Frases da roça que exaltam a simplicidade do interior
O mundo gira veloz,
o povo vive apressado,
correndo não sei do quê,
passa o dia estressado.
Só existe um lugar
onde a vida é devagar:
é aqui no meu roçado.
Impossível esquecer
os encantos do sertão.
Mesmo saindo de lá,
fica na recordação.
Feito uma tatuagem
gravada no coração.
Na Extensão Rural nem sempre tudo precisa ser um sucesso, pois o erro faz parte do processo de aprendizagem.
“LEMBRANÇAS DA FAZENDA”
Hoje me lembrei da serra onde eu nasci,
Fez lembrar das histórias das visagens,
Causos a causos detalhados dos mais velhos,
Recordando desses contos que ouvia, me perdi;
Eita Dona “Matinta Pereira” mãe mata que mora ali,
Era uma tal de assombração que leva as crianças;
Sem piedade, raptadas de suas casas,
Só Deus sabe quão grande foi o medo que senti;
Não recebia gente em casa à noite, nem se podia partir,
A noite a mata era assombração para todo lado,
Cobra grande, boto d´água, saci Pererê,
O maior dentre eles era o gigante Mapinguari;
Eu pensava: Deus me livre se tudo isso se reunir?
Um sarau na floresta dos seres lendários apavorantes,
Festejando e assombrando as noites tão brilhantes,
Imaginando, coitado de povo que mora ali;
Mas no cantar do galo via a luz do sol surgir,
À medida que o dia clareava,
O desespero assim passava,
Sentindo o cheiro do que café que ia sair;
As galinhas chegando na varanda daqui,
É um corre-corre pra todo lado,
O galo que não cria os pintos vem apressado,
Para comer da quirela esparramada bem ali;
Incrível essas lendas, de dia não existiam por ali,
Só sobrava tempo para trabalhar o dia todo,
Planta, colhe, arranca, corta e roça o mato
Na cidade a comida não é melhor do a daqui;
Todo dia eu oro ao Pai do Céu grato a pedir,
Senhor meu Deus fui homem do campo,
Na cidade hoje tiro o meu sustento, mas eu ainda sonho,
Viver feliz do jeito matuto, como lá, na fazenda onde eu nasci!
Deutes Rocha Oliveira, 10-11-2021
Em um dia chuvoso,
Eu com minha xícara de café,
Não paro de pensar naquela muié,
O que será que aconteceu,
Meu coração parece que a ela se rendeu,
Devo eu falar, que das coisas mais belas
é ouvir ela a cantar.
Por meio de verso e prosa,
Minha mente devaneia e entrosa,
Mesmo com um sorriso,
Longe está a dona do meu riso,
Quero viver o momento onde a primavera vai chegar,
E que meu coração, lá construa meu lar.
Nada perco por esperar,
Nessa vida, onde o que vale é o amar.
Independente do lugar,
meu coração está firmado,
pela primeira vez, deixo as incertezas,
pelo poder da decisão,
que muda toda uma vida,
e em tudo procura nova razão
para cada passo ousado em sua direção.
Sorriso, 20 de Fevereiro de 2022
As pessoas que trabalham com extensão anseiam por ações imediatas para conseguir resultados visíveis em curto prazo. No entanto, o trabalho extensionista é, justamente, ao contrário. Não é possível construir vigor extensionista pensando em ações pontuais e apressadas.
Não há problema em comer torresmos, morrer todo mundo vai, é só definir o jeito, se quiser morrer do coração basta amar alguém.
No meu aniversário (dia 11/06), de presente, ela me deu a banda de uma meia, no dia dos namorados (12/06), me deu a outra banda da meia, no dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro (13/06), ela me pediu em casamento.Acho que essa menina quer me pegar pelo pé.
De toda minha vida, quase três partes se passam na cidade onde, em meio à competitividade, insisto em sobreviver e adquirir conhecimento, mas se não fosse a primeira parte vivida na roça onde aprendi a arte da humildade e da sobrevivência, certamente já teria sucumbido.
Não faço assistência técnica. Faço formação continuada, crio vínculos e auxilio as famílias na construção de projetos e sonhos através da Extensão Rural.
P e r e g r i n o
No campo eu aprendi a cuidar do arado, eu me lembro que levava as ovelhas e os cachorros até um monte alto, de onde via a cidade;
lá em cima havia um pé de coqueiro, onde repousava. E para mim, era uma aventura, uma espécie de pastoreio.Minha vó, muito generosa, fez uma "capanga", de couro para mim e nela eu levava, comida e água.
Eu ficava muito tempo com os bichos, com o silêncio e observando de longe a cidade; mais tarde havia sempre um vento que soprava o coqueiro, mas embora eu fosse ainda menino, não tinha medo do vento, pelo contrário, eu repousava e ouvia o vento passar.
(...)
Os três pilares do trabalho do Extensionista Rural: conhecimento, conexão entre pessoas e transformação social do meio rural.
Quero sair da cidade
Pro sertão vou viajar
O botão do paletó
Quero desabotoar
Calçar a minha chinela
Ver o campo da janela
No roçado descansar
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