Que Saudade dos meus 15 anos
Teu Nome
A saudade não grita.
Ela sussurra no canto da tarde,
quando o vento passa e leva teu cheiro
que já não sei se inventei.
Ela mora nos detalhes:
na cadeira vazia,
no talher que insisto em pôr a mais,
no som da tua risada
que ainda ecoa nas paredes da memória.
Não é dor aguda
é falta que se deita comigo
e acorda primeiro.
Às vezes, é ausência com gosto de café frio.
Outras, é presença demais
em tudo que já não és.
Dizem que o tempo cura.
Mentem.
O tempo só ensina
a dar bom dia à ausência
com menos lágrima nos olhos
e mais silêncio no peito.
Mas saudade…
ah, saudade é prova de amor que não passou.
É abraço sem corpo,
é beijo sem hora,
é espera sem data.
E mesmo doendo,
a gente cuida dela
como quem cuida de flor:
regando com lembrança,
falando baixo,
pedindo que não morra.
Porque no fundo,
é nela que ainda moras.
Inteiro.
" Saudade...palavra doida...sentida...dor...alegria...partida ou chegada...aguardada...despedida...saudade é sofrimento...saudade é reencontro...saudade é tudo...um pranto...um sorriso...saudade é vida...morte...saudade...doida...sofrida...doce encanto...saudade...para viver...para morrer...saudade...saudade."💞
Embarcado
Nos elogios o fortalecimento,
nos abraços o acalanto,
na saudade a embriaguez,
no amor a insanidade.
Querido lírio (2° soneto)
Lírios azuis no jardim da saudade,
Lembranças doces que não param de chegar.
Cada pétala, um suspiro de amor,
Cada cheiro, uma memória que faz chorar.
No silêncio, as saudades se fazem ouvir,
E os lírios balançam ao vento, sem parar.
Lembranças de momentos que nunca mais,
Mas que vivem em mim, como um perfume que não some.
Os lírios azuis, símbolo de pureza,
Me lembram de ti, minha doce lembrança.
Saudades que doem, mas que também curam,
E os lírios azuis, que me fazem sonhar.
Rosas no seu travesseiro
Me vejo pensando e sonhando conosco. Penso como se fosse algo viscoso, e esse algo é minha saudade, algo tão grudento quanto cola super-bonder, esse silver-tape que colocaram para segurar meu coração já não está forte, já está cedendo, caindo, desistindo de me conter.
Sinto como se fosse algo incomum, mas a maioridade que atingi me traz maturidade, me traz a verdade e a sede de liberdade dessa imensidão de solidão.
A lembrança, a dor e a saudade — a distância não acalenta a perda. Na verdade, ela nunca foi parte de você, não lhe pertence. Passou e se foi, como o vento que se perde no oceano, para bem longe.
Não sei se é saudade, tristeza ou um ódio vingativo, sei que a tua falta deixa um vazio perdido no silêncio jururu da minha solidão.
Domingo é dia de arrumar algumas gavetas,
Em uma delas adivinhem,
Está a saudade com vontade própria.
De repente escuta uma música que abre uma caixinha supostamente trancada: a da saudade. Advém uma dor no peito, de um sonho que partiu, virou passado, mas ficou. Dos olhos caem lágrimas — uma homenagem sincera, digna e silenciosa do coração.
Não vou pedir ao céu para te esquecer, nem para lembrar por mim, já não a saudade nem vontade de você.
Esquece de mim: confronto a saudade para fugir da lembrança hostil. Ignoro a falsa bondade ardente das aparências e, sentado diante da indulgência, resmungo sem aceitar a mão que se estende.
Eu não sei
Todos os dias eu morro um pouco,
e cada dia a saudade me consome.
Uma dor tão surreal que chega a ser física…
o que eu faço com esse amor não tratado?
Me sufoco nos meus pensamentos
na ideia de ter você de volta,
mas eu estaria sendo tola em acreditar?
Será que esse realmente é o fim
e não tem outro caminho nessa história?
Talvez eu esteja sendo positiva
Em pensar que as coisas seriam diferentes.
Não chegaríamos no mesmo fim
se a intenção fosse ficar.
Te quero a todo instante,
até nos dias de tempestade.
Quero sua melancolia
e os seus traumas.
Tudo aquilo que te compõe.
Hoje seria diferente,
o amor é maior que qualquer desgraça.
Recomeços são apenas em filmes,
ou posso viver no real?
No nosso encontro, espero pelo carinho da sua companhia, por matarmos a saudade dos doces momentos e por vivermos novos instantes repletos de ternura.
Carrego no peito um vazio que pesa,
lembranças cortam, a mente não sossega.
Entre saudade e silêncio, sigo em frente,
coração cansado, mas ainda resistente.
Já chorei no escuro, já quis sumir,
mas encontrei no abraço razões pra existir.
Minha rede me ampara
quando a queda ameaça,
me segura firme,
transforma dor em graça.
Sou feita de queda,
mas também de coragem,
na dor escrevo versos, tatuo a paisagem.
E mesmo que a vida me teste
sem fim,
eu sigo inteira,
sigo sendo… eu, Lucci, enfim.
Não sei dizer se sou feliz ou não,
se ainda existe o amor em meu coração;
a saudade traz a velha dor
que eu não quero mais.
Relendo o livro que você me deu,
Em cada página, um eco do seu ser,
Tento amenizar a saudade que é,
Sentida em meu peito, um doce sofrer.
A cada dia que passa, a distância pesa,
Mas suas palavras me abraçam, me aquecem,
São lembranças que dançam, como a brisa,
E no silêncio, seus risos me tecem.
Se o tempo é cruel, a memória é forte,
E entre as linhas, encontro seu olhar,
Nessa leitura, um refúgio, um norte,
Até que um dia eu possa te encontrar.
O que é a saudade, se não o amor que perdura?
Ela nasce quando o corpo se afasta, mas o coração permanece. É a chama que não se apaga mesmo diante da distância, o eco de um abraço que ainda vibra na memória, o perfume que insiste em morar na pele mesmo depois da ausência.
Saudade é o amor vestido de silêncio, é o olhar que procura no vazio um reflexo que já não está ali. É o diálogo que continua dentro de nós, ainda que os lábios do outro não respondam. É a eternidade escondida em pequenos instantes que nunca se repetem, mas que insistem em viver dentro da alma.
Se o tempo tenta levar, a saudade guarda. Se a ausência tenta apagar, a saudade escreve em letras de fogo. Porque, no fundo, ela é apenas a prova de que o amor é maior do que a presença... é a sobrevivência daquilo que o coração não permite que morra.
E talvez seja isso: a saudade não é dor apenas. É também o privilégio de ter amado tanto, a ponto de sentir falta. É a lembrança que acaricia por dentro e nos faz entender que amar é, inevitavelmente, também saber esperar.
