Rios

⁠A liberdade busca a paz, e a paz é a verdadeira liberdade.

⁠O silêncio é como as estrelas: quanto mais tempo passamos, mais tentamos contá-las, mas nunca alcançamos um denominador comum.

⁠O homem sábio perdoa seu inimigo, mas exclui-o de seu círculo íntimo, pois o perdão não obriga a convivência.

⁠O homem sábio transmite conselhos profundos ao seu povo, guiando-o com sabedoria e exemplo.

⁠O homem sábio age conforme a vontade de Deus, não se deixando guiar por seus próprios desejos.

⁠O homem sábio constrói e fortalece seu lar, alicerçado na paz, no amor e na sabedoria.

⁠O homem sábio não recorre a tanques e armas poderosas para exterminar uma barata, mas os utiliza contra a ignorância que corrói a sociedade.

⁠O homem sábio lidera os mais fracos, guiando-os com sabedoria e força.

⁠O homem sábio é o esteio de sua família, sustentando-a com firmeza e sabedoria.

⁠O homem sábio adquire conhecimento e, com ele, guia e ensina seu povo.

⁠O homem sábio repudia a intolerância, pois reconhece que a sabedoria se constrói na aceitação e no respeito mútuo.

⁠O conhecimento simbólico abre a porta, mas é o pensamento filosófico que ilumina o caminho.

⁠Os rituais são os ecos do passado, moldando os mistérios que sustentam o presente.

⁠O peso dos segredos é leve para quem não teme carregar a verdade.

⁠Os maiores mistérios não são encontrados em livros ou templos, mas nos corações humanos que ousam esconder o inconfessável.

⁠Se há algo que os séculos não apagaram, é a força das histórias que resistem, ocultas, à passagem dos anos.

⁠Canção da Alma Brasileira
Minha terra é sol que arde,
É o vento a dançar nos campos,
É o rio que corta as pedras,
É a brisa em doces cantos.

Minha terra é verde infinda,
Mata densa, céu sem fim,
Onde o tempo se faz vida
E a vida é forte em mim.

O ouro nasce do solo,
Mas gigante é seu fulgor
No olhar de um povo audaz,
Que luta com fé e amor.

Cada palma que se ergue,
Cada rio que se entrega,
Traz no peito a voz do mundo,
Ecoando nossa terra.

Oh, Brasil de mil batalhas,
De mil sonhos, mil tambores,
Onde a dor se faz coragem,
Onde a guerra gera flores.

Não permita Deus que eu deixe
De cantar essa grandeza,
Pois sou filho desse chão
E sou parte da beleza.

Se um dia o exílio vier,
Se um dia a saudade chamar,
Que meu peito nunca esqueça
Que é Brasil meu lar, meu mar.

⁠E agora, destino?
E agora, destino?
O tempo parou,
a estrada sumiu,
o vento calou,
o fogo apagou,
e agora, destino?
e agora, mistério?
Tu, que teces enredos,
que traças caminhos,
que moves os homens
como folhas ao léu,
e agora, destino?

Teus mapas rasgados,
teus passos incertos,
tua sina de ferro,
teu fardo de névoa,
já não há bússola,
já não há norte,
o mundo desaba,
o abismo desperta,
as sombras se alongam,
e agora, destino?

E agora, destino?
Teu sol não desponta,
tua estrela se apaga,
tua prece é silêncio,
teu sonho é ruína,
teu tempo é areia
que escorre depressa,
e tudo desfaz,
e tudo desanda,
e tudo desaba,
e agora, destino?

Com as mãos estendidas
buscas uma saída,
mas a porta se fecha,
o céu se retrai,
o mar já não canta,
o vento não dança,
o eco não volta,
o chão se dissolve,
e agora, destino?

Se te rebelasses,
se ousasses um grito,
se rasgasses o véu,
se rompesses as grades,
se o caos te engolisse,
se a noite cedesse,
se o tempo voltasse...
Mas o tempo é surdo,
o tempo é pedra,
e tu, destino,
marcharás sem rumo,
errante e só,
sem porta, sem guia,
sem sombra, sem luz,
sem nome, sem glória...
Destino, para onde?

⁠Silêncio e Destino
Basta-me um olhar furtivo,
um suspiro, um eco distante,
para que sigas meus passos
e eu te guarde além do instante…
— Mas esse olhar, eu não darei.

Uma sílaba perdida
nos abismos da memória
poderia erguer impérios,
desfazer o tempo e a história…
— Mas essa voz, eu calarei.

Para que me desvendes,
sou neblina sobre o abismo,
sou um traço na alvorada,
sou mistério e exorcismo…
— Máscaras que eu mesmo fiz.

E enquanto não me percebes,
as marés dançam sozinhas,
os relógios perdem as horas,
os ventos rasgam as linhas…
— Até que eu desapareça.

⁠É preciso coragem para atravessar a escuridão em busca da luz; é preciso força para romper as correntes e deixar a caverna para trás.