Reflexoes de Olga Benario

Mais que as idéias, são os interesses que separam as pessoas.

As viagens dão uma grande abertura à mente: saímos do círculo de preconceitos do próprio país e não nos sentimos dispostos a assumir aqueles dos estrangeiros.

Todas as grandes personagens começaram por serem crianças, mas poucas se recordam disso.

Os homens sentem uma grande atração pela esperança e pelo receio, e uma religião sem inferno nem paraíso não poderia agradar-lhes de modo algum.

Para aplicar a pena de morte, a sociedade deveria ostentar a autoridade moral de não ter contribuído em nada para fabricar esse criminoso.

Os regulamentos assemelham-se aos ritos de uma religião, que parecem absurdos, mas moldam os homens.

O nosso maior prazer neste mundo são os pensamentos agradáveis.

Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que ainda entendemos menos.

Os velhos invejam a saúde e vigor dos moços, estes não invejam o juízo e a prudência dos velhos: uns conhecem o que perderam, os outros desconhecem o que lhes falta.

Aquele que conhece a arte de viver consigo próprio ignora o aborrecimento.

Odeio esse acidental arrependimento que vem com a idade.

Ninguém duvida tanto como aquele que mais sabe.

Felizes os que sonham, ainda que não possam realizar os voos.

A adversidade é nossa mãe; a prosperidade é apenas uma madrasta.

O que não for bom para a colmeia também não é bom para a abelha.

O poder não consiste em bater muito ou muitas vezes, mas em acertar em cheio.

Feliz de quem recebeu do céu um pedaço de pão e não precisa de agradecer a ninguém além do próprio céu.

A beleza é uma carta de recomendação a curto prazo.

As mulheres fazem habitualmente da confiança a primeira necessidade da amizade.

A primeira fase do saber é amar os nossos professores.