Romance
Comecei a ler o livro Anjos e demónios, de Dan Brown, um romance ligado à ciência que eu gosto muito.
Quando cheguei a um capítulo que fala sobre Roma, um personagem observou que o Coliseu Romano tinha as paredes destruídas e hoje não é mais nem menos que uma das grandes ironias da História. Agora é um respeitado símbolo da ascensão da cultura e da civilização humanas, fora construído para servir de palco a séculos de eventos bárbaros – leões esfomeados a despedaçar prisioneiros, exércitos de escravos lutando até à morte, violações em massa de mulheres exóticas trazidas das terras distantes, além das decapitações e castrações públicas. No coliseu faziam-se as antigas tradições de selvajaria e eram revividas todos os outonos… multidões enlouquecidas a reclamar por sangue numa cruenta batalha.
A Basílica de S. Pedro foi uma coisa que Miguel Ângelo fez bem feita.
O Vaticano é o pais mais pequeno do mundo onde S. Pedro sofrera uma morte horrível, crucificado de cabeça para baixo naquele preciso local. Repousa de cabeça para baixo naquele preciso local construído pelo famoso Miguel Ângelo que nem sonhava que o seu edifício hoje admirado mundialmente se fizesse tal barbaridade.
S. Pedro sofrera uma morte horrível e repousa agora no mais sagrado dos túmulos cinco pisos abaixo do nível do chão, exatamente sob a cúpula central da Basílica.
A luminosidade da capela é habitualmente salpicada de longos e coloridos raios de sol que rasgam a escuridão como lanças vindas do céu.
A grande castração - fora uma das mais horríveis tragédias sofridas pela arte da Renascença. Em 1857, o Papa Pio IX decidira que a representação exata da forma masculina poderia incitar à luxúria dentro do Vaticano.
Portanto, pegara num cinzel e num malho e decapitou os órgãos genitais de todas as estátuas masculinas da cidade do Vaticano e desfigurou deste modo as obras de Miguel Ângelo, Bramante e de Bernini. Recorreu-se a folhas de videira de gesso para tapar os estragos. Centenas de estátuas tinham sido imaculadas.
Pegando nestas atrocidades descritas, penso o que terá acontecido com tantos outros monumentos históricos construídos por escravos a chicote e sujeitos a tantos sofrimentos desumanos e hoje todos nós admiramos esta arte como se nada tivesse acontecido de bárbaro na sua construção.
E logo eu que não conhecia a dor da despedida, fui apresentada às pressas a distância num curto momento que caía uma lágrima dos olhos da saudade.
Vou organizar uma festa, chamar seus parentes, primos e até seus problemas emocionais, tirar seu coração pra uma dança e só repor ele no lugar comigo presente lá.
Que sejamos luz quando tudo for escuridão;
Que sejamos paz quando tudo for caos;
Que sejamos alegria quando tudo for tristeza;
Que saibamos voltar quando nos perdermos de nós mesmos pelo caminho, e principalmente aprendermos com cada passo dado de volta.
Cada pessoa é um universo particular, cada uma com seus defeitos e qualidades, cada uma com sua cruz e sua glória individual.
Ando negociando com a saudade, ignorando a arrogância, sendo hipócrita com o amor, tomando doses de insanidade com a loucura das minhas mais perfeitas faculdades mentais, jogando conversa fora sobre crises existenciais com a felicidade, dando meios sorrisos para a tristeza, pedindo o troco as mentiras medíocres do coração e sendo paciente com a solidão.
Estou naquele bar outra vez, naquele bar que a gente frequentava aos sábados à noite para rirmos até tarde do nosso passado meio torto, e o garçom está me olhando como se tivesse pena da minha alma, e na verdade ele tem, é a segunda vez que toca nossa música favorita, e é quase impossível não te procurar entre um gole e outro de um Chivas Regal 18 anos.
Esses goles de bebida não vão conseguir desmanchar esse nó que está preso na sua garganta, e esse gosto de whisky na sua boca não vai tirar o sabor do meu beijo.
Esse cheiro de perfume barato que fica na sua roupa a cada noite, não vai preencher o vazio que está te consumindo a cada dia.
Tentar impedir um escritor de escrever o que sente, é como condená-lo a morte precocemente, pois a escrita é seu oxigênio.
Literariamente falando, acredito que vou acabar igual aqueles filósofos escritores metidos a cristãos com um "Q" de romantismo barato, jogado em alguns dos bares do exterior tomando algumas doses de tequila e whisky.
- Ei garçom, garçom?!
- Sim, qual o pedido senhor?
- Um café e um amor sem favor, o café eu quero quente e não muito forte, e o amor eu quero gratuito, recíproco e resistente o suficiente para que dure uma vida inteira.
É tanta superficialidade recheada de mentiras e ausência de amor próprio que se faz mais presente cada dia na vida de tantas pessoas, olha essa é uma das coisas mais bizarras que já vi durante esses dois mil anos da existência humana.