.
Umbuzeiro que, para isso, entrega o seu fim,
mas, como nas anomalias da vida,
pode ressurgir.
Pois o mesmo sol que queima
é o que permite à vida renascer.
As coisas mais belas são uma mulher com sorriso no rosto, energia boa, carismática, positiva e que tem bom senso e bom humor.
São essas coisas que a tornam rara, intensa, única e especial.
Me dói ter esquecido do rosto de quem eu tanto amei e admirei. Às vezes tento encontrá-lo em minhas lembranças da infância, mas é inútil, não se pode voltar no tempo e reviver as lembranças.
As minhas rugas e olheiras, são marcas de expressão do meu rosto, elas representam a beleza da passagem pela vida, apagar essas marcas seria rasgar o livro existencial de cada um, então o meu sorriso é como um livro que deve ser aberto sempre e lido com felicidades, e desfrutar de um bela arte da natureza.
Há dias em que o espelho da alma reflete mais do que o rosto... mostra o peso das escolhas, as pausas, os caminhos que pareciam promissores e acabaram em silêncio.
Um muro se ergue,
o coração se cala.
Nenhum beijo no rosto,
nenhuma doce fala.
Um passo em frente,
o outro recua.
Uma chama se acende,
mas a outra atua.
A paixão se apaga,
o desejo congela.
Quando um não quer,
a história não se revela.
De um lado está o "eu" de hoje, com as marcas do tempo no rosto e os olhos que já viram e aprenderam tanto. Carrego na memória as histórias vividas e os desafios superados. No colo, o "eu" de ontem, transbordando inocência, com um olhar de curiosidade inesgotável e a promessa de um futuro a ser escrito.
É impossível não sentir uma mistura de emoções. Há uma pontada de saudade por aquela inocência, mas também um profundo senso de gratidão a Deus por cada etapa percorrida. Embora o tempo avance, a essência daquela criança sonhadora ainda reside em mim.
Menina-Mulher
No rosto, um riso que encanta,
nos olhos, o azul que revela —
uma alma que luta e canta,
mesmo quando a dor se revela.
Carrega vitórias e quedas,
com coragem de quem já cresceu,
mas no fundo ainda anseia
por um abraço que aqueça o seu eu.
Como um pintinho no ninho,
ao fim do dia só quer ternura —
um colo, um carinho, um abrigo,
uma pessoa que diga: “Vai passar, criatura.”
E no silêncio que vem depois,
ela recolhe o que ainda resta —
um sonho, um sopro, uma voz
que insiste: “Você ainda é festa.”
Os pingos d'água que caem sobre meu rosto são promessas flutuantes, e a própria estrada, uma linha infinita de possibilidades.
Ro Matos
Questionei-me em meio as minhas lágrimas escorrendo pelo meu rosto essa minha tal sensibilidade demasiada... Logo a voz do meu autor me respondeu que não seria mais que um belo dom de detalhes... Dizia que nunca foi defeito em mim... Que sim um dom maravilhoso que carrego de enxergar o mais profundo da alma... Queria usa-lo disse Ele! Para que enxergues no outro o que ele mesmo não vê! Para que sinta o que ele sente e o ajude a entender a sua dor e assim eu possa cura-lo... Faço através de você...
Cada linha de expressão em meu rosto são caminhos que percorri e cada ruga são marcas da vida que venci.
"Vistoso, atencioso, carinhoso o cara que faz de tudo para ver o sorriso no rosto de quem ele ama, demorei muito até perceber que eu sou uma grande perda! Por isso resolvi direcionar amor, atenção e muito carinho para mim mesmo e tudo mudou"
Às vezes me olho no espelho
e não vejo um rosto,
vejo o peso dos erros que coleciono.
Sou lâmina que corta a própria pele,
sou o tropeço que eu mesmo preparo.
Prometo silêncio, entrego ruído,
juro mudança, repito os vícios.
Me mastigo por dentro,
digerindo culpas que eu mesmo servi.
Não é o mundo que me decepciona,
sou eu,
o inimigo íntimo,
que insiste em puxar meu pé
quando tento subir.
Mas ainda respiro…
mesmo coberto de falhas,
mesmo sujo das atitudes que odeio.
E no fundo dessa cicatriz aberta,
talvez exista uma fresta,
uma chance de aprender
a não me trair de novo.
