Reflexão sobre o Acaso

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Dom! Dom!
Vibra sua presença descendo na tela refletindo seu movimento em direção a mim. Acaso amargo, contra mão, fugindo do fôlego de mais uma vez entrelaçar meus dedos no seu emaranhado cabelo.

Resultado não aparece por acaso; ele responde ao tamanho da nossa entrega.

Nada que está acontecendo é por acaso, tudo envolve as ações minhas e suas, onde um palito jogado ao chão pode ocasionar grande destruição. Nós temos a mão da destruição mas mão essa que também pode salvar, se houver tempo.

O vazio que a vida traz não some por acaso. Ele se preenche quando encontramos algo que vale a pena carregar.

"Sorte não existe. É apenas um conjunto de eventos pré-determinados ao acaso, regidos aleatoriamente por ações de quem os realiza."

Nenhum gesto humano pode abolir o acaso.

O Presente do Agora
Existem pessoas que não chegam em nossas vidas por acaso; elas chegam por providência. São, na mais pura essência, presentes que Deus desembrulha silenciosamente e coloca em nosso caminho nos dias em que mais precisamos, às vezes para nos curar, outras vezes para nos fazer voltar a acreditar na alegria.
Quando alguém assim aparece, a alma reconhece. Não precisamos saber quanto tempo a visita vai durar, porque a eternidade não se mede em anos, mas na intensidade dos instantes. O verdadeiro milagre está no prazer da convivência: no riso solto que escapa sem aviso, na conversa que faz as horas parecerem minutos, na paz de um abraço que reconstrói o mundo.
Esses momentos felizes são a assinatura de Deus em nossos dias. É Ele nos dizendo: "Aproveite. Sinta. Viva."
Por isso, não desperdice o hoje tentando adivinhar o amanhã. Mergulhe de cabeça na felicidade que está disponível agora. Valorize o toque, o olhar, a companhia. Diga o que sente sem medo e sem reservas. Porque, no final das contas, o que levamos dessa vida não é o tempo que passou, mas o quanto fomos capazes de ser felizes enquanto o tempo passava.
Cuide desse presente. Deus o confiou a você.

“Quando um bebê encontra o olhar de alguém verdadeiramente bom, não é acaso — é revelação: o sorriso nasce sem permissão, o olhar se prende como quem encontrou abrigo, e a inocência reconhece a pureza antes mesmo que o mundo aprenda a pronunciá-la.”⁠

Não sejas como uma mera existência do acaso.

Tenho medo de perder-te, mas não hesitarei em deixar-te se acaso o fizer.

Deixemos o acaso decidir nosso futuro e não precisaremos reclamar do insucesso.
(...)
Afinal não nos esforçamos por nada mesmo.

Não fique parado no tempo, esperando pelo acaso.
Seja o vento que ninguém segura e apareça inesperadamente, mostrando sua força e seu poder para mudar uma situação.

Vá pelo mundo afora, sem pressa de voltar dos afazeres.
Se a tempestade, por acaso, destruir o caminho,
procure com calma e atenção,
para não se perder na volta.

O acaso não se confunde com o nada é por acaso, são realidades distintas. Ambos seguem regras diferentes, mas compartilham um mesmo propósito, manifestando-se em situações diversas.

Tua luz não está por trás da montanha por acaso; é lá que estão aqueles que desejam ver teu brilho para permanecer na luz.

O acaso




Caneta, papel, café e uma vela acesa sobre a mesa,


depois da explosão sobraram alguns estilhaços, pedaços de você estão espalhados entre as linhas,


a uma voz que já não ouso ouvir, não por medo mas por saber os efeitos colaterais da colisão causada,


os desejos não podem sufocar as esperanças, não podem ser mais fortes do que a sabedoria encontrada no silêncio,


atravessar um iceberg com a tocha acesa não foi um feito, foi uma versão do meu futuro encarando a realidade sem desistir,


e caso aconteça o acaso de eu encontrar um novo amor por um acaso, estarei vibrante na mesma órbita de enfrentamento dos olhares e sentimentos.

ECOS DO ACASO...

O despertar é uma fagulha num vasto vazio pré-existente, um instante de luz contra a escuridão eterna e silenciosa. Não há um propósito inscrito nas estrelas ou em tabletes de argila, apenas o choque mudo de estar consciente, de respirar. A pergunta é um eco que se perde nos corredores da mente, uma ânsia por uma placa de sinalização num caminho não trilhado. Somos um acidente com a audácia de exigir explicações, uma canção breve que insiste em conhecer a partitura completa. A existência precede qualquer razão, qualquer desígnio oculto, e o porquê talvez seja apenas o som do próprio pulso...

O relógio é um tirano que inventamos para medir nossa queda, seus ponteiros giram velozes, colhendo segundos como flores murchas. A infância é um país distante, visto da janela de um trem em movimento, cuja paisagem desfoca-se em tons de verde e poeira dourada. A velocidade é a percepção do fim, o peso suave da despedida, cada momento um grão de areia escapando por entre os dedos. O tempo não acelera; somos nós que deslizamos ladeira abaixo, e o assombro não é pela rapidez, mas pela proximidade do solo. A memória comprime anos em fotografias sem nitidez, e a vida é esse breve clarão entre duas escuridões imensas...

A ordem do mundo é um quebra-cabeça com peças de outros mundos, não há uma lógica, apenas uma colisão constante de forças cegas. As coisas são assim porque o equilíbrio é um acidente momentâneo, o resultado de um jogo de dados jogado sobre um pano sem gravidade. O caos é a lei fundamental, vestindo o disfarce enganoso da ordem, e a razão busca padrões nas nuvens passageiras. Não há um arquiteto, apenas a poeira cósmica se rearrumando, e a beleza reside justamente nessa falta absoluta de motivo. Acontece porque acontece, uma cadeia de eventos sem testemunhas, e nós somos a parte que, por um instante, ganhou olhos para ver...

A mente é um rio de lava, um turbilhão de faíscas e sombras, pensamentos surgem como insetos efêmeros sob uma luz forte. Eles cruzam o céu interno sem pedir licença ou dar explicações, são estranhos passageiros em uma estação sempre lotada. Essa velocidade é o reflexo do mundo, sua overdose de estímulos, um mecanismo de defesa contra a quietude que assusta. É o cérebro tentando mapear a inundação com um copo de café, uma dança frenética para não ouvir o silêncio subjacente. Cada ideia é uma fuga, um pequeno universo paralelo e portátil, onde se esconder da pergunta é uma ideia no qual não será respondida...

A solidão é um planeta com atmosfera própria, uma gravidade diferente, onde os sons comuns chegam distorcidos e as cores vibram em outra frequência. Não se é de um lugar, mas de um tempo que ainda não chegou para os outros, ou de um passado tão remoto que virou lenda até para si mesmo. A diferença não é uma escolha, é uma geologia íntima, um fóssil na alma, uma assinatura escrita em uma língua que ninguém se dedica a aprender. É o preço de sentir as costuras do universo de forma muito clara, e o fardo de carregar um olhar que nunca se desliga, nunca descansa. Não é superioridade, mas um exílio, uma ilha de sensibilidade crua, onde se é simultaneamente o prisioneiro e o único habitante...

A data não foi um sorteio, foi uma convergência de infinitas variáveis, um ponto único no tecido do espaço-tempo que precisava de uma testemunha. O universo não escolhe; ele simplesmente é, e você aconteceu nele, naquele cruzamento exato de astros e histórias, de sangue e acaso. A pobreza é uma lição, é a geografia cruel onde a semente caiu, o solo árido que exige raízes mais profundas para encontrar água. E o cansaço e o peso de carregar todas essas perguntas sem repouso, a exaustão de ser a interrogação ambulante em um mundo de pontos finais. É a fadiga de um espírito velho que se vê preso em matéria efêmera, ansioso por um descanso que chegará, inevitável e completo...

--- Risomar Sírley da Silva ---

Ago - 2025

Não somos fruto do acaso, mas da escolha de Deus.
“Antes que Eu te formasse no ventre, Eu te conheci; e antes que saísses da madre, te santifiquei.”
(Jeremias 1:5)
“Você não é um acaso. Você nasceu porque Deus sonhou com você e te escolheu para viver os planos d’Ele.”

"O pensamento
é uma uma obra do acaso
Diferente dos pássaros
Que foram feitos pra voar
E voam
Gente feita pra pensar
Destoa da multidão, quando pensa
E quando pensa
Pensa que voa"

Edson Ricardo Paiva.

Quando você se depara com os fracos, não é por acaso é porque a sua força está em evidência.
A fragilidade alheia revela o tamanho daquilo que você suporta.
E, às vezes, o mundo coloca diante de nós aquilo que somos capazes de vencer, para provar que a verdadeira força não é ruído: é destino, é resistência, é a coragem silenciosa de permanecer de pé.