Rio
O LEITO DA ESTRADA
A curva da encosta de barro e grama
É quem contorna o rio.
E o rio fica e as suas margens
Abraçam, num movimento alto e leve
A distância de todos os dias
Suas beiradas quem invadem os caminhos.
Os peixes andam pelas encostas e no areial distante
Nos vales lisos que superam o rio.
Eu entro no rio e atesto o seu estado de inércia
E fico horas, dias, nas mesmas águas
Vendo mudarem as estações
A razão do florescimento e de lugares ermos
O rio se solidifica na demência dele
E os arvoredos vão lentamente passando.
O rio fica onde está e as margens
Mergulham no oceano de sede eterna
E o mar transborda
E as estradas secam
Os peixes que não se misturam
Agarram-se à água
Enquanto garranchos e areia e
E raízes, esteios, pedras se mostram,
No derramamento das paisagens..
Além de quem
Na perturbação do que cumpre a natureza
Que avança para se renovar
Assim tão modificadora e veloz.
Rio Abaixo
Tem dias que eu acordo meio estranho
As flores brilham quando eu as apanho
E o sol me bate de um jeito novo
Lá fora o mundo é tão perigoso
Depois daquele morro tem um rio
E pelo rio vai seguindo o meu rebanho
Não ia lá, tinha medo, tinha frio
Agora eu entro no riacho e tomo banho
E assim nós vamos indo pouco a pouco
Rio abaixo, a correnteza nos levando
E a vida faz com que eu me sinta meio louco
E eu vou nadando, vou nadando, vou nadando
Rio abaixo, tem que nadar com a multidão
Rio abaixo, olha o ladrão, o cidadão e o figurão
Rio abaixo, alô João, tem que nadar com a multidão
Rio abaixo, pro oceano
O oceano, o oceano, o oceano, o oceano
Rio abaixo é o rio do rebanho
O oceano, o oceano, o oceano.
Te amo mais do que o rio com a sua correnteza, pois tudo que passa por ele destrói, mais o meu amor por você enfrenta qualquer correnteza.
A TECNOLOGIA. - Rio de Janeiro / Dez. 1975.
- Sem Deus! [3ª Versão]
60 minutos...
Lá fora tudo é normal.
Canta a passarada
Pasta a bicharada...
Riacho a desaguar
E,
O vento a soprar é normal.
50 Minutos...
Lá fora tudo é normal.
Plaina a passarada
Rumina a bicharada...
Riacho a desaguar
E,
O vento forte... Assobiar.
40 minutos...
Lá fora tudo é normal (?)
Passarada a se calar
Bicharada a espreitar...
Riacho, ainda a rolar
E,
O vento... Calmaria.
30 minutos...
Lá fora tudo é anormal (!)
Revoada da passarada
Bicharada a debandar...
Ainda há água no riacho
E, [Ternos insensatos]
Na calmaria... Agonias.
Um segundo (?)
Trovão a clarear.
É o momento final
Lá fora tudo é calor
Passarada, Bicharada
[Humanos]
Riacho... É vapor.
E, no vento Sol... Terror.
"Ó DEUS!
Por que o homem (?) é tão rude.
Com a inteligência que o deste
Tornou o mundo tão escuro.
E para quem... Por desígnio
Ainda continue a vê a luz - Glorias!
Os tempos serão de lembranças...
- Lamentos!
Deste momento FATAL!
Hoje corre-te um rio dos olhos
e dos olhos arrancas limos e morcegos.
Ah, mas a tua vitória está em saber que não é hoje o fim
e que há certezas, firmes e belas,
que nem os olhos vesgos
podem negar.
Hoje é o dia de amanhã.
E ai de quem não é capaz de rir do que eu rio, porque se a vida já é foda pra mim que rio de tudo, imagine pra quem ainda gasta tempo querendo reclamar dos outros e das coisas que os outros fazem e riem??
Não adianta correr atras, nem tentar fazer e acontecer, cruzar os dedos ou jogar moedas no rio. Quando não é para ser, não vai ser, nunca será. E também não adianta colocar a culpa em si mesmo, as vezes acontece acreditar em algo que não vai se concretizar. Mas a questão é... Como saber quando não é para ser? Bem, essa fica para você responder. Vale a pena continuar?
Assim como um rio a nossa vida corre, por diversos caminhos. Nestes ela encontra algumas pedras e desvia de todas. Por mais dificil que seja o caminho ela desvia.
Pode chamar de falsidade sim, mas eu rio pelas costas de um erro óbvio, eu sorrio mesmo quando não gosto e também falo que aquele vestido estranho é bonito. Por quê? Não é porque eu sou simpática, é simplesmente porque eu aprendi que todo mundo pede sinceridade quando quer mentira, todo mundo quer sinceridade quando a verdade é boa; então se ela não é, eu prefiro omitir. Prefiro falar que o salário todo que você torrou nesse vestido demodê valeu a pena e prefiro rir pelas costas pra você não vir me dar aulas sobre como seu erro foi calculado e tudo saiu como você queria.
A sexta-feira meu deus ganhei no rio de premios por isso que eu fico animada outro dia segunda-feira ah eu vou morrer pssa logo segunda vem sexta-feira mas eu gostava mas de segunda é sexta...
Eu rio,eu choro,eu xingo,eu divirto,eu peco,eu falho.
Não sou perfeito e não prometi isso a ninguém!
Minha memória é um rio caudaloso
Onde, às vezes, eu me vejo submersa,
Afogada, asfixiada.
É um rio de torrentes que me arrasta
E me joga de um lado para outro,
Contra rostos, mãos, casas, esperanças,
Idéias, planos, ruas, despedidas,
Montes, mares, angústias e caminhos,
Pernas, pés, praias, solidão...
Estendo as mãos, as margens longe...
E vou me debatendo
Até que a voz do tempo
E o correr dos dias
Me salvem de mim mesma
E me coloquem outra vez
Nas margens tranqüilas do esquecer.
O rio que chega até o mar sabe o que é preciso pra se tornar oceano! Quem é grande não sabe ser pequeno, quem ama muito não sabe amar de menos! Eu sou o cara da música do Roberto Carlos!
Mesmo sem intender continuo a viver, olho esse rio que corta o mais profundo de minha alma, se fosse possível não sentir eu não teria alma mais hoje apenas peço para que tudo termine bem, e você também.
Choro bastante por sua falta,so que as minhas lagrimas nao sao capazer de nascer um rio onde pode navegar até chegar ao seu coracao.
Dia cinza, ponte sobre o rio, paciência zero, sono mil, vontade de sair pela rua girando, girando, girando…
💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.
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