Razão
A MUTILAÇÃO DO TEMPO
No poema “O Tempo” Carlos Drumond de Andrade tinha razão, especialmente no que diz:
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos”.
Os povos antigos de todos os territórios do planeta tinham muito claramente a inteireza do todo. Quando o mundo não era retalhado em fatias, a humanidade vivia dentro de um todo, ou seja, o passado, o presente e o futuro eram partes de um corpo inteiro, consistente e com respostas para se observar as coisas e senti-las profundamente.
Com a retaliação, perdeu-se essa inteireza e todos os recursos necessários para se observar as coisas ficou incapaz de responder ou de vibrar conforme a necessidade de se observar essas coisas como elas realmente são.
O tempo áion era o tempo único, onde as coisas se revelavam também na sua inteireza.
As quatro ervas sagradas, as quatro direções, os quatro elementos e por aí vai...
Perdemos a capacidade de mergulharmos no passado porque fomos decepados de um membro importante desse corpo do qual também fazemos parte – o passado.
Se o que vivemos – o presente, não é capaz de sentir o que diz o passado, então, neste caso, não somos capazes de sentir o que este passado é capaz de ainda nos ensinar no presente para que o futuro seja uma resposta melhorada de todos esses órgãos do corpo sensorial.
Penso que talvez o rompimento com o fio ancestral – o cordão umbilical que nos liga às nossas origens é o que nos possibilita o desatino nessa grande caminhada.
Não somos capazes de sentirmos reverberação desses componentes que deveriam ser a nossas sustentações, e por isso não nos sustentamos psicologicamente o suficiente para que sejamos capazes de honrarmos qualquer sabedoria, por mais que elas nos sejam tão óbvias no tempo em que estamos aqui.
Os maias os astecas, incas, os highlanders, os bantus, os fenícios e tantos outros, todos eles viveram momentos de extremas dificuldades e fizeram grandes descobertas ou invenções, exatamente por terem essa inteireza que lhes permitia sentirem as vibrações do que era natural, do que era possível de ser descoberto e de fazer sentido lógico com os rumos da caminhada da humanidade.
Eles conheciam as quatro ervas sagradas, nós também as conhecemos (talvez), mas não sabemos quais são os poderes ou as capacidades que essas ervas têm para o alinhamento da nossa própria espiritualidade.
Não conhecemos nem mesmo a cruz que interliga essas quatro ervas, que interliga as quatro direções e os quatro elementos. Se não conseguimos compreender o alinhamento na horizontalidade, não seremos capazes de verticalmente nos afirmarmos como seres evolutivos e muito menos seremos capazes de honrarmos esses ancestrais no nosso modo de construirmos um mundo melhor.
Quando perdemos o fio de conexão com alguma vibração, não teremos condições de nos comunicarmos com o que foi amputado em nós.
a industrialização do tempo serviu apenas para que nos tornássemos corpos mutilados de partes tão importantes que serviriam como estruturas que nos levariam a uma liberdade capaz de também libertar essa inteireza dos tempos.
É a esse corpo mutilado que nós pertencemos, como células que constituem essas partes mutiladas.
A industrialização nos obriga a romper, mutilar diariamente alguma parte de nós mesmos que está lá, e que por ser mutilada, não há mais como contarmos com essas partes de nós mesmos. Sem falar que muitos de nós acabamos sendo mutilados também, porque estamos muito atrelados exatamente à essas partes mutiladas.
Morremos assim...
Vivemos assim...
Esvaímo-nos e assistimos essa mutilação de nós mesmos.
O tempo áion é uma condição onde o tempo não passa, não se fragmenta e as coisas são eternas, pelo menos no instante em que elas ocorrem, como um abraço de duas pessoas que se completam, por exemplo.
Um grande abraço!
Pedro Alexandre.
bang bang
amor, agridoce razão
vai além
da sensação
é ser: - meu bem!
ou não...
também,
mocinho ou vilão
mas ninguém vive sem
ou tampouco entende
está sempre a catar quem
e sempre nos surpreende
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
SONETO À SANTO ANTÔNIO
Do teu testemunho, a fé é razão
Junho é mês, do festejo contente
Dia 13, a celebração e recordação
Bilhetes de amor de toda a gente....
És Santo aclamado na comunhão
Aos casais, guardião contundente
Do canto ao alto a próspera união
- aos nubentes, cerne confidente!
Santo Antônio, Santo casamenteiro
Tão louvado. Ao colo leva o menino
Jesus... devoção no mundo inteiro!
E aqui neste soneto em prece, seja!
A minha, a tua, a nossa fé, ao Divino
E, que com Sto Antônio sempre esteja!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, junho, 15’34” – Araguari, MG
Minto dissimuladamente para ouvir tua voz. Invento qualquer desculpa...não é correto, a razão me diz. Mas o coração sussurra nos meus ouvidos: não escuta, esquece....razão não queima em chamas, não se apaixona !
E como não podia ser diferente, você tem, outra vez, alguma razão. Eu realmente não te atendo por causa do futuro. Mas não porque tenho medo dele, e sim porque você faz parte apenas do meu passado, e é lá que você irá ficar! E se eu fosse você, me contentaria com isso. Você, e seus sempre meios e insuficientes acertos.
A alma reconheceu o seu par. Um amor além da razão, um sonho que se tornava realidade. Nos olhos do outro, encontrou-se o reflexo da própria alma, a promessa de um caminho a ser trilhado lado a lado.
O maior problema do ser humano é: querer sempre ter a última palavra, querer sempre ter a razão sobre tudo, sempre ser mais inteligente que os outros.
Na engenharia, cada curva tem sua razão; assim como o sorriso de uma mulher, perfeito em sua delicadeza e complexidade.
Simplesmente não há razão porque os animais devam ser abatidos para servir como dieta humana enquanto existem tantos substitutos. O homem pode viver sem carne.
partido: o que partiu
rumo ao futuro
mas no caminho esqueceu
a razão da partida
(só perdemos
a viagem camaradas
não a estrada
nem a vida)
Bom mesmo é viver pela razão
E nunca por emoção
Emoções machucam, nos ferem, traz tristeza ao coração
A fonte que inspira, movimentada pelo saber, misturada ao grão da razão... que sem saber se dissolveu em emoção. Afeto de um estar junto encontra a graduação do coração azul. Fermento de uma educação que transforma... Cerveja de um brinde especial!
Cada dor, cada luta, cada sofrimento tem sua razão de ser na justiça perfeitíssima de Deus.
Filosofar o que a filosofia não explica, entender o que a razão diz, mas o subconsciente rejeita.
Focar sem focar, acreditar sem acreditar.
Será a mente sensata o bastante para entender as controvérsias que ela mesma prega?
Felizes são os loucos, nesse mundo de pessoas que se dizem ' lúcidas '.
Que lucidez é essa?
Sinceramente gostaria de saber.
O que mais se vê são mentes doentes, vazias das verdades que pregam.
Um emocional dilacerado pela aceleração diária.
O toque tornou-se evasivo, é conveniente um amor de fachada, jogar com o sentimento alheio é saudável; pois a espontaneidade assombra a memória passada
A fraqueza de espírito é tão gritante que os valores antes idealizados, hoje são obsoletos, já estão ultrapassados.
Cabe a nós loucos de pedra manter em nossa caixinha segura, os tesouros valiosos que ainda são importantes em nossas vidas.
Mensagem de Islene Souza
O seu coração é inocente e diz faça isso, mas a sua razão supera a súplica e não permite cometer mais um ato insano em sua vida.
Ainda bem que a razão ainda supera o coração.
Frase de Islene Souza
Na dúvida fique com a razão, não procure desculpas para o que sabe que não há desculpas.Liberdade de escolhas! Lamentar-se não resolve, as atitudes dizem tudo de uma pessoa. Sentimentalismo só te afundam em suas decisões, não permita que seu bom olhar te impeçam de se proteger de gente ruim.
Frase de Islene Souza