Rimas sobre a Juventude
►O Que Faremos?
Você disse que estou diferente,
Que não somos mais como antes
Você disse que não te acho mais atraente,
Que possuo outra, uma amante.
Eu falei que você está mais distante,
Que não estamos mais sincronizados
Eu falei que não aproveitamos mais os instantes,
Que deixamos de estar apaixonados.
Suas amigas dizem que falo mentiras,
Que a nossa história nunca teria um futuro
Elas alegam que eu sou o motivo das brigas,
Que sou eu quem está construindo o muro.
Meus amigos te culpam pela maneira que estou,
Que você está apenas me prejudicando
Eles frequentemente falam que você me abandonou,
Que você já não está mais me amando.
O próprio tempo começou a nos revelar,
Que nós dois mudamos de mais
Ele está deixando claro que nosso amor não irá durar,
Que deixamos de amar a muito tempo atrás.
Não tenho certeza de nada, sinceramente
Você já não visita tanto a minha casa, infelizmente
Não tenho mais forças para persistir na jornada,
Ainda mais se insistirmos em usar máscaras.
Já lhe digo que não estou bem,
Que jamais pensei que estaria escrevendo assim
Não sei se poderemos voltar a sermos zen,
Não sei dizer se chegamos ao nosso fim.
Você ainda pensa em mim? Se sim, diga
Pois, preciso saber, preciso que me responda
Não estou conseguindo apaziguar a minha vida,
Estou tentando ignorar a depressão, que tanto me chama.
Eu gostaria de saber o que se passa em sua mente,
Dessa maneira eu saberia o que fazer
Honestamente, eu quero que sejamos contentes,
Como antigamente, lembra-se do amanhecer?
Escrevo aqui tão inseguro, com medo
Escrevo temendo o futuro, de segui-lo sozinho
Diga-me, você também teme o mesmo?
Se sentir, por que então não tentamos o mesmo caminho?
Estou buscando uma solução, a pedido do coração
Eu te quero e, se o problema for de fato eu,
Então, creio ser inevitável a separação
E, a palavra que jamais pensei em pronunciar, eu direi,
Adeus.
A distância invade e o peito se abre
Coração dilacerado no ritmo da batida
É como descobrir uma rua sem saída
Mesmo com a mente confusa
Mantenho a cabeça erguida
Levo isso como regra de vida
Escolha seus sonhos por mais loucos
Que sejam.
Sonetos de José Guimarães
Noite
Ó noite perversa que não me deixa dormir
Que me mantém acordado pensativo e
angustiado
Devolva-me a paz e não me deixe
amedrontado
Preocupado com o rumor que vem lá de
fora.
Nunca sei se é riso o clamor da rua que
ouço
Ou desentendimento dos passantes
apressados
Mas como fico pensativo com os sentidos
ligados
Penso sempre no pior e com isso menos
adormeço.
O rádio do carro que passa tão alto me
acende
Revigora minha energia, mas de deixa
impaciente
Porque o barulho me faz ainda mais ficar
acordado.
Vozes que vem lá de fora que parecem de
pessoas brigando
Aguçam-me o sentido e de repente me
descubro espionando
O que não me interessa e com isso me
mantenho acordado.
Sonetos de José Guimarães
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Eu venho equipado com naturalidade
Minhas toneladas de pressão
O dom da desestabilização
Cortando os seus membros
Igual Domingão do Faustão
►Janela na Tempestade
Dia vinte e seis de outubro de noventa e seis
Sob uma árvore, me protejo da chuva
Mesmo que eu tenha o guarda-chuva, molho minha blusa
Da janela do outro lado da rua, vive a musa
Mal sabes que estou aqui, vendo-a tocar seu violão
Notas que, em meio a fria tempestade, aquece meu coração
Não sei diferenciar minhas lágrimas das várias gotas
Acho que irei gripar se continuar com essas roupas
Mas, não quero me mover, quero vê-la, só mais uma vez
Quero abraçá-la em minha imaginação, mesmo que passageira.
A força do vento a obriga a fechar aquela janela
A janela que de longe tanto admiro, que de longe vejo aquele sorriso
Do outro lado da rua, com a janela fechada, está ela
Bela, por quem me apaixonei naquele dia de céu aquarela
Naquela janela está a minha porta para a felicidade
Joana, abra a sua janela, diga que me ama
Assim como já fizeste em meus lindos sonhos, doce dama.
Não se importe comigo, não estou com frio
Só me deixe ficar te admirando, apenas para saciar meu vício
Espero que você leia a carta que deixei à sua porta
Espero que a rosa junto a ela não seque
Espero que a tempestade não acabe, e que você continue aí
Tocando meu peito com o violão.
Joana, creio estar um pouco tonto, minhas mãos estão pálidas
Já amanheceu, meus olhos lacrimejam por não a vê-la da janela de sua casa
Joana, aceite minha carta, ela é tudo o que restou de mim
Com amor, o Tolo, fim.
►Ausente
Por que você não visualiza minhas mensagens?
Meus sentimentos estão dizendo que você é covarde
Sabe que eu quero te ver
Sabe que eu tenho frequentemente sonhado com você
Diga o que eu preciso fazer.
Sua pele morena faz falta
Sinto-me preso a algemas, por sua causa
Diga apenas que irá me ver hoje,
Que imediatamente farei minha barba,
Para te sentir em meus braços a noite.
Apesar da carteira denunciar minha idade
Ainda sou um moleque, na mentalidade
Quero sentir de novo aquele beijo doce
Sei que sonharei com você, isso virou rotina
Acho que vou sonhar com você dizendo que és minha, para vida.
Mas, assumo, eu não queria me tornar tão cativo
Mas, o seu amor eu realmente necessito
Urgente, acho que estou em estado crítico.
Nossa, acabei me apaixonando por ti
Não sei dizer o que você fez para me deixar assim
Ontem eu escrevi uma letra, depois sorri
Um riso bobo e inocente
De um sentimento crescente.
►Cartas
Minha mesa está repleta de cartas
Cartas que não tive coragem de enviar
Cartas que não irão te alcançar, cartas
Aqui escrevo mais uma, estou juntando a coragem
Não sei se você irá sorrir ou me odiar
Leia ela com carinho, por favor, nela está o meu amor.
Meus cadernos guardam meus sentimentos
Meus arrependimentos, e nossos momentos
Como um cata-vento, leio eles para me refrescar
Para me lembrar que tenho a quem amar
A quem dedicar meus versos, você, dama, para você
Escrevo aqui pensando no seu beijo
Tão doce que permanece em meus lábios
Macio como uma pétala, uma flor.
Não sei se a verei novamente
Sinto-me estranho esses últimos dias
Gostaria de te abraçar, admirar seu sorriso cativante
Gostaria de caminhar de braços dados no parque,
Mas, ultimamente tenho me sentindo cansado
Quero te ver,
Meu coração implora para que ele seja acariciado.
O doutor disse que eu deveria realizar todos os meus desejos
Por favor, leia essa carta, a escrevi do fundo do meu peito
Se você a colocar em seus seios, sentirá meu calor
Quando eu partir, lembre-se de mim, guarde-a para si
Que estarei sempre em seu coração, meu arco-íris, meu serafim
Fim.
►Cicatrize
Estou acabado, olhando pela janela
Esperando quem nunca irá chegar
Esperando pela doce e fofa donzela
Não esperei que fôssemos ficar juntos
O destino lutou contra mim, por muito
O tempo me apunhalava a todo momento.
Eu juro que tentei ficar junto dela
Juro que fiz de tudo pela morena
Mas, ela mesmo não tinha esperança
Lutei, por meses a fio, sem conforto ou segurança
O adeus enfim se desprendeu de meus lábios
Choramos, nós dois, e continuo em lágrimas
É difícil, está sendo difícil suportar o passado
Pois, minhas dedicatórias para ela, estão nestas páginas
Meu amor por ela está em canções, seu cheiro ficou no meu quarto.
Queria dizer que a amo, que não irei desistir
Mas não sei se o meu coração irá resistir
Queria dizer que ficarei com ela
Mas não sei se consigo aguentar mais sequelas
As minhas cicatrizes ainda não fecharam
Sinto sua falta, sinto muito a sua falta
Talvez minha inspiração para escrever entre em férias
Sinto sua falta, sinto vontade de chorar
Apaguei nossas fotos, mas as letras e textos te tornarão eterna
Mas eu te amei de mais, com todas as minhas forças
E continuarei a sonhar, lembrar e chorar.
►Cético
Este ano novo infelizmente será como os outros
Estarei apenas remoendo meus erros
Enraivecido pelos tantos enganos
Pelos "eu te amo" ditos com afeto, mas
Que acabaram morrendo no intenso deserto
E, me vi apaixonando novamente
O meu coração, tolo como só, se feriu gravemente
Se entregou, com caixa e tudo, tão inocente
Mas, na espreita daquele lindo jardim, se encontrava
A hedionda, repugnante falsidade, junto à ilusão
E, acabaram dilacerando o que pensava ser a tal paixão.
Este ano eu naveguei, sem encontrar terra
Beijei várias sereias, mas não encontrei a "certa"
Meus lábios se aqueceram no calor dos devaneios
Nas curvas e nos seios, em anseio
Mas, passarão a virada, em desespero.
Não espero um novo rumo, mudanças
Nunca conseguirei ser diferente do que sou hoje
Continuarei carregando a tristeza que tanto me cansa
Mas, talvez, só talvez, eu me torne um monge
Que eu passe a formar meus próprios planos
Sem que sofram mutações a favor de outros
Cansado eu me encontro, tantos desamores
Tantos desencontros, tantos abandonos
Tão cético ao ponto de esperar algo novo
Um amor, um conforto, até mesmo um sopro.
►Ilusão
O que é a ilusão
Se não um sofrimento atrasado?
Que chega no momento mais frágil
Trazendo um falso sentimento satisfatório
Acarretando em um fim trágico?
O que é a ilusão,
Se não a miragem de algo bom
Que se revela sem piedade,
Com exatidão, violência, inquietação.
O que é a ilusão,
Se não um boa noite,
Sem interferência do coração
Ou até mesmo um bom dia rancoroso
Talvez quem sabe uma oração,
Que pode ou não se realizar
Um pássaro, com asas, mas que nunca irá voar
O que é a ilusão,
Se não algo feito para se acreditar
Se enraizar, e enganar?
►Velas de Janeiro
À luz de uma vela simples,
Eu escrevo, para ti, acredite
Ainda penso em nós, ao arco-íris
Ah, mal sabes o tempo, o quanto queria
Que o infinito desse graças aos momentos
Como uma bênção, afastando assim, o medo
Medo de esquecer, medo do vento soprar e levar
Para longe, e nunca mais retornar ao lar.
Em pouquíssimas palavras, lacrimejo
Uma dor desfere golpes sobre o meu peito
Como se desejasse meus gritos em desespero,
Como se almejasse me despir ao relento
Enquanto a chama se contorce,
E a vela, aos poucos, morre.
Amada minha, minha estrela, guia-me
Para seus braços, para longe deste corpo em pedaços
Afaste-me destes espasmos, leve-os ao espaço
Dama, como desejo vê-la, fervorosa é minha vontade
Vontade de correr, pular o penhasco, e te encontrar
De corpo e alma, alma fogosa, em pura prosa, por horas
Senhora, dai-me a permissão, deixe-me vê-la, mais uma vez
Deixe-me senti-la, beijá-la, só mais uma vez.
Enquanto a vela falece,
O meu coração não mais se aquece,
Enquanto o tempo desaparece.
►Céu Azul
Não se preocupe, querida
Mesmo que eu vá embora e não volte
Ainda estarei contigo, andorinha
Para sempre estarei, pois então, não se afobe.
Nosso amor quebrou tantas barreiras
Tantos muros desabaram
Guerreamos e conquistamos, nas trincheiras,
O nosso amor, recém liberto
Pois então, não chore, não se desespere, sereia
Sinta essas palavras, deixe que ecoem
Em direção ao seu coração, princesa.
Mesmo que eu desapareça,
Deixarei, como presente, seus poemas
Poemas que dediquei por anos a fio
Invernos se passaram e nunca os deixei ao frio
Deite-se sobre meus braços, em paz
Sorria, e assim como um menino, pedirei por mais
Seu amor eu nunca poderei silenciar,
Os ventos vindos do Norte me farão recordar
Me farão chorar ao escutar, longe, seu nome
Sei que odiará, sei que irá me insultar
Mas, sei também que continuará a me amar
Assim como eu, independente de onde esteja
Tal carma, tão doce, mas por vezes doloroso
Que nos induz a sentir falta de quem não nos pertence,
Que nos causa lágrimas, em um dia de verão impiedoso.
Por vezes, querida, me perguntei
Se não loucura, escrever sem te ver
Mas, confesso que uma resposta não encontrei
Então segui em devaneios, criei sonhos e pesadelos
Sonhos em que me encontrava contigo
Pesadelos acordados, quando notava que estava sozinho.
Por vezes, querida, eu sentia
Dores invisíveis, representantes da saudade
Pela solidão, pelo vazio, pela monotonia do dia
A antiga felicidade fora trocada, pelas manhãs repetidas
Te procurei tanto, pelas costas, rios, até pântanos
Qualquer lugar que pudesse indicar seu paradeiro
Sereia, ninfa das águas, eu te amo, ano após ano.
Sinto que minhas forças estão se exaurindo
Queria, como dito, te ver mais uma vez sorrindo
Aquele sorrisinho lindo, puro, envolto a brilho
Como uma estrela, me chamando de bobo
Apenas mais uma vez, ser teu louco
Te carregar pelas ruas a fora, pedra após pedra
Pelas ruas de terra, até o paraíso, as cobertas.
Não se preocupe, querida
Mesmo que eu vá embora e não volte
Ainda estarei contigo, tulipa
Apenas feche seus olhos.
►Hortênsia
Perdido em seu olhar,
Sinto um conforto, difícil de explicar
O amor deixado com o seu passar,
Me traz tanta paz
Em prazer desejo me afogar, em te ver
Sinto uma vontade de te procurar,
Quando vejo sua foto e a chuva vem me visitar
Mas, cadê você?
Pelas calçadas eu me envolvo
Entre miragens e paisagens me emociono
Lembrando da sua felicidade, como te amo
Seu sorriso, tão saturado em elogios
Mas que, mesmo agora, continua lindo
Confesso que não sei como defini-lo,
Apenas sei que é justamente o que preciso.
Ah, Marina, Margarida, Hortênsia
Quem sabe um dia, numa quinta, eu te abrace
Em ofensa, logo grito, distância ingrata
Por que me maltrata? Deixe-me trocar palavras
Paixão, afeto, com uma sonoridade em graças
Uma ou duas cartas, para a amada
Deus há de perdoar, mas, não consigo parar de cobiçar
Meu amor se tornou um carma, que me faz chorar
Saudade, querida, não se preocupe, sinto apenas saudade
Choro, molhando as folhas com lágrimas de verdade
Mas, quem sabe um dia, numa quinta,
Eu encontre novamente a minha metade.
►Vela ao Norte
Passei por lá hoje cedo
Esperava te avistar na janela
Ao não te ver, senti um medo
Como se não fosse mais vê-la.
.
A labuta foi árdua pela falta
Minha mente estava toda em ti
Pensei em sair cedo para ir a sua casa
Mas o dever me proibiu de ir.
.
Logo ao tardar, lá passei novamente
A janela continuara fechada
Toquei a campainha brutalmente,
Esperando que viesse toda empolgada.
.
No silêncio da noite acendi uma vela
A encostei perto do nome ao Norte
Admirei por um tempo sua foto bela
Até me adormecer sob o aroma da morte.
►Te Amo
Falar de amor sem pensar seu nome não faz sentido
Tal como ir a um circo sem cobiçar um sorriso
O que sinto por você, quem vê de longe pensa que sou rico
Pois fico numa vontade louca de te comprar um oceano
Difícil, eu sei, morena, é bem difícil.
.
Mas, quem sabe, em um futuro próximo
Eu consiga um cantinho para nós nos amarmos?
Sem brigas, sem discussões
Só nós dois, sem culpa ou descaso?
.
Fiz para você tantos rascunhos do meu amar,
Que hoje, parece até que aprendi a cantar
Não pego mais o caderno
Não me vejo mais descoberto naquele frio de inverno
Tudo o que sinto é o calor do seu corpo, no cobertor,
Me abraçando
Me completo, com seu sorrisinho predileto
Não me contive e rabisquei,
Mais um textinho ou alguns versos
Guarde-os bem, por perto
Para que os entregue quando eu a pedir
Sua mão?
.
O futuro é incerto, eu sei
Mas, hoje tudo o que sinto por você é o amor indiscreto
Que não se abala, que sai em protesto, pelo tocar da morena
Que meu coração hoje pula todo inquieto, crédulo.
É sobre chorar e saber que tá tudo bem as vezes se desmanchar
É sobre saber que além das subidas existem as quedas
É sobre se permitir e sentir
É sobre errar e aprender
É simplesmente sobre viver
- É sobre
Parece que o mundo tá tão pequeno pra caber tanto sentimento
Olho ao redor e me sinto diferente
Sempre procuro ser sincera e transparente
Mas as pessoas não gostam de ser leais
Às vezes sinto que sinto demais
A vida deveria ter manuais
Eu nado na minha intensidade
E sempre me afogo nessa verdade
Gostaria de ser menos
Mais quanto mais eu tento
Mais eu aumento
- Eu Aumento
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