Quem se Apaixona por Si Mesmo Nao tem Rivais

Pensar em fazer grandes coisas é o melhor pretexto para não fazer as pequenas.

A virtude não passa de tentação insuficiente.

Normalmente, são tão poucas as diferenças de homem para homem que não há motivo nenhum para sermos vaidosos.

Quando tiramos a vida aos homens, não sabemos, nem o que lhes tiramos, nem o que lhes damos.

Se não confiares o suficiente nas pessoas, elas não poderão confiar-te nada.

O prazer que um objeto nos proporciona não se encontra no próprio objeto. A imaginação embeleza-o, cercando-o e quase o irradiando com imagens estimadas. Em suma, no objeto amamos aquilo que nós mesmos colocamos nele.

A calúnia é como uma vespa que o importuna e contra a qual não se deve fazer qualquer movimento, a não ser que se tenha a certeza de a matar.

Existem mais tolos do que espertos no mundo, caso contrário os espertos não teriam o suficiente para viver.

Aprendam a amar a arte em vocês mesmos, e não vocês mesmos na arte.

Não é o gênio, nem a glória, nem o amor que medem a elevação da alma: é a bondade.

A cura para o tédio é a curiosidade. Não existe cura para a curiosidade.

O maior engano do espírito é acreditarmos nas coisas porque queremos que elas aconteçam, e não porque tenhamos visto que elas existem de fato.

Os negócios não assentam nos sentimentos.

Não há nada de tão absurdo que não saia da boca de algum filósofo.

Nada no mundo consegue tomar o lugar da persistência. O talento não consegue; nada é mais comum que homens fracassados com talento. A genialidade não consegue; gênios não recompensados é quase um provérbio. A educação não consegue; o mundo é cheio de errantes educados. A persistência e determinação sozinhas são onipotentes.

Querer e não querer as mesmas coisas, eis, afinal, a verdadeira amizade.

A vida, para os desconfiados e os temerosos, não é vida, mas uma morte constante.

As reuniões são indispensáveis quando não se quer decidir nada.

A finalidade das penas não é atormentar e afligir um ser sensível (...) O seu fim (...) é apenas impedir que o réu cause novos danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros de fazer o mesmo.

Não provoques o Poder, que ele se tornará cruel e despótico no seu desagravo.