De braços abertos a espera do vento,... Renato Almeida

De braços abertos a espera do vento, esperando ele chegar pra abraçar meu corpo e levar embora o calor em que me encontro. Aos pouquinhos, bem devagarinho vou aprendendo a manusear essa brisa leve que me toca sorrateiramente. A decisão de fazer diferente aconteceu simplesmente porque o sistema nervoso acelerou de um forma diferente. Aqueceu o corpo e a mente assim de repente. Ouvi dizer que é raiva mas imagina só minha gente se eu perderia meu tempo me bagunçando totalmente por conta de um estressezinho bobo. Fiz o que deveria, liguei o ventilador uma vez que o vento não entrava na sala, dançava do lado de fora e ora ou outra na janela batia. Me refresquei enquanto pensava em lavar os pratos da pia uma vez que o calor não cessava e nem o vento abaixava o calor que eu sentia. Num momento eu me senti num deserto, acabou água e não tinha ninguém por perto. Foi aí que aproveitei, coloquei uma música e relaxei. Num grau tão intenso que hoje de manhã quando acordei me perguntei. Ué, onde esta o meu estresse? Onde foi que deixei?