Recados de Amor
Nos achamos que a vida esta baseada em duplas: amar e ser amado-odiar e ser odiado...
Mas o que nos não gostamos de aceitar é que a vida funciona de um jeito estranho: amar e ser rejeitado-rejeitar e ser amado...
A vida é um enigma complexo que não entendemos e nem queremos entender.
" Quando sinto teu transbordar
tenho uma enorme vontade de amar e ser amado por alguém assim...
como você...
Amar é....
tentar tirar de dentro, todo o sentimento, mesmo que o ser amado não o sente, não o vê na medida inteira, é só de quem ama!
Se tudo se resume em amar e ser amado, por que na maioria das vezes complicamos o que descomplicado, e ainda reclamamos dos resultados óbvios dessa ação.
“A Liturgia da Dor:
Quando Amar é Sofrer em Vida pelo Ser Amado”
Texto filosófico e psicológico.
Amar é sofrer em vida não por fraqueza, mas por excesso de humanidade. O amor, quando autêntico, carrega em si o germe do sofrimento, porque nasce do desejo de eternizar o que é efêmero, de reter o que inevitavelmente escapa. Amar é querer aprisionar o tempo no instante em que o olhar do outro nos faz existir; é suplicar à eternidade que não nos apague da memória de quem amamos.
Há uma liturgia secreta na dor amorosa. Ela purifica, depura, torna o ser mais lúcido e, paradoxalmente, mais enfermo. O amante vive uma crucificação sem sangue: carrega o peso invisível de um afeto que o mundo não compreende. Vive entre o êxtase e o abismo, entre o beijo e a renúncia. Freud chamaria isso de ambivalência afetiva: a coexistência de prazer e dor em um mesmo movimento da alma. Mas há algo mais profundo algo que a psicologia talvez não alcance, pois o amor, em sua forma mais elevada, é sempre um sacrifício voluntário.
Quem ama verdadeiramente, sofre antes mesmo da perda. Sofre por pressentir a fragilidade do instante, por saber que a ventura é breve, que o corpo é pó e que toda promessa humana é feita sobre ruínas. Esse sofrimento não é patológico, mas metafísico: é o reconhecimento de que a alma, ao amar, toca o eterno e, ao voltar à realidade, sente a mutilação de quem regressa do infinito.
Nietzsche, em seu niilismo luminoso, diria que o amor é a mais bela forma de tragédia, pois ele exige entrega total, sabendo-se fadado ao fim. Amar é afirmar a vida apesar do sofrimento, é dizer “sim” à existência, mesmo sabendo que o objeto amado um dia há de desaparecer. É um heroísmo silencioso, uma luta contra o absurdo.
Mas há também o lado sombrio o amor que se torna cárcere, o sentimento que se alimenta do próprio tormento. A psicologia o chamaria de complexo de mártir, mas o filósofo o vê como a tentativa desesperada de alcançar o absoluto num mundo que só oferece fragmentos. O sofrimento, então, torna-se o altar onde o amante consagra sua fé.
“Amar é sofrer em vida pelo ser amado” eis a verdade dos que ousaram sentir profundamente. É morrer um pouco a cada ausência, é carregar dentro de si a presença que já não se tem. O amor, quando verdadeiro, não busca recompensa: ele é em si o próprio sacrifício.
E talvez seja esse o segredo trágico e belo da existência: somente quem amou até sangrar conhece o sentido oculto de viver. Pois o amor é o único sofrimento que salva, a única dor que eleva. Quem nunca sofreu por amor, nunca amou apenas existiu.
Epílogo:
“Há dores que são preces disfarçadas. E o amor é a mais silenciosa de todas elas.”
Ás vezes deixamos o orgulho tomar conta de nós por pessoas que nos amam e você não imaginao quanto isso machuca a outra, sabemos que depois que perdemosa pessoa não adianta lamentar e chorar. Abrace hoje , diga tudo hoje e ame hoje. Não deixe para depois ou então será tarde demais, pois a vida não avisa quando alguém estará partindo, então faça tudo agora não deixe para depois, jogue o orgulho fora, perdoe quem se arrependeu e ame hoje .
Há duas maneiras de como amar, uns amam porque e outros por apesar de...
E há uma grande diferença entre amar pelo porque e apesar. No primeiro você ama por justificativa e no segundo você ama por sabedoria...
cada um tem sua fórmula louca de amar;uns amam puramente pelo o brilho do carro bonito,dá casa arrojada,do corpo malhado,horário agendado em um local requintado.Enquanto outros amam apenas por amar,em uma tarde qualquer,em uma noite de luar,em uma praia deserta,em meio ao pomar,num ponto de ônibus,numa esquina ao ar numa mesinha de um bar;cada um sabe o que quer!se quer um quase amor ou se realmente quer amar."
