Quero ele

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Ele pó, modesto,
Ela neve, pura: deram
Um pouco de lama.

O amor. Claro, o amor. Fogo e chamas por um ano, cinzas por trinta. Ele bem sabia o que era o amor.

Posso ser um novo Di Stéfano, mas não posso ser um novo Pelé. Ele é o único que ultrapassa os limites da lógica...

Como é conveniente e agradável o mundo dos livros! - se não se atribuir a ele as obrigações de um estudante, nem considerá-lo um sedativo para a preguiça, mas entrar nele com o entusiasmo de um aventureiro!

As piores dificuldades de um homem começam quando ele é capaz de fazer o que quer.

Ele andava à roda no seu desejo como o preso no cárcere.

O invejoso é tirano e verdugo de si próprio: ele sofre porque os outros gozam.

Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu não sei o que quero ser, mas sei muito bem o que não quero me tornar.

Não preciso ter ambições. Só tem uma coisa que eu quero muito: que a humanidade viva unida... negros e brancos todos juntos.

Às vezes nem me preocupo tanto comigo... Mas há pessoas que amo e não quero vê-las sofrer.

Quando morrer quero ser cremado... para que minhas cinzas alimentem as ervas e as ervas alimentem os loucos como eu.

Raul Seixas
Música: Canto para Minha Morte

Nota: Compositores: Raul Seixas e Paulo Coelho

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O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente.

Eu não: quero é uma realidade inventada.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

Nota: Trecho adaptado de outro pensamento.

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Você tem cheiro de roupa limpinha com mente suja e eu quero te rasgar inteiro. Mas apenas te dou um beijinho no rosto. Preciso me comportar.

Eu não sou boa nem quero sê-lo, contento-me em desprezar quase todos, odiar alguns, estimar raros e amar um.

Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo.

Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada – apenas me ferem muito esses teus silêncios.

Caio Fernando Abreu

Nota: Carta a Hilda Hilst, Porto Alegre, 27 de março de 1973.

Quero a certeza dos loucos que brilham. Pois se o louco persistir na sua loucura, acabará sábio.