Questão
Quão Ingênuo em acreditar que há somente uma resposta a toda questão. A todo Mistério. Que existe uma luz única e divina que nos comanda. Eles dizem que é essa a luz que traz a verdade e o amor. Eu digo que é uma luz que nos cega, que nos faz ajoelhar sob a ignorância.
Eu espero pelo dia em que o homem deixe os monstros invisíveis para trás e mais uma vez abrace a explicação racional do mundo. Mas essas novas religiões são tão convenientes, e prometem uma punição tão severa para aqueles que as rejeitam. Eu temo que o medo nos manterá a maior mentira que já foi dita.
Não é questão de não confiar. É medo de te perder. É ter medo de não ser tudo aquilo que você achava que eu era, é ter medo de você um dia não querer correr na chuva comigo ou tomar café da manhã e me contar como seu dia vai ser estressante. É medo de não ser do tamanho dos seus sonhos, de você achar que minha camiseta não fica mais tão bem em você ou que meu peito já não é teu melhor travesseiro. Podem ser incertezas bobas e talvez se não houvesse tudo isso a gente não fosse isso tudo. É que talvez você tenha me mostrado que nesses casos o talvez é a maior certeza e isso me assusta. Tenho medo pra caramba de te querer, mas estou aqui, querendo você de qualquer jeito
A questão toda é que não podemos acusar o outro de não nos oferecer aquilo que já
deveríamos ter. A outra pessoa não tem obrigação alguma de suprir aquilo que falta em
você, isso é problema seu.
Cada vez mais acho tudo uma questão de paciência, de amor criando paciência, de paciência criando amor.
Jazz – o poema que jaz
Tá ficando distante aquela seqüela dos teus olhos... É tudo uma questão de tempo pra sumir... O que mais dói aqui é ver que você tá deixando mingüar, que essa é a tua maior pretensão.
Toda noite uma luta pra inspirar e expirar você... Pra sentir um alívio... Aquele arzinho no pulmão, aquele de antes, de antes “da gente”.
Não que eu tire sua razão, seus argumentos são genuínos – ainda que um tanto ingênuos – “como assim argumentos, Poeta? Nada tens além de silêncio, e dos convictos...” - pera... Então me deixa reformular... – Posso teorizar acerca de teus motivos ... Pronto! Um tanto melhor! Continuando: mas tantas teorias pouco me servem nessa PRÁTICA TORTUOSA DE VERSOS SENIS!
Taí meu “resumé”, minha biografia esdrúxula e compactada... Uns tantos versos e pensei que era poeta... E isso serve pra você: uns tantos poemas e pensou que fosse amor?! Imagina! Logo eu que consigo manipular os vocábulos, pressenti-los? Sinto em informar-te de minha falácia, de meus vis movimentos, de todos que foram friamente calculados, bem como meus beijos, desejo e todo o resto!
Descarta minha espontaneidade; ela inexiste, assim como minha doçura e ingenuidade... Faz-me rir a tua, Tolinho! Recolhe essa massagem no ego à tua prepotência burra. Desacredite-me – esqueça-me – arrependa-se – certifique-se do engano. Pois já era, de fato, como bem queria; aliás como nunca foi! Um conselho: fica sim bem longe de mim e de minha poesia mesquinha, de minha pele e efeitos, de meus truques dramáticos e desassociados de padecimento.
Pare-me de ler por aqui. Não insista teus olhos sob tais escolhas vocabulares desafortunadas e maniqueístas. Exorcisa-me – odeia-me – descarta-me – desola-me, mas não me leia... Sou capaz de convencer-te de meu amor e ainda mais: do teu que tanto inexiste, que tanto insiste em representar alegorias! Fecha este instrumento vil de minha (e tua) comoção, queima-o, assegura-te de que a mais ninguém chegará e enquanto há tempo, fuja...
Na vida e dia a dia priorizamos o que nos e importante. A questão é estamos priorizando o que realmente tem valor, mas não me refiro ao que o dinheiro pode proporcionar e sim aos sentimentos, mas cuidado! Pois há caminhos sem volta.
Não é questão de ser forte é que uma hora cansa, se supera, simplesmente vira-se a página e deixa pra trás. Já não se dá aquela empolgação, aquela sensação inexplicável, o sentimento vai se esgotando aos poucos, diminuindo aos poucos; quando se vê já não resta mais nada. Fui guardando o que é bom, joguei fora o que restou. É muito chato ficar dividido entre o sonho e a razão, penso só que mereço viver minha vida porque ficar preso à uma pessoa que não está nem aí já não faz mais meu tipo, havia tempos que corria atrás, fazia de tudo para ser visto, mas sempre fui um mísero grão de areia gritando por atenção.
É sempre uma questão de perspectiva, querido. É um olhar diferente sobre as questões difíceis. Bom mesmo é desabafar, tentar deixa que uma outra cabeça pense de um outro ângulo. São situações que são posta pra se superar, para amadurecer. São as pedras do caminhos para construir o muro de proteção do futuro. Por mais que haja essas fagulhas, esses nós apertados, esse novelo embolado, o importante é que você superará..
CONFORMAÇÃO
É preciso aceitar o destino com naturalidade
Tudo é uma questão de tempo até que o sono eterno chegue.
Ai então a insônia realmente acabará. Tudo será escuro, silencioso e frio. Talvez eu queira descansar para sempre, ou talvez sonhe com tantas coisas maravilhosas que ainda desconheço.
As coisas palpáveis não mais existirão.
as coisas que não fiz, jamais poderei fazer.
A consciência desaparecerá, e eu voltarei a ser aquilo que realmente sempre fui: nada.
Claro que deve haver alguma espécie de dignidade nisso tudo. A questão é onde, não nesta cidade escura, não neste planeta podre e pobre, dentro de mim? Ora não me venhas com autoconhecimentos-redentores, já sei tudo de mim, tomei mais de cinqüenta ácidos, fiz seis anos de análise, já pirei de clínica, lembra? Você me levava maçãs argentinas e fotonovelas italianas, Rossana Galli, Franco Andrei, Michela Roc, Sandro Moretti, eu te olhava entupida de mandrix e babava soluçando. Perdi minha alegria, anoiteci, roubaram minha esperança, enquanto você, solidário e positivo, apertava meu ombro com sua mão, apesar de tudo viril, repetindo reage, companheira, reage, a causa precisa dessa tua cabecinha privilegiada, teu potencial criativo, tua lucidez libertária, bababá bababá. As pessoas se transformavam em cadáveres decompostos à minha frente, minha pele era triste e suja, as noites não terminavam nunca, ninguém me tocava, mas eu reagi, despirei, e cadê a causa, cadê a luta, cadê o potencial criativo?
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