Renato Russo Poemas sobre a Vida
SUA VALIA
Só me importa o seu olhar,
Não importa minha dor.
Toda loucura que ajuntei
Foi a linha tênue do amor.
Um hostil querendo predicar
Palavras que não tem sentido.
Sedento de remissão.
Prantos rolam sem cessar...
Invado os sonhos teus,
Batalhando a atenção
Suplicando o afeto seu
Para acalentar minha solidão.
Só importa sua luta,
Não meus sonhos
E minha busca.
Mas fantasio ser inconho.
FACETAS
Suas facetas exprimem todos seus sentimentos,
Fazem-me rir, fazem-me chorar...
Seus olhos dizem-me quem é
Apenas num piscar...
Ainda que em silêncio
Sua voz transpassa meu eu.
Um instante para ler seus pensamentos,
E não me esconde os sentimentos.
Sou esperança nas noites escuras e frias,
Abraça-me o mundo
Os seus abraços intensos.
Aquece minha vida em todos os momentos.
POESIA VIVA
Pensamentos incontroláveis povoam minha cabeça
Pensamentos de você...
O avivamento da alma em constância,
Poesia lida que purifica e acalma.
Veio-me em versos simples
Arranjada com melodias orquestrais,
Encantando meu mundo interior
Ecoando em seus quintais.
Poesias não são minhas,
Esvaem-se pela tinteira,
Cobrem os papéis seguindo as linhas
Na mais branda sutileza.
LOUCO
Eu quase que sou louco...
Eu quase que sou louco...
Eu quase que sou louco...
Não se vá... Quase sempre eu sofro.
Eu quase que sou louco...
Eu quase que sou louco...
Eu quase que sou louco...
Não me abandone...
Às vezes eu quase morro.
A FONTE BRANCA
O mendigo maldiz de mim,
E eu que não sou louco, não discordo!
Diz-me que não sou capaz,
Que estou indo em vão.
Mas tu vens e desmente,
Todos os dementes.
Diz-me que sou ciente
E forte. Só me resta ser crente!
Sigo os dizeres da fonte branca,
Pois é dessa água que quero beber.
E agora eu tenho sede,
Sacia-me com um beijo na boca.
O SEU SILÊNCIO
Porque não fala comigo, anjo?
Porque não ouço sua voz?
Eu que tenho em ti todos meus sonhos.
Vozes me dizem não poder falar...
Primeiro foi um homem e agora uma mulher.
Não acredito em ambos e não desisto.
Fale-me, anjo!
Enquanto isso faço poesia do seu silêncio.
Mesmo quando não é voz, vem um som...
Um que se repete, ecoa em minha cabeça.
Enquanto isso faço poesia do seu silêncio
E esperança da nossa fé.
OLHOS TRÊMULOS
Você me fala de seus olhos trêmulos
E Meus olhos não cansam de olhar os olhos teus,
Fala-me seus olhos
E olho enquanto não cega os olhos meus.
Leio seus lábios tão sábios,
Finos e suaves, sedosos...
Meu desejo incontrolável,
É objetivo e meu propósito.
O CONDENADO
De que importa ser vivo, sentido, sem tino, sem valor?
Eu não consigo ser diferente de mim mesmo.
Não consigo não sentir o que sinto.
Estranho é ser reticente...
Não me julgue! Que não me condeno!
Faço-me impune e detenho-me.
Aprisiono-me em teus braços
E declaro-me culpado! É prisão perpétua!
TUDO
Que asas lindas você tem, meu anjo!
E que perfume exala quando você me vem...
O bálsamo presente em meus dias,
O vento suave que bate em meu rosto.
É tudo que tem, quando você me vem...
O brilho no olhar, a força e a coragem,
O amor que não tenho meu bem...
É tudo que tem, quando você me vem...
OLHARES DE FOGO
Eu via a saudade, porque ela existia,
Eu tinha saudade, porque eu a sentia.
E tinha medo da verdade enquanto você partia
Sentia pena do meu amor que aos poucos se entristecia.
Eu vi você distante dos meus olhares de fogo,
Vi a felicidade partindo de mim também,
Era a vida me tratando com desdém.
Eu era tão pouco, agora pouco.
E do contrário tudo era...
Quando agora resta a espera.
A esperança do seu retorno
E o perdão do abandono.
SURREAL
As chaves que antes perdia com frequência,
Agora encontro no início da semana,
Mas quando é o fim, tiram sarro de mim.
Agora sei que é impossível cruzar o rio,
Pois o gelo derreteu e esta faltando chão,
Sei que a água é turva e impede sua visão.
Ainda que caiam tempestades com raio e trovão
Sigo meu curso na sua direção,
Sem parada errada, sem interrupção.
Não sei se avistarei terra
Ou se descobrirei as índias,
Mas posso imaginar o que me espera.
Então só agora percebo,
Que estampado na lua seu rosto eu vejo.
É o que me guia todos os dias.
Uma brisa leve toma conta de mim,
Sinto o perfume da senhora que amo,
E é tão bom quando o ar esta assim,
É caminhar num céu de nuvens de algodão,
É beijo sonhado e beijado na solidão,
Súbita aparição do meu anjo.
Suas mensagens não li ainda,
Mas imagino como redigiu cada uma.
Deitada de bruços na cama, tão linda;
Com um dos braços apoiando a cabeça
Que pensativa compõe as linhas com palavras saudosas
E de carinho pedindo para que não esqueça
As noites estreladas e risonhas,
Os abraços fortes nas chegadas
E as conversas duradouras e as promessas.
Um bocejo e uma pausa para saciar a sede,
Devagar uma gotícula passeia pelo colo que é meu
E arrepia o corpo pálido, sedoso e inocente.
Um vento brando e rápido entra pela janela,
Acaricia seus cabelos soltos com ardor,
São meus pensamentos desejando o que é seu.
Daqui posso ver seus olhos se fechando em lembranças
Como no sonho de uma criança
E no prazer de um grande amor.
PAGÃO
Nasceu.
Nasceu, de um olhar choroso que finda no lamento.
Cresceu.
Cresceu, na esperança perdida entre o tempo e a dor.
Se morre?
Se morre, não sei. Talvez se misture a essa atmosfera
ferida
Ou se perca na escuridão.
CONTÍGUO
Corações alheios a qualquer emoção
Caminhando para extremos distintos
E você não estará comigo quando eu estiver no fim...
À beira do abismo... Longe de mim...
Eu só queria ter todos os meus sonhos,
Mas não os sonhos de agora...
Quero aqueles com o perfume de você, sonhos de outrora.
Sonho, choro e não acho graça.
Sonho e sofro na penumbra do esculacho.
Quem vai me falar de amor enquanto não me acabo?
Não há cores nesse meu mundo de lembranças,
Não vejo os tons azuis que você trazia-me.
Em qual galáxia você vai brilhar se não na minha?
E quem vai dizer coisas bonitas para eu sorrir?
Quem vai fechar meus olhos quando eu cair?
Eu invejo todo abraço seu que excede...
Todo aquele que não é meu,
Todos aqueles que não me deu.
Eu vi o brilho dos seus olhos numa noite escura,
Ele iluminou o caminho por onde andei,
Purificou os maus pensamentos que me assusta.
Um artesão
Tentei esculpir sentimentos, utilizei deversas materias primas.... Argila, madeira, pedra e entre tantas usei mais uma. Igual a um artista empreguei ferramentas de trabalho..... Pincel, talhadeira, martelinho e entre tantas usei mais uma. Busquei nas artimanhas das artes algo para aprimorar aquilo que tentava recriar e entre tantas usei mais uma. Ja desesperado me envolvir com varias mulheres.... Carinhosa, exuberante, compreensiva e entre tantas ate que poderia usar mais uma. De nada iria adiantar, porque não existe materia prima, ferramenta e muito menos artimanhas que possa ressurgir em outro ser o que sinto por vc. Sentimento que posso chamar de " ARTE"
Há quem dizem que sou mito,
Há quem dizem que sou morte,
Sou seu melhor pesadelo, sua sorte.
Sem cerimonia, sem rito, um ato,
Assim nasceu Renato,
Que mesmo nao sendo Gato,
Nesse mísero formato,
Renasce, resurge, revive é fato.
Posso te falar palavras de amor,
Posso te causar a mais incessante dor,
Mas se voce vier comigo,
Terá seu seguro abrigo,
Se ele largou tudo pra com voce ficar,
Contruo o dobro pra te empunhar,
É ruim gostar de um carneiro,
mas sem provocar um salseiro,
Digo que desde aquele nascer do sol,
Não sou mais eu inteiro,
Até tento renascer, fagueiro,
Mas a cada tentativa me vejo ao meio,
Metade desse mito, que ficou em Bonito.
Pode latir... late...
Como um boi indo pro abate...
Seus gritos nao sao mais ouvidos....
muito menos entendidos...
Se tiro seu sono, peço perdão,
São apenas poemas, e não um sermão...
Au au, isso é normal, pra quem quer se igualar a um animal...
nao faz mal,
Me animo em ver sua animalesca performance de bixo,
Mas pra quem já comeu do lixo, e ja viveu nesse nicho,
Tudo é compensador...
Até mesmo a dor, de perder um grande amor.
"É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente..."
"Para algumas pessoas, projetos são maiores que lugares, sonhos vão muito alem das distâncias, realizações não tem fronteiras, lágrimas afogam saudades, e conquistas tem o tamanho do mundo"
Renato Jaguarão.'.
"Tem-se como maior
crítica existencialista
posicionar-se diante
do além do espelho"
[...]
Sorri, mas poderia ter
prolongado o sorriso;
Encantei e cantei para
quem me deu ouvidos
Sofri no tenebroso mar
da cultura pseudolinear,
coberta de paradigmas,
algemadora de sonhos
Entre tantas poesias
refletindo minha vida,
meus desejos de paz
e mãos que advertem
Abrir mão da minha vida
jamais me faria um herói,
além do mais, tenho filha
e ela me traz paz interior
E tenho a mim para cuidar,
fruto de amor de gerações,
versão melhorada dos pais
e das próprias encarnações
Folhas secas vão caindo,
é outono no mês nono,
mudança quase forçada,
dando razão a este ano
O desprender de velharias,
deixa-me em status liberto,
apto a exalar as novidades,
e captar bons sentimentos
[...]
Continuo aprendendo
as lições além do véu
acobertado de razões
Ferir-se é previsível,
mas ferir é optativo;
respeite as emoções
[...]
"Sigo firme, livre para amar,
para me entregar por total,
construindo novos sonhos
que é meu sumo existencial"
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