Queremos Amor Selvagem
em uma vida de solidão e de silêncio, só escuto as vozes dos pensamentos e os ecos de minha tímida poesia, já cansei de amar pois as pessoas antes de tudo devem ser amadas, meus augúrios é de um doce sabor antigo na metamorfose do amargor e da despedida e meus pensamentos contrariados ainda escrevem - amor de minha vida...
Quando rezo as conversas de um pecador, peço à Deus o socorro, não à mim e nada pra mim, mais por aqueles que sinto amor. Do que adianta seguir a rotina, se só vejo despedidas de quem tanto amo, pois esses amores clamo, são os verdadeiros amores da vida.
Sonhei escrevendo uma poesia, acordei e esqueci tudo, apenas sobrou alguns poemas de horror onde vou reescrevendo a poesia esquecida quando olho para as pessoas que não merecem o nosso amor...
as desoras à deriva
de costas ao vento e ao relento o seu arrego
chorar por ti não devo
e de você que meu amor desista
meus pés tocarão o chão de ruas dobradas em esquinas, iluminada pelo sol adormecido nas água do mar, iluminado pela luz da noite e pelas lágrimas de um tímido luar.
a vida arrisca a sorte no destino das cartas de Tarot e a rebeldia desafia a morte que se faz na arte um mondo novo de horror, a cada rosa que eu despedaço sinto o cheiro de você, amor.
e no silêncio de meus passos, nas palavras caladas que o coração intui, nas esperas pelo sol em frias madrugadas, vou viver o amor, esse esquisito ardor que da vida flui.
o sol serenou a manhã e a noite coloriu a solidão, na ausência de nós dois, há poesia e violão;
e todas as canções pisoteavam nossos pés sem nós dois para driblar as orações que nossos corpos inventavam;
e de tocaia na madrugada eu via estrelas e não conseguia me ver, nos desencontravam,
mesmo com dor estava suave e o nariz ardendo, debaixo de chuva e na rua apenas caminhavam ventos, levando embora você....
é abraço e beijo, é beijo xingado, um tapa se cala, feito calo em sapato, você é assim e assim sou eu sem você, é esquisito amor, é algo com dor que se torna indolor quando cheiro sua ilusão.
Ao amor, pipoca doce de parque, à nossa paixão essa doce ilusão que ninguém quer, e a você, meu amor, eu te dou meu coração, faça de mim o que quiser.
A flor resplandece sua beleza em silêncio sem alardear o seu adorno e seu perfume, e, aquele pomar faz com que a paisagem inteira fique a mais bonita da natureza, igual a flor, vou te amar em silêncio,chorar calado minhas dores para que a extensão do meu amor seja maior do que esta desilusão que dedico a você...
a noite se cobre de véu
o véu das noivas e das clericais
noites de pernoites virginais
onde não há pecado, é só céu,
e a inocência de nós dois.
aos poucos tu vai seguindo o seu caminho
amarelando o céu com o sol que vai se nascendo
o teu corpo não sei quem vão invadindo
e fica eu, aqui, morrendo.
minhas lágrimas aos poucos umedecendo e o meu suor escondendo minha dor, lentamente te esquecendo, pra você viver algum amor...
Na mansidão de meus olhos vadios, meus dentes saboreando sua carne, calmamente lhe causando arrepios, prazerosamente rasgando-lhe a alma. Sou um leão a deriva em seu furor, domado em teu chicote de amor.
A estrelas do céu e a nossa constelação de raios e luzes em sintonia com a energia cósmica tendo o óctuplo de rocha e domínio que brota a terra em perfeita sondagem que absorve os raios de sol. Os homens estão em desarmonia e a força que emerge de nós mesmo é o empenho de uma nova era secular.
E há em cada espanto um encanto que contagia pois em cada canto eu louvo a poesia.
Há uma trilha sonora cantada em poucas notas saudando o dia, e o meu gemido em plena noite, velando o açoite dessa fantasia.
A poesia é o som e a magia, uma saída nas cartas de Tarot adivinhando o doce amor da canção e a rima que bate forte o coração.
E o sereno da madrugada sem me dizer mais nada apenas canta a oração em prol da magia, pois as valsas do coração é a trilha sonora da ilusão, onde clama a poesia...
Sonhei com uma casa rabiscada
escrita em poesia
nas paredes da sala,
no corrimão da escada
era só a nostalgia.
E as rimas de meu quarto já riscadas
era voz de minha rebeldia,
falando de amor
sem dizer mais nada.
e a sombra que escure o céu, a terra seca se abre esperando por água, meu coração renasce tão puro feito véu, de noivas indormidas de noites mal vividas.
e as nuvens vai passando e água na terra jogando, feito o rio desaguando no mar, meu coração vai lavando e pela vida vou te amando.
Se pode desenhar o natal e pintá-lo com lápis de cor? ladrilhando com meus destinos e bordando com meus sonhos em tingimentos que vão-se desbotando nos painéis de minha vida.
Algumas coisas vamos perdendo e vou enxugando minhas lágrimas com outras lágrimas, vitórias ainda pardacentas no equilíbrio de minhas contradições, e o mosaico tecido de minha vida vai ficando de uma só cor que riscam ilusões.
As lutas vão se borrando e vou contornando os pedaços com altivez e bem disposto, e em cada canto clareando com o suor de meu rosto, só pensando em desistir e tentando mais uma vez.
E se pode desenhar o natal e pintá-lo com lápis de cor? o mosaico pardecido, cinzento, mas, renascido, para mais um ano está colorido, meio alegre e destemido, recosturado de amor.
E se pode desenhar o natal, ainda sentindo dor? disfarçado de alegria e com lápis de cor.
E o desejo, com o sol há de se pôr, guardarei nos meus lábios e na minha dor, esse nosso beijo, meu amor.
Os olhares suavemente se entreolham
e silenciosamente perdem-se nas desoras
no silêncio adormecido do penar.
E na procura do amor pela alma, em um só, já estavam lá.
Aos ventos que sopram nossos olhares, como a mão de uma mãe a afagar,
o beijo inevitável e sem sabor:
- A delicadeza virginal do amor.
