Renato Russo Poemas sobre a Vida
Sim, eu quero que dê certo, muito, tanto. E por isso não vai dar; quanto mais se quer, menos se pensa e mais cegos ficamos. Pra nós, pros outros.
A melhor ferramenta que é usada nas principais obras é o pensamento, e ainda há muitos casos de acidente de trabalho.
Quando se publicizou o vocábulo "amém", ocorreu um equívoco gráfico: quis se dizer |que eles|elas "amem"|, no imperativo afirmativo.
Pessoas ausentes, estranhas, vazias. Distraídas com o umbigo de fora alheio enquanto atravessam a rua ou até mesmo quando esperam a porta do ônibus abrir só pra acelerar a chegada em casa... "..Com licença vai descer no próximo? " Eu diria o mesmo.
Era segunda - feira e ela fazia bico enquanto mexia a cadeira, ao atravessar a rua. Mexia tanto que parecia cobra a rastejar, era um rebolado que não deixava a desejar. No seu olhar algo que dizia "Como eu amo o fim do dia." Me deixou mesmo intrigado aquele rebolado e a cabeça que mexia para todos os lados. Ah sim agora tá explicado não era qualquer rebolado era de uma negra mulher que confiada andava sem olhar pro lado. Ao terminar sua travessia percebi que a mulher sorria como quem dizia "Como eu amo o fim do dia."
Bora ali desentupi o esgoto perto da casa da vózinha. Sem ganhar nada, nem uma moedinha. Corre anda logo ela tá sozinha, se não vai alagar toda a cozinha. Trás rodo, vassoura, pá e luvinha, que o esgoto entupiu com uma lata de sardinha. Pega, segura, anda que a chuva tá forte e se tivermos sorte ninguém vai perder o chinelo nem a ficar esperando o suporte da prefeitura que na nossa luz deu corte. Mas depois eu te levo pra conhecer a vózinha, ela é pequinininha... Velhinha tadinha. Corre gente que a chuva vai encher a casa da vózinha.
Sem massagem, dó, nem piedade a água leva embora tudo. Sua mesa, seu amor até a sua vontade. Vontade de permanecer em pé, empurrando a água pra fora, lutando contra a vilã que mata afogada de madrugada as esperanças de quem não tem mais nada. O céu azul engana e traz um conforto parecendo que não existe mais aquele muro torto pertinho de desabar, e levar embora o que já não se tem, mas deixa a preocupação de se amanhã esse pesadelo vai acabar.
De braços abertos a espera do vento, esperando ele chegar pra abraçar meu corpo e levar embora o calor em que me encontro. Aos pouquinhos, bem devagarinho vou aprendendo a manusear essa brisa leve que me toca sorrateiramente. A decisão de fazer diferente aconteceu simplesmente porque o sistema nervoso acelerou de um forma diferente. Aqueceu o corpo e a mente assim de repente. Ouvi dizer que é raiva mas imagina só minha gente se eu perderia meu tempo me bagunçando totalmente por conta de um estressezinho bobo. Fiz o que deveria, liguei o ventilador uma vez que o vento não entrava na sala, dançava do lado de fora e ora ou outra na janela batia. Me refresquei enquanto pensava em lavar os pratos da pia uma vez que o calor não cessava e nem o vento abaixava o calor que eu sentia. Num momento eu me senti num deserto, acabou água e não tinha ninguém por perto. Foi aí que aproveitei, coloquei uma música e relaxei. Num grau tão intenso que hoje de manhã quando acordei me perguntei. Ué, onde esta o meu estresse? Onde foi que deixei?
Gostar de alguém tem peso um pouco indiferente se for comparado com o quanto é frequente o meu hábito de misturar tudo na minha mente. Minimamente garanto não sofrer com desilusões só não sou capaz de garantir deixar de amar, mesmo que isso machuque e gradualmente esteja a me matar. Fecho os olhos e me vejo lá no lugar onde quero estar, do seu lado, no nosso lar. E quando acordo quero te perguntar se você gostaria de estar comigo lá. O desafio é pra quem perguntar. O coração congelado nem insiste nessa ação. Grita, bate mais forte e machuca as veias entupidas desse sentimento, tudo em vão. Sinto o coração se transformar em concreto porque quando me abraça eu fico quieto. Querendo sair do seus braços e correr só pra não ter que passar mais uma vez pelo amor e não deixa-lo permanecer. Pra não acontecer de amanhã eu acordar com a sensação de vazio sem nem saber porque.
Por gentileza meia dúzia de bom senso, duas doses de sinceridade e um kilo de sensibilidade pra quem tiver vontade de gastar solidão ao meu lado. Naquele banquinho largado. Não tem muitas exigências, só irei pedir paciência pra não fazer confusão. Afinal nessa onda de gastar solidão é o meu coração que fica a mercê de machucar de novo em vão.
Desde que aprendi que o tempo é marcado em horas, dias, meses e.... Me esqueci de esquecer o tempo. O estranho senhor chato que não quer nada com nada. O tempo não passa de um patrão padronizador de vontades. Organizador de loucuras, que nos prende em pequenos espaços de tempo destinados a cada coisa. E o pior é que este ladrão nos roubou a noite e a destinou para dormir ao invés de contemplar a beleza do rubro céu vez em quando estrelado, coberto de nuvens ou limpo exibindo a Lua nas suas diversas fases. A cada momento se torna mais legítimo meu amor pela luz da noite, seja a alva da lua ou a dourada dos postes, sempre acompanhadas pela brisa leve característica da noite. Eu não quero uma boa noite de sono eu quero uma ótima noite bem aproveitada sob o luar incandescente e o senhor tempo que não venha me incomodar contando os minutos que tenho pra descansar!
Prosa na rede, falando de amor e da gente, ou melhor de nossa gente que causa briga, churrasco e sorriso sem dente. Me deixem aqui pra sempre na cia. dessas loucas guerreiras compartilhando vivências, indecências e agradecendo aos céus por cada penitência.
Me deixe aqui a morrer de amor. Por favor, não incomode, permita que eu me acomode a essa pulsação mais forte, a esta suadeira sem razão. Me encaro no espelho e me vejo com uma cara de boba apaixonada, solta a esse novo amor. Sinto que que este amor transcenderá minha própria vida, e se perpetuará na próximas gerações. Sei disso porque a cada toque o amor responde agitado, a cada acalento fica mais claro seu jeito raro de se manifestar. Fico rodeando porque não sei explicar. Esse amor é crucial pro meu viver, me ensinou a me amar. Faltam 12 semanas pra tudo concretizar, mas quem sabe até a última delas o amor não resolve se apressar e de surpresa sair do meu corpo pra que eu possa o ouvir chorar. Esse amor ainda não tem nome mas daqui três meses terá. Mas dentro desses seis meses me ensinou que a gestação é a escola mais completa pra aprender a amar
Outono te deixo ficar, tome junto comigo um café. Em contrapartida te peço um pouco de sol no meio da tarde, pra aquecer minhas folhas douradas. Pois há ainda orvalho em meu rosto que não pude secar.
Eu chovia amor enquanto você inteiro secava ao arder de um sol insensível chamado medo. Infelizmente dessa vez não tentarei ser tempestade...
Enquanto chove lá fora, dentro de mim instaurou-se uma tempestade. Não sei se em um copo de água ou numa bacia hidrográfica. Mas chove em mim água que inunda a todo momento meus sentimentos, limpa um pouco da minha loucura, refresca meus sonhos, leva em bora meus medos. E me dá sossego, ao menos um pouco pra fechar os olhos e silenciar o corpo pra ouvir a água correr, encher os olhos e o nariz contornar.
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