Quem Ama Nao tem Medo de Errar

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Ninguém tem um elenco como Disney. Quando ele não gosta de um ator, simplesmente o apaga.

Lamento aqueles que têm um ar de inteligentes: é uma promessa que se não pode cumprir.

Émile-Auguste Chartier
ALAIN, Propos sur l'esthetique, Presses Universitaires de France, 1949

O amor tem a virtude, não apenas de desnudar dois amantes um em face do outro, mas também cada um deles diante de si próprio.

Palavra e pedra solta não têm volta.

O hábito cria a aparência de lei; o progresso não tem inimigo maior que o hábito.

Ao avarento falta-lhe tanto o que tem quanto o que não tem; ao luxo faltam muitas coisas, à avareza todas.

O homem tem muito para saber e pouco para viver; e não vive se não souber nada.

Um homem que se respeite não tem pátria. Uma pátria é um visco.

Há dois momentos na vida de um homem em que não se deve especular: quando não tem os meios e quando os tem.

Não existe vingança melhor de que aquela que os outros infligem ao teu inimigo. Tem até o mérito de deixar-te a parte do generoso.

A verdade não tem que ser aceita com fé. Os cientistas não seguram suas mãos todo domingo, cantando: 'Sim, a gravidade é real! Eu vou ter fé! Eu devo ser forte! Amém!'.

O adulador é um ser que não tem estima nem pelos outros, nem por si mesmo. Aspira apenas a cegar a inteligência do homem, para depois fazer dele o que quiser. É um ladrão nocturno que primeiro apaga a luz e em seguida começa a roubar.

Ter experimentado muitas coisas ainda não quer dizer que se tem experiência.

Quando, neste mundo, um homem tem qualquer coisa para dizer, o mais difícil não é fazer-lho dizer, mas impedi-lo de o dizer vezes de mais.

Sempre fui geniosa. Opinião forte, do tipo que defende quem ama e não leva desaforo para casa. Quando gosto fica estampado na minha cara. E quando não gosto meu sorriso não sabe usar máscara. Por mais que eu tente não consigo disfarçar. Quando vejo estou fazendo, ainda que sem querer, caras, bocas e caretas. É quase impossível controlar.

Nunca fui de beijar qualquer um. Sempre respeitei minha boca e meus sentimentos. As paixões iam e vinham rápido demais. Não me prendia a ninguém. Gostava do agito, do flerte, da sensação de seduzir, do poder. Acho que toda mulher tem esse lado: a gente quer ser diva, deusa, idolatrada, desejada. Faz parte do universo feminino. Os homens querem conquistar, nós queremos o desejo. A gente quer o desejo deles. Eles querem despertar o desejo. Dupla dinâmica, junta a fome e a vontade de devorar cada pedacinho.

Um dia me apaixonei loucamente. Não era amor, hoje eu sei. E hoje eu sei porque virei outra pessoa. Acho que o amor de verdade faz a gente se encontrar, se aceitar, dizer sim para o outro e para o espelho. Amor inventado, de mentirinha, de momento serve pra gente se transformar em alguém que não é. Difícil entender? Também acho, por isso precisei viver. Como eu já disse, as experiências dos outros nunca me serviram de lição, preciso cair, dar com a cara no paralelepípedo, me ralar inteira. Só assim aprendo, só assim consigo entender todas as partes do quebra-cabeça. Porque a vida da gente é isso: pecinha que junta em outra pecinha. E tudo vai tomando forma, tudo vai fazendo algum sentido (será?).

Então me apaixonei. É, eu estava apaixonada. Naquela época eu escrevia muito, uma necessidade horrenda de colocar tudo pra fora, de fazer ele entender meu quase amor. Eu passei a não fazer as coisas que gostava. Se ele gostava de rock eu gostava de rock. Se ele gostava de Paris ou Renda nas unhas, eu pintava de Paris ou Renda. Logo eu, que sempre gostei de cores escuras. Se ele gostava de morenas eu pintava o cabelo. Logo eu, que tenho a pele clara, sou sardenta e tenho cabelo claro. Se ele não gostava de decotes eu saía na rua vestida de astronauta. E assim fui indo. E um dia me olhei no espelho: cadê eu? Me perdi no meio de tudo, no meio dele, no meio de mim, no meio da história, no meio desse amor de mentira. Aquilo era irreal. Mas meu peito doía. Meu coração chorava. Eu sofria inteira. Inteirinha.

Cada vez que ele dizia vem eu ia. A cada palavra áspera dele eu me tornava mais e mais infeliz. E o pior de tudo é que gostava de ir me afundando nessa infelicidade. Me agarrava em momentos felizes, que eram raros. Só que eram bons. A gente tem a estranha tendência de ficar colada na parte boa. A memória nos trai. É difícil aceitar as coisas como são, colocar na balança e ver: me faz mais mal ou mais bem? O que ganha nessa conta maluca? É difícil tirar os óculos de coração e ver a vida como é, sem tempero, sem sal, sem mostarda, sem gosto nenhum: crua. E eu tinha medo, muito medo de perder ele. Podia me perder, mas perder ele estava fora de cogitação. Enlouqueci. Escrevi cartas. Bilhetes. Liguei. Chorei. Implorei. Pedia pelo amor de Deus, não me trata assim. Pelo amor de Deus, fica comigo. Pelo amor de Deus, me ouve. Pelo amor de Deus, vamos fazer dar certo, juro que pinto as unhas de Renda ou Paris, esqueço o decote, nunca mais falo palavrão, sim, pois moça de família não fala palavrão, nem tem opinião, é mandada pelo homem e acha tudo muito natural, meu senhor. Prometo ser a Amélia perfeita. Prometo não brigar, não ser eu mesma, não ter ataque. Pelo amor de Deus, não me deixa aqui sozinha.

Então ele casou. Com outra. E eu bebi uma garrafa de champanhe inteira. Da boa, porque tomar trago com bebida sem qualidade dá uma dor de cabeça maluca. Eu bebi, chorei, bebi, chorei, chorei e bebi. Tive a fase da raiva, da saudade, dos questionamentos. Por quê? Por que todo mundo tem um amor, um emprego, é feliz e eu sou uma azarada? Por que tem tanta gente cretina no mundo e eu, logo eu, sou tão legal com todo mundo e só me ferro? Por que a vida é tão injusta? Por que tudo que eu faço não dá certo? Depois dessas fases, tive a fase de brincar de estátua. Sim, a gente vira estátua. Não tem muita vontade de sair, de se divertir, de rir, de brincar, de nada. Normalmente é aquela fase das músicas bregas e filmes de chorar. Se é pra sofrer que seja com elegância, nada de limpar o nariz e secar lágrimas com papel toalha, vamos usar lencinho de papel. É mais suave e não irrita o nariz.

Demorou um tempo, mas passei a me enxergar. Primeiro, comecei a me valorizar mais. Segundo, fiz as pazes com meu espelho. Terceiro, descobri que quem me ama tem que gostar de cada pedaço podre meu. Eu tenho, você tem, todo mundo tem. A gente ama quando aceita o lado ruim do outro. Aceitar as qualidades é tão fácil. Na hora de conviver com cada defeito o bicho pega. E pega de jeito. Vi que não posso querer agradar. Vi que a minha melhor amiga sou eu. Vi que quem gosta de mim tem que me aceitar. A palavra é essa: aceitação. E pra começar qualquer coisa a gente precisa ter orgulho de quem é. Quando eu aceitei tudo isso e me encarei de frente, encontrei um barbudo de olhos verdes. Ele se transformou no amor da minha vida. E também não gosta de Paris ou Renda. Sorte a minha, sorte a nossa.

Dizer que não gosta é admitir que ama. Quem não se importa, não diz nada.

Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afetos, tenh a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre; quem não tem, e não deseja,
Homem, é igual aos deuses.

Quem você ama é a maior jóia que você possui, a mais valiosa. Não importa se a estação do ano muda, se o século vira e se o milênio é outro, se a idade aumenta; conserve a vontade de viver, não se chega à parte alguma sem ela. Abra todas as janelas que encontrar e as portas também. Persiga um sonho, mas não deixe ele viver sozinho. Alimente sua alma com amor, cure suas feridas com carinho....
Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura. Arrependa-se, volte atrás, peça perdão! Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.

Veja
o olhar de quem ama
Não reflete um drama, não
É a expressão mais sincera, sim
Vim pra provar que o amor quando é puro
Desperta e alerta o mortal
Aí é que o bem vence o mal
Deixa a chuva cair, que o bom tempo há de vir

Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

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