Reflexão de Solidão

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Quando pego meu violão fico em um universo distante, sem raiva, ódio ou rancor. Basta apenas um sol maior para ficar com a alma serena e já estou preparado para voltar para este mundo insano onde as únicas notas que importam são as de dinheiro.

Uma lágrima cai, e todas as outras se juntam para consolar seus olhos.

Agradeça ao Sol que todos os dias lhe deseja bom dia, pois é difícil acordar sem sequer vestir um sorriso. E caso os raios não brilhem, não se preocupe, pois algumas vezes não restará nada, nem mesmo o nada. A vida é um palco e dela possuímos apenas duas certezas: ou você abre as cortinas da alma, ou você se agacha num canto e começa a chorar. Se o milagre não existe, é preciso tornar-se um.

Não é orgulho, é desânimo de falar com gente imbecil que não dá valor.

As pessoas deste mundo estão destruindo os sonhos, me sinto cansado, elas já não me envolvem tanto. Suas manias me enojam e aniquilam a beleza interior em troca de alguma banalidade alheia. Peguei emprestado este corpo, para uma vida que se desvenda além da mente. Eu focalizo no presente, enquanto essa alma desanimada me diz para onde ir. Poucos entenderiam, mas ninguém precisa entender. Sinto-me tão vasto, em lugar nenhum para me encaixar. Minha imaginação mantém-se de pé, enquanto meu equilíbrio detona à mim mesmo. Mas tudo bem, esta é apenas a realidade, e de vez em quando, precisamos aumentar um pouco a velocidade da dor para cair. Propósito nenhum permanece o mesmo sem algumas decepções.

— Senhora, o que está tentando fazer?
— Apenas uma ligação.
— Desculpe, mas este número só recebe chamadas.
— E por qual razão?
— Nem todos aqueles que desejam ouvir querem falar.

Não, o mundo não é um bom lugar. As pessoas varrem umas as outras debaixo do tapete tão rapidamente quanto desviam seus olhares. Não hesitam em despejar sal sobre as feridas alheias, fazendo de tudo para julgar que a culpa é única, e não um plural. Desculpas tornaram-se um disfarce para a verdadeira mentira, onde fundamentos deixam de ser sólidos e transformam-se numa areia movediça. A maioria não ama, faz iludir. E pior, tornam-se eternos idiotas ao prometerem coisas passageiras.

O mundo é um poço de cinismo, e sem que você perceba, será lançado sobre as próprias ilusões. Será usado e manipulado, jogado numa pilha de funerais para testar o quão indestrutível seu orgulho é. Vai renascer do inverno da alma, com flashes de ódio marcados por cicatrizes. Hora ou outra, as pessoas voltam para procurar o que perderam, sem sequer perceber que já não precisamos mais delas. Que chorem por todas as lágrimas e encarem a verdade da vida. Sempre há mais companhia entre as pedras e a poeira do que entre o remorso. Voltem para seus túmulos de egoísmo e rancor. Dificilmente alguém saberá explicar como é se sentir parte do catastrófico, um meio nada, um silêncio, um vazio irretratável que não pode ser tocado, apenas sentido. Danem-se. Você rastejou e sangrou durante todo o trajeto, você foi o único que dilacerou sua existência tentando finalmente se encontrar.

Não podemos viver a vida das outras pessoas, mesmo que elas sejam o significado da nossa própria vida.

⁠Meu pior pesadelo não é lutar sozinho na escuridão, é lutar na escuridão e morrer sozinho na escuridão.

⁠Sou sobrinha-neta da Ilusão, tenho marcada em meu sangue a marca amarga da ferradura agalopada do solene marchar da carruagem de meus sonhos, ébrios de tentação. Sou a cria amarga do roubo esperançoso de minhas racionalidades fatais, que enganam, deturpam e profanam a doçura antes presente em meus sonhos. Sou o devaneio solto pelas ruas, a loucura a planar sobre os campos férteis da solidão, sou o resultado infame da mistura sórdida de meus antepassados de terra e vão.
Sou tantas e de tantos, sou tato e pranto, sou cólera e acalanto, não sou nada, nada, mas ainda assim, canto. Canto as lamúrias através de pena e cetim, debruço-me sobre meu viver torpe e vomito palavras pobres em versos e prosas em carmim.
Não domino a poesia, mas a poesia domina-me a mim, quebro meus pudores em mil pedaços de taco, ligo meus temores um a um em mil laços, reconstruo minhas convicções em mais mil espaços e ao final, sobrando-me apenas a dor e o cansaço, enfim me desfaço.

Sou grossa, mas também sou meiga;
Sou tímida, mas sou extrovertida;
Não sou nerd ,mas tiro notas boas;
Sei ser antipática; mas também sei perdoar;
Sei ser chata, mas ser legal;
Não me julgue pela aparência, você não me conhecer.
Tenho cara de quem gosta de rock, mas não, não acho graça;
Tenho jeito de homem, mas não, não sou assim;
Pareço ser metida, mas não sou;
Meu jeito te incomoda, mas por quê?
Qual o problema em ser como você ou como os outros?
Me acha estranha, mas sou apenas diferente;
Não me visto igual a você;
Não escuto a mesma musica que você;
Não aos mesmos lugares que você;
Mas sou ser humano, tenho meu gosto, meu estilo;
Então:
Não me julgue pela aparência por favor!!!

Não estou sozinho, tenho companhia


Hoje o dia esteve chuvoso desde antes do amanhecer e me sinto beijado pela esperança enquanto sou abraçado pelo meu casaco encharcado de expectativas.
Em minha vista, há mariposas voando aparentemente eufóricas de felicidade... Ou pelo menos é o que eu quero acreditar para que eu continue sentir inveja, afinal é assim que eu gostaria de estar... Após um gole de café, me pergunto.
Neste momento quantas pessoas lá fora estão estão sentindo falta de alguém ? Bom, seja lá qual for a resposta, sei que não estou sozinho, tenho companhia

Inserida por Jvih

Essa chuva, que lá fora fala, te chama , e reclama a falta que me faz, mas a chuva tem a companhia do vento que a leva e a faz retornar. Até a chuva tem seus encantos, relâmpagos que a iluminam num espetáculo fabuloso, tenho inveja da chuva, ela cativa tua atenção, te faz sonhar, te embala o sono, te faz querer um colo para te aquecer...e um doce beijo com gosto de vinho entre uma página e outra, ela me conduz a você.

Inserida por Wallac

ainda sem nome

Vai, segue na vida,
na estrada deixe seu rastro
da cor do fogo,
como a cor dos seus cabelos.

Se coloque no horizonte.
Quem ficar vera sumir aos poucos.
Aos acompanhantes novos horizontes.

Vai, e começa de novo.
Diminua a árdua tarefa daquele que tentar,
segue com o coração limpo, pulsante e quente.

Andar sem olhar para traz,
os primeiros passos doem,
descubra novas letras,
novas melodias

Na dura tarefa de culpar,
faça ao que se foi
e permita quem quer chegar.
No decorrer de uma nova história
com seu próprio bem e mal,
viver é assim.

Inserida por clayton_souza

Sinceramente não possuo animo
não necessito de ajuda
só me deixem em paz
motivo? talvez não o tenha
também não ligo
só quero estar sozinho
a vida não é o que se esperava
sempre pensei a vida boa é
mas logo questionei-me, é só isso?
ando triste
não tenho amigos para chorar comigo
não tenho amores para me consolar
sou sozinho
não sei se existe alguem para me entender
o que devo fazer?
bagunça e mais bagunça
sozinho
Às vezes gosto de pensar
que brilhos nós somos
e quando morrermos
só restarão belas e belas
silhuetas, sim acredito
não possuo noção
mas, será que deveria?
queria um abraço
um abraço verdadeiro
não estes robóticos
a necessidade de amor
grande é, preciso preservar isso
dia a dia perdemos amor...
os tempos estão mudando
procuro caminhar
mesmo ciente que sou escravo
das minhas decisões anteriores
que maldição!!!
porque ser peculiar é tão necessário?
De contraste a vida sim, é bela
existem pessoas boas, embora excassas
pessoas ruins querem o mal, odeiam
não dê ouvidos.
Pessoas boas logo chegarão...
lhe darão valor pelo que é
vamos ouvir um pouco de Bob Seger
Against the wind parece bom

Inserida por Naoligogi

Nesse nau de estilhaços em meio a isso,
Quer o sentimento após o afago
Indagado por si na busca da aceitação
Não se prende e se cobra,
Será uma obra a mando da cobra,
que se cobra pela obra dentro de si por falta de desafeição?

Indagação, por razão ao sentir-se sozinho por vezes não dói,
Buscando um alivio para o que atormenta a cabeça, por vezes se destrói,
O comportamento é destrutivo
enquanto a fábrica de sorrisos projeta mais um alivio,
nesse nau de estilhaços em meio a isso,
eu vos falo que a solidão é bela vista e não sentida
Me salve com um afeto, para depois me matar com seu desamor.

Me acostumei com ao ritmo de correr o máximo que posso
me acompanhe ou eu te acompanho
o amor assusta por ser estranho,
me sinto surpreso quando bem quisto tu me fazes,
mas não tão abalado quando cansada, você se afastar.
É o costume se despedir então,
não se esqueça disso quando a porta se abrir
E se abrir voe se solto,
não se prenda como eu faço,
a vida é uma então se jogue.

Inserida por DraftRafael

Estou aqui sentado jogando um pouco de games online, no momento sou o mais forte dentre os meus companheiros mas do outro lado dessa tela de fantasia e devaneios, minhas lagrimas escorregam pelo meu queixo tornando minha noite cada vez mais vazia, me lembrando da real vida, da realidade triste que eu não queria.
Sem ter como ver o fim dessa escuridão que veio me cobrir durante minha derrota, meus dedos se negam a deixar o teclado e enxugar meu rosto enquanto reinicio a partida, só para se, quem sabe, talvez, poder reviver em uma nova história.

Inserida por MustangXIX

Não havia mais internet. Não havia mais redes sociais, não havia mais buscas de significados de sonhos, esperanças nervosas, fotografias de almoços, gritos de socorro, expressão de satisfação, status de relacionamento atualizados com imagens de coração inteiro ou partido, planos para um encontro mais tarde, apelos, queixas, desejos, fotos de bebês com roupa de ursinho no Halloween. Não havia como ler e comentar sobre a vida dos outros, logo não havia mais como se sentir menos sozinho.

Inserida por pensador

E a verdade é que a gente sempre sabe a hora certa de desistir. Mas insiste até não aguentar mais. E vai sofrendo, colecionando decepções atrás de decepções. Eu sei que não se deve culpar ninguém pelo o que passamos, contudo, se a gente não crescesse ouvindo: " a esperança é a última que morre", talvez, não as alimentasse tanto.

Inserida por K2l