Reflexoes de Olga Benario

Quem é capaz de suportar tudo pode atrever-se a tudo.

Das mulheres, como das outras coisas, usa; não te fies, porém, nelas.

Nada, absolutamente nada resiste ao trabalho.

A imaginação exagera, a razão desconta, o juízo regula.

O escravo apenas tem um senhor, o ambicioso tem tantos quantos lhe puderem ser úteis para vencer.

A glória é o sol dos mortos.

A atividade sem juízo é mais ruinosa que a preguiça.

Não ser amada é uma desventura; mas deixar de sê-lo é uma afronta.

Vive mal quem só vive para si.

Despendo mais energia numa discussão com a minha mulher, do que em cinco conferências de imprensa.

Os lugares de chefia fazem maiores os grandes homens, e mais pequenos os homens pequenos.

Apenas um homem de gênio ou um intriguista se atrevem a dizer: «Fiz mal». O interesse e o talento são os únicos conselheiros conscienciosos e lúcidos.

Como se há-de governar um país que tem 246 variedades de queijo?

Seja no que for, temos de ter em conta a finalidade.

Qualquer povo defende sempre mais os costumes do que as leis.

Os homens investidos no poder crêem na duração do presente.

O amor-próprio do tolo, quando se exalta, é sempre o mais escandaloso.

A mais sutil loucura é feita da mais sutil sensatez.

A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.

Perdoamos tudo a nós próprios e nada aos outros.