Queria Mandar em meus Sentimentos
Um dos meus anseios de chegar ao infinito é a esperança de que, ao menos lá, as paralelas se encontrem.
Eu desejo que meus olhos não percam a capacidade de se deslumbrar com coisas simples: você já viu uma borboleta em uma manhã de sol indo subindo descendo, como se naquele momento só existisse o azul do céu e as suas asas?
Eu desejo que o tempo não leve embora aquela criança que um dia eu fui, e que mesmo não tendo mais forças para subir em árvore alguma como antes eu possa encontrar paz ao me sentar em um fim de tarde sob a sua sombra.
Eu desejo que os meus pais vivam até o último fio que lhes restar de vida, e que quando eles partirem seja tão tarde, que quase será à minha hora de ir.
Eu desejo encontrar um homem, mesmo sem procurá-lo, que me confirme a minha velha hipótese, que só o amor é capaz de dar um verdadeiro significado a existência.
Eu desejo também ter filhos, e que eu possa os ver correndo no jardim entre as flores, que eu os veja crescer; me agrada pensar que em um futuro muito distante, eles serão a reunião feita em lembrança, do que um dia e fui como também haverá neles um pedacinho de todas as pessoas que amei na vida.
Eu desejo que a idade não leve embora o meu velho e original senso de humor, e que eu aprenda a gostar de outras cores, porque depois de algumas longas primaveras vestir-se de preto não será mais símbolo de rebeldia, mas sim de viuvez.
Eu desejo aprender sempre, seja a dar um nó na ponta da linha, seja as teorias filosóficas sobre o mundo das ideias de Platão.
Eu desejo não que meu coração não endureça com o tempo, e que não importa o que acontecer, eu jamais me acostume com a dor, com o sofrimento.
Eu desejo viver uma vida simples, a única exigência é uma casa com varanda, e uma rede onde eu possa descansar ao cair da noite.
Eu desejo envelhecer sentada em uma cadeira de balanço, usando roupas de florzinha e meias coloridas até os joelhos, como as da minha avó, desejo também que os meus netos venham me visitar para que posso os contar histórias, como aquela, por exemplo, da menina que “plantou” a escova de dentes no vaso.
Eu desejo que os meus amigos vivam para sempre dentro do meu coração, e que o tempo não nos separe, e que a saudades nos mantenha unidos para sempre, e que eu jamais me esqueça dos momentos felizes que passamos juntos, mas que eles venham a se multiplicar com o passar dos anos.
Eu desejo que a minha mãe um dia pare de se preocupar tanto, que durma mesmo quando esqueço de telefonar, mas ao mesmo tempo, que ela continue me tratando como uma criança, que me cubra no meio da noite, que me dê conselhos que me fazem chorar de rir, como andar de bicicleta na calçada e trancar a porta do quarto com chave antes de dormir.
Eu desejo que o meu pai assista menos futebol, e fique menos zangado quando eu “obrigo” a assistir à novela das oito, sob a justificativa que eu nunca assisto.
Eu desejo que o meu irmão e eu, continuemos a achar graça das mesmas coisas como antes, e que os laços que nos prendem não se desfaçam nunca.
Eu desejo que o meu cachorro e o meu gato morram de velhice, e quando chegará a tal da velhice, eu não sei. Para mim, eles ainda têm um ano, e eu não tenho culpa de acreditar, pois eles se comportam como se tivessem acabado de nascer.
Eu desejo nunca deixar de acreditar em Deus, e haja o que houver que sempre Ele esteja dentro do meu coração, e que um dia os meus olhos sejam dignos de contemplar a beleza do seu rosto, que até hoje, só puderam imaginar o seu contorno.
Eu desejo que trabalhar não seja para mim apenas uma forma de subsistência, mas que o trabalho seja um ato de criação, uma obra de arte capaz de transformar tudo o que estiver ao alcance das minhas mãos.
Eu desejo...
Eu já conhecia muito bem aquele cheiro, mas agora estava tentando fixá-lo definitivamente nos meus sentidos.
Minha vela queima dos dois lados, ela não vai durar a noite inteira, mas oh, meus amigos, ah, meus inimigos, que bela luz ela dá!
Assim como todas as estrelas e a lua perdem seu brilho quando o sol nasce, eu perco meus sentidos e esqueço de tudo
quando me deparo com teu doçe olhar...
"Ergui-me e tomei o rumo de minha pensão.
A lua brilhava. Meus passos ecoavam pela
rua vazia, parecendo os passos de um perseguidor. Olhei ao redor. Eu estava enganado. Somente a solidão me acompanhava."
PEÇO SILÊNCIO
Agora me deixem tranquilo.
Agora se acostumem sem mim.
Eu vou cerrar os meus olhos.
Somente quero cinco coisas,
cinco raízes preferidas.
Uma é o amor sem fim.
A segunda é ver o outono.
Não posso ser sem que as folhas
voem e voltem à terra.
A terceira é o grave inverno,
a chuva que amei, a carícia
do fogo no frio silvestre.
Em quarto lugar o verão
redondo como uma melancia.
A quinta coisa são os teus olhos,
Matilde minha, bem-amada,
não quero dormir sem os teus olhos,
não quero ser sem que me olhes:
eu mudo a primavera
para que me sigas olhando.
Amigos, isso é quanto quero.
É quase nada e quase tudo.
Agora se querem, podem ir.
Vivi tanto que um dia
terão de por força me esquecer,
apagando-me do quadro-negro:
meu coração foi interminável.
Porém porque peço silêncio
não creiam que vou morrer:
passa comigo o contrário:
sucede que vou viver.
Sucede que sou e que sigo.
Não será, pois lá bem dentro
de mim crescerão cereais,
primeiro os grãos que rompem
a terra para ver a luz,
porém a mãe terra é escura:
e dentro de mim sou escuro:
sou como um poço em cujas águas
a noite deixa suas estrelas
e segue sozinha pelo campo.
Sucede que tanto vivi
que quero viver outro tanto.
Nunca me senti tão sonoro,
nunca tive tantos beijos.
Agora, como sempre, é cedo.
Voa a luz com suas abelhas.
Me deixem só com o dia.
Peço licença para nascer.
Meus olhos sangram, do veneno que sai de tua boca.
Meu coração é mel do fel de teu olhar
e eu sofrendo por te amar!
Indiferença
Hoje, voltas-me o rosto, se ao teu lado
passo. E eu, baixo os meus olhos se te avisto.
E assim fazemos, como se com isto,
pudéssemos varrer nosso passado.
Passo esquecido de te olhar, coitado!
Vais, coitada, esquecida de que existo.
Como se nunca me tivesses visto,
como se eu sempre não te houvesse amado
Mas, se às vezes, sem querer nos entrevemos,
se quando passo, teu olhar me alcança
se meus olhos te alcançam quando vais.
Ah! Só Deus sabe! Só nós dois sabemos.
Volta-nos sempre a pálida lembrança.
Daqueles tempos que não voltam mais!
– Não tem nenhuma compaixão pelos meus nervos? – diz a esposa.
– Está muito enganada, minha querida. Tenho o maior respeito por seus nervos. São meus velhos amigos. É com consideração que a ouço mencioná-los há vinte anos, pelo menos.
(Jane Austen)
Dona, poesia, feminista
Hoje sou dona
Dona de mim
Das minhas vontades
E dos meus direitos
Sou feminista
Acredito na luta
E nas minhas irmãs eu me inspirei
Acredito na paz
Pra elas, eu sei
O machismo não tem vez
O feminismo:atenção!
É igualdade que necessita a nação
Sou poesia
Ato e verso
Sou intensa
Sou reverso
Sou dona de mim
Moro na poesia
Feminista,é meu nome
Defensoras daquelas que morrem todo dia, por qualquer homem
E ninguém sabe o nome
Tenho apenas os meus sonhos, esplhei-os então aos teus pés. Caminha com cuidado pois pisas sobre os meus sonhos!
Ei! Não olhe pra mim como se meus olhos carregassem a sua felicidade, aquela que sempre procurou e eu sempre duvidei que existisse. Não me abrace como se meus braços fizessem você se esquecer dos problemas que a vida nos oferece. Não encoste seus lábios nos meus como se o encaixe fosse perfeito, já que a reciprocidade não é instantânea. Ei! Não fale comigo nesse tom, não me mime, nem me dê apelidos românticos. Não me ligue de madrugada querendo ouvir minha voz, nunca diga que está com saudades, nem peça pra eu retornar quando for pra falar como foi meu dia. Não me dê bronca quando eu esquecer algo importante, nem cuide de mim como se eu fosse de porcelana. Não me dê flores numa terça-feira qualquer, e quando o dia for nosso nem faça questão de lembrar. Não ouça músicas pensando em mim, achando que eu possa fazer o mesmo. Não conte os dias da semana, ansioso, querendo me ver. Não me ame de um jeito que eu não faça por merecer. Não imagine um futuro ao meu lado como se eu tivesse a mesma capacidade de planejar algo com você. Ei! Não faça de conta que não compreende o que eu falo. Compreenda de fato. Preste atenção! Apenas tire das frases todos os advérbios de negação.
O mundo é pequeno demais para os meus sonhos e grande demais para a minha realidade!
Isso me assusta, mas o perigo me atrai...
QUINTAL DOS MEUS SONHOS
Solitário, um menino excluído brinca
No fundo do quintal com uma rodinha nas mãos.
Parece estar dirigindo, mas tão concentrado...
"Esse menino, não joga bola,
Não brinca com os outros,
Não se aproxima de meninas...
Não sei o que vai ser dele!" _ fala a mãe, solteira, do garoto.
Aliás, a família comenta o estranho jeito de ser do menino.
O tempo vai passando e ele continua isolado,
Mas substitui a rodinha por um papel e uma caneta.
Quantas fantasias e viagens fantásticas ele teve naquelas tardes de solidão?
Os melhores sonhos, são os que sonhamos acordados,
E são esse que ele, agora já adulto, publica em jornais e revistas.
Agora que ficou conhecido de todos,
Deixou de ser desconhecido pela família.
Me visto com as melhores qualidades, uso meus valores na escolha, sou essência. É minha moda. Danem-se as etiquetas e grifes.
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